Tenho 28 anos e meu namorado 27, estamos juntos a 5 anos e moramos juntos. Enfrentamos um problema q

7 respostas
Tenho 28 anos e meu namorado 27, estamos juntos a 5 anos e moramos juntos. Enfrentamos um problema que causa desconforto em ambos, a pornografia. Eu já consumi a anos atrás, mas consegui me livrar, mas é algo que até hj as vezes aparece na mente como uma ideia de se ver, mas mesmo assim, opto por não ver. Meu namorado já vem de um histórico como a maioria dos homens, de crescer vendo pornografia e ser tratado como algo normal. Já peguei mais de uma vez no celular e já foi motivo de piorar meus problemas psicológicos, e um quase término. De princípio ele não aceitava tratamento pois tinha preconceito. Uma vez ele teve coragem e me confidenciou que além da pornografia já chegou a olhar pra outras mulheres e desejar, e que tinha consciência que era errado. E isso normalmente acontecia quando a gente brigava. Recentemente ele começou a falar mais abertamente sobre o uso, e até falou para os pais dele, que ele esconde quase tudo. Naquele momento eu pensei que fosse o fim, mas não foi. Eu noto a diferença de comportamento quando ele assiste pornografia nas relações sexuais que temos. E perguntei se ele havia consumido novamente e ele confirmou. A primeira vez eu senti nojo dele e de mim, mas tento não focar nisso, pois é um problema dele, não diz sobre mim. Mas como somos um casal isso afeta. Hj ele diz que aceita tratamento. Então estou em busca de selecionar alguns profissionais que podem auxiliar ele a parar de vez com isso e ter mais alto controle. Ele é do tipo que acredita que homem não demonstra fraquezas e tem que lidar com tudo sozinho, mas na verdade quem tem lidado com os problemas dele sou eu. Também preciso voltar a fazer, e pretendo, mas já deixo claro, que o uso de pornografia não é algo que aceitamos no nosso relacionamento e já conversamos sobre. Então não é algo pra ser aceito como normal, pois já existem estudos que comprovam que esses estímulos não tem benefício algum. Gostaria de conhecer profissionais que trabalham com isso, e como poderiam nos ajudar com práticas confiáveis e seguras.
Dr. Rafael Muniz da Silva
Psicólogo, Terapeuta complementar
Ilhéus
Entendi o seu caso. Como qualquer outro vício, o vício em pornografia age no cérebro como os mesmos mecanismos neurais e compensatórios de um viciado em cocaína. O tratamento padrão ouro é o acompanhamento psiquiátrico e psicológico (buscar entender a causa da carência e o vazio emocional, regulação emocional, e estratégias e planejamento de recaídas.). Atendo presencial e online. Sou Rafael Muniz, psicólogo, acupunturista e graduando em fisioterapia. Cuidando da sua saúde de forma integral, corpo e mente.

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 Helio Martins
Psicólogo
São Bernardo do Campo
Oi, tudo bem? A forma como você descreve tudo traz uma lucidez muito grande sobre o impacto desse tema na relação e em você. Dá para sentir que não é “só sobre pornografia”, mas sobre confiança, vulnerabilidade, limites e o peso de carregar sozinha dores que não são suas. E é compreensível que isso gere nojo, tristeza, confusão e até uma sensação de desgaste emocional, porque quando o cérebro percebe ameaça no vínculo, ele reage como se precisasse se proteger o tempo todo.

O que você contou do seu namorado também mostra uma história comum entre muitos homens que cresceram ouvindo que “tem que aguentar tudo sozinho”. Quando alguém internaliza essa ideia, o autocontrole vira obrigação, a vergonha fica escondida e a busca por ajuda parece fraqueza. Trabalhar isso envolve olhar para muito mais do que o comportamento em si; envolve entender que lugar esse hábito ocupa emocionalmente na vida dele, especialmente nos momentos de conflito entre vocês. Você já parou para perceber como essas recaídas se conectam ao que ele sente durante as brigas? E como tudo isso reverbera em você quando percebe que está segurando sozinha um peso que deveria ser compartilhado?

Você disse algo muito importante: o comportamento é dele, mas o impacto chega até você porque existe um vínculo afetivo. Não é incomum que os efeitos apareçam na autoestima, no desejo, na confiança e até na leitura que o corpo faz da intimidade. Quando você nota diferença nas relações sexuais após o consumo, o corpo está captando sinais que fazem sentido. Já se perguntou o que, dentro da relação, precisaria de mais segurança para que você não precise ficar “vigiando” a possibilidade de recaídas? E para ele, que tipo de espaço emocional falta para que o controle não dependa só da força de vontade?

Sobre o tratamento, fico feliz em saber que agora ele aceita ajuda. Isso abre uma porta enorme. Para esse tipo de questão, o caminho mais seguro envolve terapia individual especializada em comportamento sexual, regulação emocional, impulsividade e padrões aprendidos ao longo da vida, áreas que eu trabalho na minha prática clínica usando TCC, Terapia do Esquema, DBT e ACT. São abordagens que ajudam a reconhecer gatilhos, construir estratégias realistas e trabalhar a vergonha que muitas vezes mantém o ciclo vivo. Em alguns casos, pode ser útil também uma avaliação psiquiátrica quando existe sofrimento intenso, mas isso é decidido caso a caso.

Se sentir que faz sentido, posso ajudar vocês nesse processo com um acompanhamento responsável, técnico e acolhedor, pensando tanto no que ele precisa trabalhar quanto no que você precisa reconstruir emocionalmente depois de tudo isso. Caso precise, estou à disposição.
O que você descreve mostra o quanto essa situação tem sido delicada e desgastante, especialmente porque envolve confiança, intimidade e os limites do relacionamento. A pornografia, quando passa a interferir na vida afetiva, sexual e emocional do casal, deixa de ser algo pontual e passa a ser um ponto de sofrimento que merece atenção profissional, sim. Existem psicólogos que trabalham especificamente com questões de compulsão sexual, comportamento aditivo e sexualidade, geralmente com abordagem focada em autoconhecimento, regulação dos impulsos, reestruturação de padrões e fortalecimento do vínculo consigo e com o outro. O processo não é apenas “parar de vez”, mas entender o que sustenta esse comportamento, especialmente em momentos de conflito ou fragilidade emocional. Também é importante você ter seu próprio espaço terapêutico, pois essa vivência afeta diretamente sua autoestima e segurança emocional. O tratamento pode ajudar ambos a reconstruírem um diálogo mais saudável e equilibrado, com práticas seguras, respeitando os limites que vocês já estabeleceram e cuidando da relação de forma mais consciente.
Muitas vezes a pornografia é usada como forma de evitar alguns sentimentos desagradáveis que surgem, assim como o cigarreeis, bebida, jogos de asar, etc. Nesses casos é importante descobrir a origem dos sentimentos para saber o que fazer, pois dependendo da situação a pessoas passa de um vício a outro. Por outro lado, se temos um sentimento de desvalor, de ter um defeito, de não ser merecedor(a), etc., vale a pena uma boa terapia, com um psicólogo, com quem você se sinta bem e tenha confiança, para se fortalecer.
 Jorge Parulski
Psicólogo
Porto Alegre
Olá, já ajudei com casos semelhantes. Fico a disposição.
Olá!
O que vocês estão vivendo é mais comum do que parece e, ao contrário do que muita gente pensa, não tem a ver com falta de amor. O uso de pornografia, quando vira um padrão repetitivo que afeta o vínculo, geralmente está ligado a ansiedade, desconexão emocional, dificuldade de regulação e formas antigas de lidar com o estresse.
Para você, isso desperta dor, insegurança e exaustão.
Para ele, desperta vergonha, medo de decepcionar e a sensação de que precisa resolver tudo sozinho; o que só aumenta o ciclo.
O fato dele ter conseguido falar sobre isso, admitir, e aceitar buscar ajuda já é um passo imenso.
E é importante que vocês saibam que existe tratamento, sim. Na psicoterapia, trabalhamos:
regulação emocional
redução de compulsões
compreensão dos gatilhos
construção de segurança interna
fortalecimento do vínculo afetivo
comunicação saudável no casal
Ninguém precisa enfrentar isso sozinho(a).
E não existe “normalizar” o que te machuca ; existe entender, tratar e reconstruir segurança.
Se você sentir que faz sentido, estou por aqui para acompanhar vocês nesse processo com acolhimento e técnica. Isadora Klamt Psicóloga CRP 07/19323
Olá paciente, tudo bem? Vícios podem ser muito danosos em relacionamentos, especialmente o uso patológico de pornografia. Uma boa sugestão para o dilema de vocês dois seria a terapia cognitiva comportamental, já que esta abordagem trabalha vícios com técnicas que vão desde comportamentos até aos pensamentos, permitindo resultados mais rápidos e duradores. Caso tenham interesse, eu trabalho com este tipo de adicção. Podem entrar em contato comigo caso precisem. Boa sorte em sua jornada de cura!

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