Como a Análise Existencial explica o medo de abandono no Transtorno de Personalidade Borderline (TPB
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Como a Análise Existencial explica o medo de abandono no Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) ?
Oi, tudo bem? Essa é uma pergunta profunda — e que toca o cerne do sofrimento no Transtorno de Personalidade Borderline (TPB). Sob a luz da Análise Existencial, o medo de abandono não é visto apenas como um traço emocional desregulado, mas como uma expressão da angústia mais fundamental do ser humano: o medo de deixar de existir para o outro.
Na visão existencial, cada pessoa constrói a própria identidade a partir do olhar e da presença dos vínculos significativos. Para quem vive com TPB, esses vínculos muitas vezes foram marcados por experiências precoces de instabilidade — vínculos que ora acolhiam, ora rejeitavam. O resultado é que o ser passa a associar amor à permanência absoluta do outro e ausência a aniquilamento emocional. O medo do abandono, então, não é apenas medo de ficar só, mas medo de “desaparecer” no silêncio do outro.
Do ponto de vista da neurociência, essa sensação tem raízes concretas: o cérebro, especialmente as áreas ligadas à regulação afetiva e à memória emocional (como a amígdala e o hipocampo), tende a reagir de forma intensa diante de sinais de rejeição, ativando o mesmo circuito que responde a ameaças físicas. Ou seja, o abandono é sentido como dor real — o corpo reage como se estivesse em perigo.
A Análise Existencial entende que esse medo só pode ser transformado quando há espaço para reencontrar-se como sujeito, não apenas como reflexo do outro. É o processo de reconquistar a própria existência — aprender que é possível “ser” mesmo quando o outro se afasta. Esse caminho costuma ser desafiador, mas profundamente libertador.
Talvez ajude refletir: o que o silêncio ou a distância de alguém desperta em você? Quando o outro se afasta, o que parece deixar de existir? E o que dentro de você ainda permanece, mesmo quando ninguém está olhando? Essas perguntas não eliminam o medo, mas ajudam a devolver a ele um rosto mais humano e compreensível.
Na terapia, esse processo se transforma em experiência viva: o vínculo terapêutico se torna um laboratório seguro onde o abandono pode ser sentido, nomeado e, aos poucos, ressignificado. Caso precise, estou à disposição.
Na visão existencial, cada pessoa constrói a própria identidade a partir do olhar e da presença dos vínculos significativos. Para quem vive com TPB, esses vínculos muitas vezes foram marcados por experiências precoces de instabilidade — vínculos que ora acolhiam, ora rejeitavam. O resultado é que o ser passa a associar amor à permanência absoluta do outro e ausência a aniquilamento emocional. O medo do abandono, então, não é apenas medo de ficar só, mas medo de “desaparecer” no silêncio do outro.
Do ponto de vista da neurociência, essa sensação tem raízes concretas: o cérebro, especialmente as áreas ligadas à regulação afetiva e à memória emocional (como a amígdala e o hipocampo), tende a reagir de forma intensa diante de sinais de rejeição, ativando o mesmo circuito que responde a ameaças físicas. Ou seja, o abandono é sentido como dor real — o corpo reage como se estivesse em perigo.
A Análise Existencial entende que esse medo só pode ser transformado quando há espaço para reencontrar-se como sujeito, não apenas como reflexo do outro. É o processo de reconquistar a própria existência — aprender que é possível “ser” mesmo quando o outro se afasta. Esse caminho costuma ser desafiador, mas profundamente libertador.
Talvez ajude refletir: o que o silêncio ou a distância de alguém desperta em você? Quando o outro se afasta, o que parece deixar de existir? E o que dentro de você ainda permanece, mesmo quando ninguém está olhando? Essas perguntas não eliminam o medo, mas ajudam a devolver a ele um rosto mais humano e compreensível.
Na terapia, esse processo se transforma em experiência viva: o vínculo terapêutico se torna um laboratório seguro onde o abandono pode ser sentido, nomeado e, aos poucos, ressignificado. Caso precise, estou à disposição.
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Na análise existencial, o medo de abandono no borderline nasce da sensação de perder o lugar no mundo quando o vínculo ameaça romper. Na terapia cognitivo-comportamental, entendemos como isso vira crenças (“vou ser deixado(a)”), pensamentos automáticos e comportamentos intensos para evitar qualquer distância.
No tratamento, trabalhamos para reconhecer esses padrões, fortalecer a segurança interna e construir vínculos mais estáveis. Se você se identifica com isso, a psicoterapia pode ser um espaço seguro para começar esse processo e estou à disposição para te acompanhar.
No tratamento, trabalhamos para reconhecer esses padrões, fortalecer a segurança interna e construir vínculos mais estáveis. Se você se identifica com isso, a psicoterapia pode ser um espaço seguro para começar esse processo e estou à disposição para te acompanhar.
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