Tomo o Rivotril 2,5, prescrito pelo médico para iniciar com 5 gotas pela manhã . Comecei com 1gota e

6 respostas
Tomo o Rivotril 2,5, prescrito pelo médico para iniciar com 5 gotas pela manhã . Comecei com 1gota esporadicamente, somente nas crises de pânico . Funcionava e me sentia bem . Fui aumentando a dose até chegar às 5 gotas, isso feito ao longo de anos. Fui em outro médico e o coloquei ciente de toda a situação , ele gradativamente aumentou para 20 gotas, sempre me assegurando da cura do meu mal e a suspensão do remédio, porém estou dependente dele. Tento diminuir aos poucos, mas sinto a abstinência com muita tontura e enjôo. O efeito das 5 gotas, são o mesmo das 20, por isso quero reduzir. Como eu faço ? Não sei como o meu organismo reagiria hoje com a medicação inicial . Gostaria de saber também se tem cura para síndrome do pânico como me garantiram os médicos e a suspensão do medicamento. A abstinência deste me causa, medo, tontura , enjôo, choro, tristeza,angústia , aflições , ansiedade.
O tratamento da síndrome do pânico, de forma geral, não é feito apenas com medicações da classe dos benzodiazepínicos, como é o caso do clonazepam (Rivotril). É possível usar medicações sem o potencial de dependência da medicação que você está usando para prevenir os episódios de pânico, além de tratar sintomas ansiosos e depressivos - os antidepressivos tem essa função. Acredito que com o uso de antidepressivos seja possível fazer a redução gradual do Rivotril. Além disso, é bastante importante que você realize o tratamento não medicamentoso, como atividade física regular e principalmente psicoterapia. A abordagem do tipo Cognitivo Comportamental (conhecida como TCC) apresenta ótimos resultados para transtornos de pânico e ansiedade. Procure um psiquiatra para que ele consiga fazer uma avaliação adequada e lhe orientar. Espero ter ajudado. Um abraço.

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Rivotril é um ótimo ansiolítico, mas é apenas um paliativo e tratamento adjuvante ao tratamento com outras medicações que irão tratar de fato o quadro de ansiedade/pânico. A longo prazo, quando usado isoladamente, pode provocar dependência. Por isso não é recomendado seu uso sem acompanhamento médico e sem o tratamento adequado para o quadro específico que causou a ansiedade. Esse tratamento pode ser associado a terapia específica para pânico (TCC, relaxamento, mindfulness, etc..) ou outras, quando o quadro de pânico foi desencadeado por outro fator estressor ambiental/relacional/trabalho entre outros. Tudo isso deve ser avaliado, discutido e orientado pelo o psiquiatra. Att.
Não foque tanto apenas na medicação. Há grandes evidências de melhora na maioria das pessoas com a combinação de medicamentos e psicoterapia, mais especificamente com a Terapia Cognitivo Comportamental, que vai ajudar a reestruturar os aspectos cognitivos que possam estar originando essas crises e a usar melhores estratégias de enfrentamento.
Dra. Julia Peruchi Madalena
Psiquiatra
Rio de Janeiro
rivotril causa dependência, e parece que isso aconteceu com você! mas é possível você retirar a medicação, de uma forma gradual, e sempre com o acompanhamento de um psiquiatra para lhe auxiliar! procure ajuda! é possível você ficar bem, sem ter sintomas de pânico, mesmo sem remédio, mas para isso, tem que ter um tratamento muito bem feito ( que envolve mais do que só a medicação)
Dra. Fernanda Souza de Abreu Júdice
Psiquiatra, Médico perito, Médico clínico geral
Rio de Janeiro
Sua descrição é muito precisa e mostra o quanto você tem consciência do seu quadro e da sua trajetória com o Rivotril (clonazepam). Isso, por si só, já é um sinal importante de que você está no caminho certo, mesmo diante das dificuldades.

O uso crônico de benzodiazepínicos como o Rivotril realmente pode levar à dependência física e psicológica, especialmente quando há aumento gradual de dose ao longo do tempo. Os sintomas que você relata ao tentar reduzir — tontura, enjoo, tristeza, ansiedade, entre outros — são típicos da síndrome de abstinência. O mais importante nesse momento é não tentar fazer esse desmame sozinha ou de maneira abrupta, pois isso pode causar sofrimento intenso e até mesmo riscos à saúde.

O ideal é que o desmame seja lento, gradual e acompanhado de uma estratégia terapêutica paralela, como a introdução de outro tipo de medicação de manutenção (como antidepressivos) e psicoterapia, especialmente a terapia cognitivo-comportamental, que é a mais eficaz no tratamento da síndrome do pânico.

Sobre a sua dúvida se a síndrome do pânico tem cura: sim, tem controle e, em muitos casos, remissão completa dos sintomas. Muitos pacientes conseguem viver sem crises e até suspender o uso de medicações, mas isso costuma ser feito com acompanhamento cuidadoso e planejamento individualizado. Não há uma fórmula pronta para todos — o tempo e o método dependem da sua história, sua resposta ao tratamento e seu momento de vida.

Você mencionou que o efeito das 5 gotas era o mesmo das 20, e isso faz sentido. O organismo se adapta, cria tolerância, e o aumento da dose nem sempre melhora os sintomas — o que só reforça que o foco precisa estar na retirada controlada e no fortalecimento emocional e comportamental para lidar com os gatilhos da ansiedade.

Se você quiser, posso te ajudar a traçar um plano de desmame em conjunto com o seu médico, explicando passo a passo como isso pode ser feito com mais segurança e menor sofrimento. E, se sentir necessidade de acompanhamento mais próximo, estou à disposição para te orientar nesse processo. Você não está sozinha — com apoio certo, dá sim para retomar o controle da sua vida.
Dra. Camila Cirino Pereira
Neurologista, Médico do sono, Psiquiatra
São Paulo
O que você descreve é muito comum em pessoas que fazem uso prolongado do Rivotril (clonazepam). Ele é um ansiolítico da classe dos benzodiazepínicos, que atua reduzindo a atividade do sistema nervoso central, proporcionando calma e controle das crises de pânico — mas o uso contínuo, mesmo em doses pequenas, pode levar à dependência física e psicológica. Isso significa que o corpo se adapta à presença do medicamento, e quando a dose é reduzida, surgem sintomas de abstinência, como tontura, enjoo, insônia, angústia, medo, choro e sensação de descontrole, exatamente como você relatou. Quanto à sua dúvida sobre o efeito: sim, com o tempo o corpo desenvolve tolerância, e o mesmo número de gotas passa a ter menor efeito ansiolítico, o que leva a aumentos graduais da dose — mas sem ganho real, apenas risco maior de dependência e sintomas ao tentar parar. O ideal agora é não interromper bruscamente o Rivotril. A retirada deve ser feita de forma muito lenta, individualizada e supervisionada, reduzindo 1 gota a cada 1 a 2 semanas, dependendo da resposta. Em alguns casos, o médico pode associar antidepressivos (como sertralina, escitalopram ou venlafaxina), que ajudam a controlar a ansiedade a longo prazo, e depois introduzir terapias complementares, como Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), meditação guiada e higiene do sono, que são comprovadamente eficazes para reduzir a necessidade do benzodiazepínico. Sobre a “cura” da síndrome do pânico: é possível sim controlar completamente o transtorno, mas a melhora verdadeira vem com tratamento combinado, que envolve psicoterapia estruturada, medicamento antidepressivo de base e, em alguns casos, atividade física e técnicas de respiração. O Rivotril pode ser usado no início para aliviar crises, mas o tratamento definitivo requer reeducação emocional e neuroquímica, o que leva algumas semanas ou meses. Em resumo: é possível sair do Rivotril e viver sem as crises, mas a retirada precisa ser lenta, planejada e acompanhada por um médico de confiança. Jamais pare por conta própria. Seu corpo pode se reequilibrar gradualmente, e muitos pacientes conseguem reduzir para doses mínimas ou suspender completamente sem recaídas, desde que o processo seja conduzido com paciência. Reforço que esta resposta tem caráter informativo e não substitui uma consulta médica individual. O acompanhamento com seu neurologista é essencial para confirmar o diagnóstico e garantir segurança no uso. Coloco-me à disposição para ajudar e orientar, com consultas presenciais e atendimento online em todo o Brasil, com foco em neurologia clínica, transtornos de ansiedade e regulação neurofuncional, sempre com uma abordagem técnica, empática e humanizada. Dra. Camila Cirino Pereira – Neurologista | Especialista em TDAH | Especialista em Medicina do Sono | Especialista em Saúde Mental CRM CE 12028 | RQE Nº 11695 | RQE Nº 11728

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