Como o Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) "Somático" é diagnosticado?
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Como o Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) "Somático" é diagnosticado?
Sim, o que muitas pessoas chamam de “TOC somático” é reconhecido clinicamente como uma variante temática do Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC). Embora esse subtipo não apareça como um diagnóstico separado nos manuais como o DSM-5-TR ou a CID-11, ele é amplamente descrito na prática clínica.
Nesse quadro, a pessoa desenvolve obsessões relacionadas à percepção constante de sensações corporais automáticas, como respiração, batimentos cardíacos, deglutição ou até o ato de piscar. Essas percepções se tornam intrusivas, difíceis de ignorar, e geram intenso desconforto. Em resposta, é comum o uso de estratégias compulsivas para tentar “desfocar” dessas sensações, o que, paradoxalmente, reforça o ciclo obsessivo.
É importante diferenciar esse quadro de outros transtornos, como a ansiedade de doença (antiga hipocondria), cujo foco está no medo de estar doente, e não na percepção obsessiva do funcionamento corporal em si.
O diagnóstico é feito dentro da categoria de TOC (CID-11: 6B20), e o tratamento costuma incluir:
Psicoeducação, para ajudar o paciente a entender o ciclo obsessivo-compulsivo
Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), com técnicas como a Exposição com Prevenção de Resposta (ERP)
Em alguns casos, tratamento medicamentoso com ISRS, sob acompanhamento psiquiátrico
Se você se identifica com esses sintomas, é importante buscar avaliação profissional. O TOC, em qualquer forma, é uma condição séria, mas tratável — e quanto antes o tratamento começar, melhores são os resultados.
—
Elaine Martines
Psicóloga e Neuropsicóloga | CRP 06/174665
Especialista em Avaliação Neuropsicológica e Saúde Mental
Nesse quadro, a pessoa desenvolve obsessões relacionadas à percepção constante de sensações corporais automáticas, como respiração, batimentos cardíacos, deglutição ou até o ato de piscar. Essas percepções se tornam intrusivas, difíceis de ignorar, e geram intenso desconforto. Em resposta, é comum o uso de estratégias compulsivas para tentar “desfocar” dessas sensações, o que, paradoxalmente, reforça o ciclo obsessivo.
É importante diferenciar esse quadro de outros transtornos, como a ansiedade de doença (antiga hipocondria), cujo foco está no medo de estar doente, e não na percepção obsessiva do funcionamento corporal em si.
O diagnóstico é feito dentro da categoria de TOC (CID-11: 6B20), e o tratamento costuma incluir:
Psicoeducação, para ajudar o paciente a entender o ciclo obsessivo-compulsivo
Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), com técnicas como a Exposição com Prevenção de Resposta (ERP)
Em alguns casos, tratamento medicamentoso com ISRS, sob acompanhamento psiquiátrico
Se você se identifica com esses sintomas, é importante buscar avaliação profissional. O TOC, em qualquer forma, é uma condição séria, mas tratável — e quanto antes o tratamento começar, melhores são os resultados.
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Olá, como vai? O diagnóstico do TOC Somático é feito por um profissional de saúde mental, avaliando a intensidade, frequência e impacto das obsessões ligadas ao corpo e dos comportamentos compulsivos. Considera-se o quanto esses pensamentos ocupam tempo do dia e geram sofrimento. Do ponto de vista das neurociências, também se observa como o cérebro mantém um ciclo automático de alerta e repetição, reforçando a ideia de perda de controle sobre o corpo. Na psicanálise, entende-se o diagnóstico como uma forma de compreender a função psíquica desses sintomas, que muitas vezes expressam angústias internas ligadas à identidade e autocontrole. Para avaliação gratuita, é possível buscar atendimento no CAPS. Espero ter ajudado, fico à disposição.
O Transtorno Obsessivo-Compulsivo de tipo somático é diagnosticado por meio de avaliação clínica realizada por psicólogo ou psiquiatra, baseada em critérios do DSM-5. O profissional investiga a presença de obsessões recorrentes e intrusivas relacionadas a sensações corporais ou preocupações com a saúde, acompanhadas de compulsões, comportamentos repetitivos, como checagens ou rituais, realizados para aliviar a ansiedade. O diagnóstico considera a frequência, intensidade e interferência desses sintomas na vida diária, afastando explicações médicas ou neurológicas para os sintomas físicos percebidos. O histórico do paciente, questionários específicos e entrevistas estruturadas ajudam a diferenciar o TOC somático de outros transtornos, como o Transtorno de Sintomas Somáticos, Transtornos de Ansiedade ou hipocondria.
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