Como a "visão de túnel" se manifesta em um Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) de superstição?
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Como a "visão de túnel" se manifesta em um Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) de superstição?
Oi, tudo bem?
Essa é uma pergunta muito interessante, porque conecta dois fenômenos que, embora diferentes, podem se reforçar mutuamente. A “visão de túnel” é uma expressão usada para descrever aquele estado mental em que a pessoa fica tão focada em um medo ou pensamento específico que perde a capacidade de ver o contexto mais amplo da situação. No TOC de superstição, essa visão estreita da realidade aparece quando a mente se prende a um detalhe — um número, uma sequência, um gesto — acreditando que ele tem poder de evitar algo ruim.
Nesses momentos, o cérebro entra em modo de sobrevivência, e o sistema de alerta fica superativado. É como se toda a atenção se voltasse para a ameaça imaginada, ignorando qualquer dado que a contradiga. A neurociência mostra que o circuito entre o córtex orbitofrontal e o corpo estriado — regiões ligadas à detecção de erro e à urgência de corrigir algo — funciona de forma exagerada. Isso faz com que a pessoa sinta que precisa realizar o ritual, mesmo sabendo racionalmente que não há relação lógica entre o ato e o resultado.
O curioso é que, quanto mais o ritual é repetido, mais estreita fica essa “visão”. O mundo se resume a um único foco: “se eu não fizer isso, algo ruim vai acontecer”. Nesse ponto, o TOC e a visão de túnel formam uma dupla difícil, porque a ansiedade reforça a necessidade de controle, e o controle aparente reforça a ilusão de segurança. É um ciclo que prende o olhar e a mente no mesmo ponto.
Vale refletir: o que o seu medo tenta te proteger de sentir? O que você teme que aconteça se simplesmente não fizer o ritual? E como seria poder enxergar a situação com um pouco mais de amplitude, sem essa lente do medo? Às vezes, o primeiro passo não é forçar o foco a se abrir, mas entender por que ele se fechou.
Quando esse tipo de pensamento começa a limitar a rotina ou gerar sofrimento, a terapia pode ajudar a treinar o cérebro a flexibilizar o olhar, a reconhecer o medo sem se submeter a ele.
Caso precise, estou à disposição.
Essa é uma pergunta muito interessante, porque conecta dois fenômenos que, embora diferentes, podem se reforçar mutuamente. A “visão de túnel” é uma expressão usada para descrever aquele estado mental em que a pessoa fica tão focada em um medo ou pensamento específico que perde a capacidade de ver o contexto mais amplo da situação. No TOC de superstição, essa visão estreita da realidade aparece quando a mente se prende a um detalhe — um número, uma sequência, um gesto — acreditando que ele tem poder de evitar algo ruim.
Nesses momentos, o cérebro entra em modo de sobrevivência, e o sistema de alerta fica superativado. É como se toda a atenção se voltasse para a ameaça imaginada, ignorando qualquer dado que a contradiga. A neurociência mostra que o circuito entre o córtex orbitofrontal e o corpo estriado — regiões ligadas à detecção de erro e à urgência de corrigir algo — funciona de forma exagerada. Isso faz com que a pessoa sinta que precisa realizar o ritual, mesmo sabendo racionalmente que não há relação lógica entre o ato e o resultado.
O curioso é que, quanto mais o ritual é repetido, mais estreita fica essa “visão”. O mundo se resume a um único foco: “se eu não fizer isso, algo ruim vai acontecer”. Nesse ponto, o TOC e a visão de túnel formam uma dupla difícil, porque a ansiedade reforça a necessidade de controle, e o controle aparente reforça a ilusão de segurança. É um ciclo que prende o olhar e a mente no mesmo ponto.
Vale refletir: o que o seu medo tenta te proteger de sentir? O que você teme que aconteça se simplesmente não fizer o ritual? E como seria poder enxergar a situação com um pouco mais de amplitude, sem essa lente do medo? Às vezes, o primeiro passo não é forçar o foco a se abrir, mas entender por que ele se fechou.
Quando esse tipo de pensamento começa a limitar a rotina ou gerar sofrimento, a terapia pode ajudar a treinar o cérebro a flexibilizar o olhar, a reconhecer o medo sem se submeter a ele.
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Olá!! Na chamada visão de túnel, a pessoa fica tão focada em uma ideia ou medo específico, que tudo ao redor perde importância naquele momento. Se a pessoa acredita que precisa fazer um ritual pra evitar algo ruim, sua mente fica presa nessa preocupação e a pessoa passa a enxergar apenas esse pensamento e parece não ter outra opção, senão obedecê-lo. Isso acontece porque a ansiedade toma conta e a mente tenta aliviar o desconforto através do controle, das repetições ou das crenças supersticiosas. Espero ter ajudado!!
No TOC de superstição, a “visão de túnel” se manifesta quando a pessoa fica excessivamente focada em sinais, pensamentos ou rituais, acreditando que eles podem evitar algo ruim. Esse foco estreito amplifica a ansiedade e mantém o ciclo obsessivo-compulsivo, dificultando que a pessoa veja outras possibilidades ou alternativas.
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