Evito fazer coisas por medo de fazer errado ou não ficar bom o suficiente. Fico me autocobrando dema

25 respostas
Evito fazer coisas por medo de fazer errado ou não ficar bom o suficiente. Fico me autocobrando demais, acabo procrastinando e nem chego a fazer o que queria. Como posso trabalhar para superar esse “medo”?
 Michelle Novello
Psicólogo, Psicanalista
Rio de Janeiro
Esse tipo de sofrimento é mais comum do que parece e, geralmente, está ligado a uma exigência interna que impõe que tudo precisa ser perfeito, sem erros, sem falhas. O medo de errar, muitas vezes, não fala apenas sobre a tarefa em si, mas sobre um medo mais profundo de não ser bom o bastante, de não ser aceito ou reconhecido.

Na psicanálise, entendemos que essas cobranças internas não surgem do nada. Elas estão muito ligadas à nossa história, às marcas que trazemos das primeiras relações, da maneira como fomos olhados, reconhecidos ou, muitas vezes, cobrados.

Por isso, mais do que procurar “superar” esse medo, o trabalho na análise é poder compreender de onde vem essa voz que cobra tanto? Para quem eu preciso ser perfeito? O que imagino que aconteceria se eu errasse?

Quando começamos a escutar essas questões, algo se desloca. O sofrimento não desaparece magicamente, mas deixa de ser algo que te paralisa para se tornar algo que você pode compreender, elaborar e lidar de maneira mais livre.

Se esse é um tema que te atravessa, a psicanálise pode te ajudar muito nesse caminho.

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Olá! A procrastinação é um comportamento de esquiva, mantido por reforçamento negativo: você evita iniciar tarefas por medo de errar ou de não atingir um padrão ideal, e isso reduz momentaneamente sua ansiedade, o que te mantém procrastinando. Uma autocobrança excessiva funciona como uma regra verbal punitiva, que dificulta a ação e mantém o ciclo de evitação.

Para começar a mudar esse padrão, identifique e observe: o que você sente, pensa e faz antes, durante e depois de evitar a tarefa?; veja essas regras de autocobrança por perfeição como o que elas são: somente pensamentos (eventos privados) e não como verdades absolutas; pratique a exposição gradual a tarefas, mesmo que com imperfeição e com leve desconforto, incentivando e reforçando avanços, ainda que pequenos.

Além disso, um acompanhamento psicológico pode te ajudar a flexibilizar essas "regras internas" e a agir com mais autonomia em direção aos seus valores, mesmo diante do medo.
Seria interessante ouvir o que esse medo está querendo dizer e tentar compreender melhor o que ele esconde. Às vezes, a procrastinação pode estar ligada a uma exigência muito alta de perfeccionismo ou até a evitar o que pode acontecer ou o que vai sentir ao realizar a tarefa. Reconhecer que o feito é melhor do que o perfeito pode ajudar a tornar o processo mais leve e a construir, aos poucos, uma relação mais gentil com o que você se propõe a fazer.
 Alessandra Gomes Krouwel
Psicólogo, Psicanalista
Campinas
Boa tarde!
A autocrítica excessiva vem acompanhada da ansiedade, fazendo com que você imagine que as mudanças poderiam causar uma frustração intolerável.
No processo de terapia, o autoconhecimento possibilitará conhecer a origem do sofrimento e, como consequência, escolhas mais saudáveis.
Essa experiência que você descreve é muito comum e, ao mesmo tempo, profundamente dolorosa, envolve uma mistura de autocrítica excessiva, medo de falhar e perfeccionismo, que frequentemente leva à procrastinação por autoproteção.
A psicoterapia é um espaço seguro para investigar essas vozes internas, entender de onde vêm essas exigências e construir, aos poucos, uma forma mais gentil de se relacionar com você mesma. Não se trata de "se livrar do medo", mas de não deixar que ele decida por você.
Isso que você descreve tem muito a ver com um perfeccionismo que paralisa. Na psicanálise, entendemos que, muitas vezes, esse medo de errar está ligado a exigências internas muito rígidas, que podem ser trabalhadas no processo terapêutico. Se quiser, podemos conversar sobre isso com mais profundidade nas sessões. Estou à disposição para te acompanhar nesse caminho.
Esse medo de errar e a cobrança excessiva podem paralisar mesmo. A gente entra num ciclo: quer fazer perfeito, teme falhar, adia… e acaba não fazendo. Uma forma de sair disso é começar pequeno, com ações simples, aceitando que o feito é melhor que o perfeito.
Errar faz parte do processo de crescer e aprender e não define seu valor. Se acolher com gentileza e substituir a crítica por curiosidade pode abrir espaço para experimentar sem tanto peso. Aos poucos, a coragem toma o lugar do medo.
Olá! A dificuldade de agir por medo de errar ou de não ser bom o suficiente é algo que muitas pessoas vivenciam. Na minha prática, utilizo a Psicologia Analítica como ferramenta principal para compreender essas questões. Segundo Jung, esse tipo de bloqueio pode estar relacionado à “Sombra”, partes de nós que tentamos esconder, como a insegurança, o medo do fracasso e a autocrítica. Quando não olhamos para esses aspectos, eles acabam nos controlando de forma inconsciente, muitas vezes através da procrastinação ou da autocobrança excessiva. Um dos caminhos para lidar com isso é o processo de individuação, que consiste em integrar essas partes e tornar-se mais inteiro e verdadeiro. A terapia é uma das formas mais potentes de trilhar esse caminho, pois oferece um espaço seguro para reconhecer, compreender e acolher quem realmente somos.
Muitas pessoas passam por esse tipo de dificuldade. A forma como fomos tratados principalmente na nossa infância e o nosso temperamento podem nos levar a desenvolver um padrão de procrastinação, podemos fazer isso, por exemplo, por acreditar que iremos fracassar, outra situação seria por medo de sermos punidos, por ser uma forma de reagir a algo que não queremos, etc. É importante ter um maior conhecimento da sua situação, buscar a origem do sentimento de medo, para entender o que está te mobilizando. Um psicólogo, com quem você se sinta bem e tenha confiança , pode te ajudar a entender e assim trabalhar para diminuir esse sentimento e como consequência minimizar esse comportamento.
Olá! Como você está?
Entendo sua questão! E sei que não é fácil vivenciar isso... No processo de terapia, a gente trabalha bastante com esse tipo de padrão mental. Esse medo de "não fazer perfeito" costuma alimentar um ciclo de autocobrança, ansiedade, procrastinação e culpa. E quanto mais você evita, mais esse medo vai ganhando força na sua mente. Se quiser, podemos trabalhar isso com mais profundidade em terapia. Minha agenda está aberta caso queira iniciar esse processo! :)
Olá! Esse “medo” que você sente é bastante comum e, muitas vezes, está ligado a uma autocrítica muito forte e a uma cobrança excessiva por perfeição. Quando nos colocamos metas muito altas ou exigimos que tudo saia impecável, podemos ficar paralisados. Uma possível forma para lidar com isso seja reconhecer que errar faz parte do processo. É importante valorizar o processo, os pequenos passos e o esforço envolvido em cada atividade.
 Marcelle Carvalho
Psicólogo
Belo Horizonte
Pelo seu relato, parece ser um perfeccionismo clínico, que é uma busca intensa e muitas vezes obsessiva pela perfeição, com padrões de desempenho extremamente elevados e autocrítica severa, que pode levar a problemas de saúde mental e prejuízos nas relações pessoais e profissionais.

É importante ressaltar que o perfeccionismo, em si, não é necessariamente um problema. O problema surge quando ele se torna excessivo, rígido e interfere na vida da pessoa, causando sofrimento e prejuízos.

O tratamento do perfeccionismo clínico geralmente envolve terapia cognitivo-comportamental, que visa ajudar a pessoa a identificar e modificar padrões de pensamento e comportamento perfeccionistas, reduzir a autocrítica e desenvolver estratégias de enfrentamento mais adaptativas.
Parece que você está lidando com um intenso perfeccionismo. Nesse fenômeno, é comum a procrastinação, pois o medo do julgamento e a autoexigência acabam fazendo com que você evite realizar o que precisa ser feito por medo de não ser suficiente. Com isso, torna-se difícil mobilizar energia para começar. Lidar com isso pode ser bastante difícil e doloroso. Um caminho importante para enfrentar essa situação é desenvolver uma relação mais gentil consigo mesmo, por meio da autocompaixão. Isso significa reconhecer suas dificuldades com empatia, sem se julgar duramente por elas. A terapia também pode ajudar a enfrentar essa questão de forma mais saudável. Nela, é possível compreender a origem do medo do julgamento e da autoexigência, além de fortalecer essa relação mais acolhedora consigo. Caso precise de ajuda, estou à disposição. Abraços!
Ei...

- Comece fazendo as coisas mais simples. Você já estar errando muito, procrastinar é um erro, e dos maiores pois gera pouco aprendizado, as vezes nem gera aprendizado. Que tal começar a aprender com os erros e acertos?


- Caso queira nos mandar mais detalhes e perguntas, ficarei feliz em responder.


Abraços

 Anna Carolina Cavanellas
Psicanalista, Psicólogo
Belo Horizonte
O que é “bom o suficiente”? Suficiente para quem? Muitas vezes, o medo de errar ou não ser perfeito tem relação com ideais e exigências internalizadas, nem sempre conscientes. A cobrança excessiva costuma esconder outra questão: para quem precisa ser tão bom assim?

Às vezes, não é o erro em si que assusta, mas o que ele pode representar para a imagem que fazemos de nós mesmos — ou que achamos que os outros fazem.

Um processo de análise pode justamente abrir espaço para questionar esses padrões, investigar de onde vêm essas cobranças e como elas atuam sobre você. Nesse percurso, torna-se possível construir uma relação mais leve com o próprio desejo e com a realização, mesmo diante da imperfeição.
Oi! Essa sensação que você descreveu é mais comum do que parece, principalmente em pessoas que têm padrões de autocobrança altos. Esse medo de “não fazer perfeito” costuma estar ligado ao perfeccionismo, que cria a ilusão de que só vale a pena fazer algo se for sem erro — e isso paralisa, gera ansiedade e alimenta a procrastinação.

O caminho para superar isso envolve, primeiro, entender que errar faz parte do processo de crescimento. Em vez de buscar perfeição, é mais saudável buscar progresso com leveza.
Na terapia, a gente trabalha justamente essa mudança de mentalidade: você começa a identificar os pensamentos autocríticos, desafiar essas exigências e construir uma relação mais gentil com você mesma e com suas ações.

É totalmente possível se sentir mais confiante, agir com mais liberdade e viver com mais leveza — sem abrir mão dos seus objetivos.
Se quiser começar esse processo comigo, os atendimentos são online e voltados justamente para isso. Vai ser um prazer te acompanhar.
 Virginia Lopes
Psicólogo, Psicanalista
Governador Valadares
A autocobrança e a autossabotagem é algo comum de chegar na clinica. Muitas vezes essa ideia de "bom o suficiente" esta relacionada a um olhar externo, uma avaliação que o outro pode estar fazendo sobre você. Outras vezes, é menos pior lidar com a ideia de "não fazer o que queria pelo medo de nao ser bom o suficiente" do que fazer e ter que lidar com o fato de as vezes aquilo nao ser bom o suficiente (para o que você ou alguem esperava). Lembrar que não somos perfeitos e que pra ser bom em algo é preciso começar sendo ruim em algo, são boas formas de se permitir tentar. Espero ter ajudado!
 Helio Martins
Psicólogo
São Bernardo do Campo
Olá, tudo bem?

O que você descreve é algo mais comum do que parece — essa mistura de autocobrança, procrastinação e medo de errar costuma ser um ciclo silencioso, que vai nos convencendo, aos poucos, de que é melhor nem tentar do que enfrentar a possibilidade de “falhar”. E aí, mesmo com a vontade de realizar algo, o impulso se perde na exigência de que tudo saia perfeito.

Esse medo de “não ser bom o suficiente” muitas vezes tem raízes mais profundas do que a gente imagina. Ele pode ter se formado em experiências onde o erro foi visto como ameaça à aceitação, ou onde o amor e o reconhecimento vinham com uma espécie de "nota de desempenho". Nessas situações, o cérebro aprende a associar ação com risco, e, por proteção, prefere evitar. É como se o seu sistema interno dissesse: “Se você não tentar, não tem como dar errado... e assim a dor não chega.”

A neurociência mostra que esse padrão está relacionado à ativação do circuito do medo e à inibição do córtex pré-frontal — responsável por decisões, iniciativa e planejamento. Quando a autocobrança entra em cena, ela sequestra esse sistema e paralisa o impulso de agir. Mas o curioso é que, quanto mais você espera se sentir 100% segura para começar, mais esse medo se fortalece. Você já reparou em quais situações essa exigência interna aparece com mais força? Será que existe uma voz aí dentro dizendo que só vale a pena se for impecável?

Talvez valha perguntar: de quem é essa voz que exige tanto? O que você imagina que aconteceria se algo ficasse “bom o bastante”, e não “perfeito”? E será que você consegue identificar uma parte de você que apenas quer experimentar, errar, aprender e seguir, mas está sendo sufocada pela outra que quer controlar tudo?

Trabalhar esse medo envolve mais do que aprender a “fazer mesmo com medo”. Envolve acolher a parte sua que está exausta de tentar provar algo o tempo inteiro. Com acompanhamento terapêutico, é possível reconstruir esse padrão com mais leveza e, ao mesmo tempo, desenvolver estratégias práticas para lidar com a paralisia e o medo de errar. Caso precise, estou à disposição.
 Sammy Carralas
Psicólogo
Rio de Janeiro
Olá! Esse padrão de autocobrança excessiva e procrastinação pode ser trabalhado de forma integrada: na TCC, identificamos os pensamentos distorcidos (ex.: "Preciso ser perfeito") e os substituímos por crenças mais flexíveis; no ACT, exercitamos a aceitação do desconforto (o medo de errar não precisa paralisar você) e o foco nos seus valores (ex.: "Qual é o custo de não tentar?"); e no Existencialismo, refletimos sobre como a busca por controle absoluto pode roubar a autenticidade da sua jornada. Que tal começarmos pequeno? podemos criar experimentos comportamentais para você agir apesar do medo, passo a passo. Vamos juntos?
Dr. Amiris Costa
Psicólogo
Rio de Janeiro
Boa tarde!
É muito comum se sentir assim, e o fato de você reconhecer essa autocobrança excessiva e o medo de errar ou não ser bom o suficiente já é um grande passo. Esse ciclo de perfeccionismo, medo, procrastinação e inação é paralisante, mas totalmente possível de ser superado.
Um terapeuta pode te ajudar a explorar a origem desse medo de errar e da autocobrança. Isso pode estar ligado a experiências passadas, pressões familiares ou sociais, traumas, ou até mesmo traços de personalidade. Entender a raiz do problema é o primeiro passo para desconstruí-lo.

Trabalho com abordagem cognitivo comportamental TCC é uma das abordagens mais indicadas para esses casos. Ela foca em identificar e modificar padrões de pensamento negativos e distorcidos (como "Se não for perfeito, é um fracasso total"). Você aprenderá a desafiar esses pensamentos, substituindo-os por outros mais realistas e funcionais.

Qualquer coisa continuo à disposição.

Ooi, tudo bom? É importante se perguntar que ideal de "certo" você busca, e por quais motivos o que você esta fazendo não é suficiente. Além disso, entender que situações ou acoes você não considera certas, ou acha que vai fazer errado, e de que formas esse medo se manifesta, e como começou essa cobrança sobre si mesmo. O ideal seria um acompanhamento com um psicologo, ele poderá te ajudar a identificar esses medos e entender o por que deles existirem, e de que forma você pode lidar com essas situações.
Dr. Diego Netto
Psicólogo
Volta Redonda
Olá! Tem muitas perguntas que eu gostaria de fazer para saber mais sobre isso. Primeiramente, bom o suficiente pra quem? Essa autocobrança, por acaso fica medindo sempre você com seu ideal de si? E se o medo na verdade, seja de descobrir que talvez esse ideal não corresponda? Não estaria tudo bem?

Fico à disposição se quiser caminhar com isso. Desejo paz e coragem.
Olá! Imagino o quanto você sofre com isso... o medo de fracassar, errar, autojulgamento que não somos bons, acaba nos paralisando... Temos a tendência de cuidar, de apoiar e compreender os outros. Passamos a vida sempre nos dedicando ao “outro”, como pais, filhos, parceiro(a) e amigos. Mas, quando o assunto somos nós mesmos, muitas vezes deixamos de lado o autocuidado, nos tratamos com pouco carinho e muita autocobrança, autocrítica, principalmente, quando falhamos. Chegamos a nos punimos, seja por meio de pensamentos negativos que rebaixam nossa autoestima até comer em excesso, por exemplo. Por isso, uma das formas de trabalhar esse "medo", é diminuir a voz da autocrítica, que é sempre mais alta, e elevar a voz da autocompaixão. Autocompaixão é se tratar com bondade, ser compreensivo e gentil consigo mesmo, sem ficar se culpando ou se criticando demais, nos tratar da mesma forma que se trata um ente querido. Compreender que a perfeição não existe e que somos humanos e por isso, dignos de erros. Não é um trabalho fácil, mas aos poucos irá conseguir. E se for muito difícil, procure um psicólogo para ajudar a modificar os pensamentos distorcidos presentes nessas situações.
Bom dia!

Existe uma pressão da sociedade sobre o indivíduo para apresentar resultado e performance. Quando a pessoa absorve essa pressão que não pertence a ela, angústias e ansiedades persecutórias, podem ser observadas causando mal-estar, sensação de inadequação e desamparo.

Por isso, a sua resistência interna em forma de autocobrança e procrastinação de dar passos ou de fazer alguma atividade pelo medo ou receio de receber críticas.

É importante que você busque o acompanhamento de um psicólogo para que consiga fazer enfrentamentos dessa situação, pois é necessário que você esteja amparado para receber as estratégias de tratamento, para fortalecer os recursos internos e desenvolver novas percepções que poderão ser utilizadas em outras situações que envolvam pressões externas e internas.

Um forte abraço. Estou à disposição para qualquer dúvida.
 Margarida "Guida" Graf
Psicólogo, Psicanalista
São Paulo
Há momentos em que o medo de errar se torna maior do que o desejo de tentar. Nesses momentos, não é falta de vontade — é o peso da autocobrança que sussurra que nada será bom o suficiente, que se não for perfeito, não vale nem a pena começar.

Esse medo, muitas vezes silencioso, se esconde sob o nome da procrastinação. Adiamos tarefas, planos, sonhos... não por preguiça, mas por receio de falhar, de sermos julgados ou de não corresponder às expectativas — muitas vezes, às nossas próprias exigências internas.

Por trás disso, existe um perfeccionismo autocrítico que se construiu com o tempo, alimentado por padrões de exigência e pela crença de que só seremos valorizados se entregarmos o melhor — e o melhor, nesse caso, é algo inalcançável, sempre distante.

Mas há um caminho de volta. Um caminho que começa pelo acolhimento. Olhar para o medo com curiosidade, em vez de julgamento. Entender que esse medo é uma tentativa de nos proteger, ainda que de forma desajustada. Ele quer evitar a dor da rejeição, mas acaba nos afastando também da alegria de criar, de expressar, de viver.

Superar esse medo é um ato de coragem silenciosa. É permitir-se ser aprendiz, é agir mesmo sem garantias, é aceitar que errar faz parte do processo. É trocar o peso da exigência por um diálogo mais gentil: “estou fazendo o meu melhor com os recursos que tenho agora”.

É celebrar cada passo, por menor que pareça. O início de algo que antes era evitado já é uma vitória. Um rascunho feito com coragem vale mais do que mil ideias perfeitas nunca iniciadas.

A liberdade emocional nasce quando deixamos de buscar perfeição para, enfim, viver com presença e autenticidade. E nesse espaço interno mais leve, descobrimos que não precisamos ser perfeitas para sermos inteiras.

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