Quando se tem uma neurose obsessiva, sem crenças que a alimentam ou sensações e sentimentos quando e

O primeiro passo é buscar uma terapia para aliviar o sofrimento psíquico. Você nomeia o sintoma de neurose obsessiva, então deve ter lido sobre isso. A neurose obsessiva é caracterizada por pensamentos recorrentes, que podem evoluir para outros transtornos, então é indicado o quanto antes o tratamento. Procure um psicanalista, faça análise... Através de uma escuta profissional você poderá dar um lugar de fala a essa dor e a tudo que ela traz como os gatilhos, situações no seu cotidiano que podem aumentar os sintomas. Um abraço!

Olá! Não existe cura para o que não é doença, não é mesmo? Em Psicanálise, a neurose é considerada uma 'estrutura clínica', como também o é a psicose e a perversão. 'Obsessiva' é um subtipo de neurose. Nenhuma delas é tida como doença. O que se faz em um trabalho de análise, em uma terapia, é aprender a lidar melhor com a estrutura clínica (e acredite, isso é muita coisa). Espero ter ajudado!

Olá! Reitero o que disse o colega acima. Não existe cura para o que não é doença. Portanto, a ajuda de um profissional da psicanálise/psicologia, pode te ajudar a minimizar e a lidar melhor com o que lhe causa angustias no cotidiano. Procure por ajuda!

Olá, gosto muito do Dr. Oliver Sacks quando ele diz: Não me pergunte que doença a pessoa tem, mas que pessoa a doença tem. Não entendeu ? Depende de você e depende à serviço do quê está está doença, ou este conjunto de sintomas. Conheço pessoas incríveis que aprenderam a conviver com suas limitações e diferenças e até a transformá-las em profissão rentável. Precisaria te conhecer e saber o que te move e o que te encanta. O resto é consequência. Boa caminhada!

Para além das contribuições dos colegas profissionais, há que se atentar para o fato de que sempre há algo que alimenta, mas muito bem escondido ou cifrado. Fique bem!

Te garanto que sim e tenho muitos exemplos.

Procure um Psicanalista. Foi Sigmund Freud quem melhor descreveu esse quadro. Não se trabalha com a ideia médica de 'cura' nessa abordagem, mas sim de uma espécie de 'gramática' do sintoma em busca de sua causalidade e recorrência. Alguém da escola francesa de Psicanálise é fortemente indicado, de vez que trabalha com o Inconsciente 'estruturado como linguagem'.

Apesar de não falarmos em cura , na psicanálise , o trabalho na análise contribui ricamente para nomear as causas , e aprender a lidar com estes sintomas que são tão angustiantes .Como disse um colega acima : Isso significa muito em termos de melhora , bem estar e crescimento .Estou a disposição .

A sua pergunta tem alguns pontos interessantes a serem abordados.
Pensar a Neurose Obsessiva como estrutura de Personalidade é pensa-la como um conjunto de mecanismos psíquicos construídos com muito esmero através dos anos de constituição de um sujeito pela sua psique. O sintoma mais comum de uma Neurose Obsessiva, como bem citado pelos colegas e fruto dessa "digestão", seria a invasão de pensamentos recorrentes, comportamentos repetitivos seguidos de uma dúvida arrebatadora. "Despatologizar" a Neurose Obsessiva é não mais trata-la em termos de cura, mas sim conseguir observar os sentidos que estão por trás de tais comportamentos, para que a pessoa não seja mais acometida por essas invasões. Para isso, um processo de análise possibilitaria a "tradução" do que você cita como "crenças, sensações e sentimentos" obsessivos em palavras, numa narrativa que forneça um novo sentido consciente à tais apelos.

Os pensamentos e sentimentos podem estar a um nível inconsciente, por esse motivo não são identificáveis. Neste caso, um psicólogo que trabalhe com inconsciente pode te ajudar a olhar além do que está aparente.

Alerto primeiramente para atentar-se para uma boa avaliação clínica, ao diagnóstico diferencial e confirmação de que se trata de um quadro de neurose obsessiva. Uma vez constatado isto, um tratamento será muito bem-vindo para aquele que padece por muitos recuos diante de seu desejo inconsciente, culpas, angústias, e sofrimentos psíquicos. São as situações circulares as características de um quadro obsessivo, que o move em direção ao desejo, mas são também aquelas que escondem o desejo. É deste modo, que o obsessivo se lança ao desafio da busca impossível por seu desejo. É a evitação do desejo que estará em jogo. Uma das consequências que se pode aprender desse conflito é a
incapacidade de decisão, que deixa o obsessivo no campo da dúvida e paralisa seu pensamento. Observo que uma vez que uma pessoa permite e consente com um tratamento é possível avançar e fazer muitas viradas dialéticas importantes e deslocamentos suficientes para facilitar melhorias e arranjos para um saber fazer com aquilo que importa. Neste sentido é possível viver bem melhor.

A cura pode ser entendida como um tratamento dos sintomas. E se tomarmos os sintomas como modos de defesa, como tentativas (falha) de um certo apagamento dos impulsos (inconscientes), tratar os sintomas vai na direção de apropriar-se de tais impulsos, o que tornará "desnecessário" a produção sintomática.

Prezado(a), enquadrar-se em um modo de funcionamento psiquico é importante para nortear a conduta clínica do profissional e para que o paciente consiga identificar o sintoma com o qual compactua. Todos nós compactuamos com performances sintomáticas em maior ou menor grau. O interessante é tentar identificar quais bloqueios estes suscitam tanto no trânsito das relações interpessoais como no dia a dia. Nessa perspectiva é que as bases psicanalíticas reiteram a importância de dar vazão ao inconsciente. Porque SIM, comumente compactuamos com sintomas que nos sabotam e despendem energia tanto a nível físico quanto psíquico. Nesse sentido, reitero as elocubrações dos colegas. A análise pode atuar no tocante a minimizá-los. A cura psicanalítica estaria mais diretiva no sentido de nos sacrificarmos e despendermos menos energia com os sintomas. Essas seriam parte das premissas psicanalíticas. Aconselho o início de uma sessão para que, talvez, consiga se sentir menos desconfortável. Desde já coloco-me a disposição e espero ter contribuído com a questão.

Bom dia! Eu não usaria a palavra "cura", e sim, um alívio para o sofrimento psíquico. É bem possível ter um sofrimento recorrente sem uma causa aparente: uma dor que não conseguimos nomear, não conseguimos saber como ela surge, de onde ela vem. Como livrar-se dela? Primeiro, é preciso entender o que está acontecendo; olhar para "dentro" de si mesmo, e ir desvendando aos poucos. É um processo que pode ser lento e doloroso, mas muito gratificante, no final. Uma análise com um psicanalista pode ajudar nesse processo.

Como você chegou a esse diagnóstico?
O que você entende por cura?
O que lhe incomoda nessa suposta neurose obsessiva?
Aposte na melhora do seu sintoma.

Olá! Espero que as palavras possam trazer-lhe esperança. Vou usar como referência o livro "Sim, a psicanálise cura!" O que significa estar curado? (1) Valorizar suas qualidades. (2) Reconhecer seus defeitos. (3) Ser capaz de fazer concessões. (4) Saber que perder nunca é perder tudo. (5) Não ter vergonha ou medo de depender do afeto de outras pessoas. (6) Reencontrar a capacidade de amar. (7) Gostar de si mesmo. (8) Ter prazer de viver.

Bom dia!
A primeira coisa é entender o que você está chamando de "neurose obsessiva", quais tipos de "crenças" são essas e o que, de fato, você sente ou percebe em você quando "ela vem". Para isso é preciso de um acompanhamento de um profissional qualificado e com o qual você se sinta confortável em falar sobre seus pensamentos e suas questões. Juntos vocês farão um trabalho para identificar os "gatilhos", os momentos em que as crises aparecem e tudo o que vem junto nestes momentos. É provável que você ainda não tenha conseguido colocar tudo o que pensa ou sente em "palavras" e a partir do momento que você for conseguindo verbalizar e entender o que acontece em você, os sintomas vão ficando mais amenos.
Espero ter ajudado um pouquinho e fico à disposição para outras perguntas ou mensagens!
Abraços e ótimo dia!
Ana

Olá! Que pergunta interessante. O que seria a cura? O que é interessante de pensar é a ressignificação do sofrimento, ou seja, poder olhar para isso que está doloroso, repensar sua função e o que é possível de fazer diante desta descoberta. É possível ser de um novo modo. Estou à disposição.

Se chegar ao ponto de te incomodar, vale a pena buscar ajuda profissional para lidar melhor com sua estrutura. Se não lhe causar prejuízos e nem a ninguém que você convive, não há o que curar.
Espero que consiga entrar equilíbrio para viver bem.

Boa tarde
A neurose obsessiva tem essa característica de grudar no sujeito, que repete pensamentos e ações sem calcular e sem saber os motivos. A ação torna-se uma necessidade sem fundamento real, comandada por um pensamento ditatorial: execute! Como trabalhar isso em psicoterapia? Trazer à memória situações e desejos que possam estar relacionados a esses pensamentos pode levar a uma compreensão dos mesmos, à possibilidade de controle e sua eliminação. É trabalho de uma consulta? Com certeza não. Será fácil mexer em lembranças e desejos que muitas vezes não aceitamos? Também não. Mas se esse sintoma obsessivo incomoda tanto a ponto da pessoa querer mudar, então vale a pena esse investimento todo. Procure um profissional de psicologia/psicanálise com boa escuta e trabalhe! Boa sorte. Abraços

Os colegas detalharam os sintomas da neurose obsessiva. Disseram também que a "cura" tem a ver com a construção de uma nova relação com o quadro sintomatológico até - se possível - sua eliminação. Para tanto, é necessário criar condições para que o analisante elabore um enunciado que indique as potenciais razões para o irrompimento da neurose obsessiva. Nesse sentido, o analista - exercendo uma função (de objeto a) - oferecerá subsídios para que o próprio analisante entenda de onde vieram os tijolos que fabricaram sua neurose.

Boa tarde, você precisa recorrer com urgência a um profissional da psicanálise. Com a terapia você irá adquirir condições para que compreenda da melhor forma possível, como se deu a constituição de seus incômodos e suas questões, como também os seus limites. No entanto apenas com o início de um efetivo processo terapêutico será possível entender e objetivamente ajudar a buscar um decisivo equilíbrio emocional que venha a romper com esse cenário, por você descrito e que evidentemente tanto lhe incomoda.

A neurose obsessiva é um transtorno de ansiedade que pode ser tratado por meio de terapia comportamental e medicamentos, dependendo da severidade. É importante lembrar que a cura não é um conceito absoluto no tratamento de distúrbios mentais, mas sim uma melhora significativa dos sintomas e uma melhoria na qualidade de vida. O objetivo é ajudar a pessoa a aprender a lidar de maneira mais efetiva com seus pensamentos e comportamentos obsessivos. Portanto, em vez de buscar uma cura, o objetivo é o tratamento e a gestão dos sintomas.

Como psicanalista, posso dizer que a neurose obsessiva é uma condição complexa e individual. A presença ou ausência de crenças conscientes, sensações ou sentimentos quando os sintomas obsessivos ocorrem pode variar de pessoa para pessoa. É importante lembrar que, na psicanálise, os sintomas obsessivos muitas vezes têm raízes no inconsciente e podem estar relacionados a conflitos internos não resolvidos. A cura da neurose obsessiva, ou qualquer condição psicológica, geralmente envolve uma exploração profunda dos processos mentais inconscientes que contribuem para os sintomas. Mesmo que os sentimentos e crenças subjacentes não sejam facilmente identificáveis a princípio, um processo terapêutico pode ajudar a trazer à tona esses aspectos inconscientes. A psicanálise busca compreender e abordar as causas profundas dos sintomas, e a cura é frequentemente vista como um processo de autodescoberta e resolução de conflitos internos. Pode ser um caminho longo e desafiador, mas muitas pessoas com neurose obsessiva experimentam melhorias significativas com o tempo e a ajuda de um terapeuta qualificado. Portanto, se você ou alguém que conhece está lidando com a neurose obsessiva, a busca de ajuda terapêutica, como a psicanálise, pode ser benéfica para explorar e trabalhar nos aspectos inconscientes que sustentam essa condição. A perspectiva de cura pode ser alcançada com o devido apoio e empenho no processo terapêutico.