Como a falta de identidade afeta o tratamento do Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) ?
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Como a falta de identidade afeta o tratamento do Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) ?
A falta de identidade pode tornar o tratamento do Transtorno de Personalidade Borderline mais desafiador, porque a pessoa pode oscilar entre querer e rejeitar a ajuda, ou mudar de objetivos com frequência. Essa instabilidade interfere na construção de um vínculo terapêutico estável, que é essencial para o progresso. Com o tempo, porém, a terapia ajuda a fortalecer o senso de identidade, favorecendo a continuidade do tratamento e o desenvolvimento de uma relação mais consistente consigo mesma e com o terapeuta.
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A falta de identidade no Transtorno de Personalidade Borderline afeta o tratamento porque fragiliza o vínculo terapêutico e dificulta a construção de um processo contínuo. O sujeito, por não ter uma imagem estável de si, tende a oscilar também na percepção do terapeuta: ora o idealiza e o vê como figura salvadora, ora o desvaloriza e rejeita, sentindo-se traído ou abandonado. Essas mudanças refletem a instabilidade interna e tornam o manejo clínico desafiador.
Além disso, a ausência de uma identidade coesa faz com que o paciente tenha dificuldade em sustentar compromissos terapêuticos e em reconhecer sua própria participação no processo. Ele pode mudar de metas, resistir às interpretações ou buscar constantemente novas referências externas. Por isso, o trabalho psicoterapêutico, especialmente na abordagem psicanalítica, precisa priorizar a construção de um espaço seguro onde o paciente possa experimentar a continuidade da relação e, gradualmente, integrar aspectos fragmentados de si.
Assim, mais do que interpretar conteúdos inconscientes de forma imediata, o foco inicial é oferecer um ambiente de sustentação psíquica, um campo onde o sujeito possa começar a se reconhecer como alguém capaz de existir para além da instabilidade de seus afetos. A partir dessa base, o tratamento passa a favorecer a formação de uma identidade mais coesa e uma maior tolerância às ambivalências que antes o desorganizavam.
Além disso, a ausência de uma identidade coesa faz com que o paciente tenha dificuldade em sustentar compromissos terapêuticos e em reconhecer sua própria participação no processo. Ele pode mudar de metas, resistir às interpretações ou buscar constantemente novas referências externas. Por isso, o trabalho psicoterapêutico, especialmente na abordagem psicanalítica, precisa priorizar a construção de um espaço seguro onde o paciente possa experimentar a continuidade da relação e, gradualmente, integrar aspectos fragmentados de si.
Assim, mais do que interpretar conteúdos inconscientes de forma imediata, o foco inicial é oferecer um ambiente de sustentação psíquica, um campo onde o sujeito possa começar a se reconhecer como alguém capaz de existir para além da instabilidade de seus afetos. A partir dessa base, o tratamento passa a favorecer a formação de uma identidade mais coesa e uma maior tolerância às ambivalências que antes o desorganizavam.
Olá, como vai? A falta de identidade pode tornar o tratamento mais desafiador, pois o paciente pode oscilar entre posições, expectativas e desejos em relação ao próprio processo terapêutico. A psicanálise compreende que, sem um “eu” minimamente organizado, torna-se difícil manter continuidade na construção de si e nos vínculos, inclusive com o terapeuta. Por isso, é essencial criar um espaço de escuta que favoreça a formação de uma identidade mais coesa, onde o sujeito possa se reconhecer com mais clareza. Com o tempo e o vínculo terapêutico estável, essa construção permite um avanço mais sólido no tratamento.
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