Como diferenciar uma depressão grave de uma demência vascular em uma pessoa hemiplégica e afásica,

10 respostas
Como diferenciar uma depressão grave de uma demência vascular em uma pessoa hemiplégica e afásica, vitima a quatro meses? Estava se recuperando mas hoje está muda, com olhar triste, quando não com os olhos fechados, não corresponde ao chamado e apresenta hipertonia no lado não lesado.
A características nucleares da depressão são uma profunda tristeza, desânimo, incapacidade de sentir prazer na maioria das atividades nas quais a pessoa sentia, antes da depressão. Estes sintomas requerem que a pessoa nos relate, de modo que a afasia pode prejudicar.

Sinais presentes na depressão e que não precisam necessariamente de relato do paciente são choro frequente e irritabilidade.

Não é de se esperar que um quadro de demência, no início, deixe a pessoa ao ponto de não responder quando chamada, mas pode ocorrer em casos mais avançados de demência e/ou depressão.

Um AVC cujos sinais estavam melhorando não deve ser a causa direta de demência vascular, porém os mesmos fatores de risco (como hipertensão, diabete, colesterol alto, p.ex.) podem levar ao AVC e aos micro-infartos que caracterizam a demência.

Fácies depressiva é diferente da de um paciente apático sem depressão: não é simples distinguir.

Consultar um neurologista e, depois, psiquiatra, se for depressão.

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Bom dia;
Estudos recentes demonstram que até 40% dos pacientes que tiveram um AVC têm risco de apresentar alguma doença psiquiátrica, principalmente depressão. A afasia é um fator que dificulta a diferenciação entre complicações psiquiátricas e deterioro cognitivo vascular (demência vascular), assim como o local da lesão, a recuperação funcional e as comorbidades prévias. Uma consulta com o neurologista permitirá esclarecer melhor o quadro clínico atual.
O acompanhamento e orientações médicas são extremamente importantes como enfatizado pelos neurologistas acima, reforço que o apoio deve ser dado igualmente aos principais cuidadores, com ênfase aos aspectos emocionais e psicólogicos.
Se possível, busque igualmente a ajuda de um profissional de confiança.
Forte abraço.
O diagnóstico correto se baseia na avaliação clínica especializada, com suporte em exames complementares como tomografia ou ressonância do crânio, eventualmente com realização de avaliação neuropsicológica. Com isso, é possível avaliar a extensão da lesão cerebral pelo AVC, correlacionando os achados com os sintomas apresentados. A demência vascular é muito comum após AVCs que se repetem, extensos ou localizados em regiões estratégicas do cérebro. Também sabemos que é muito, muito frequente a coexistência de depressão com comprometimento cognitivo pós-AVC, incluindo a demência vascular. Outra manifestação que pode se confundir com a depressão e é muito frequente após AVCs é a apatia, que seria um estado emocional de indiferença, com falta de emoção ou motivação, perante algo ou alguma situação que normalmente desencadearia alguma resposta.Isso é muito comum. O ideal seria a realização de uma avaliação especializada global, para diagnóstico e tratamento corretos. À disposição!
A nova condição de vida limitada pela doença favorece o quadro depressivo. Doenças psiquiátricas podem se potencializar também, com este tipo de acometimento, além das questões neurológicas deste quadro clínico.
Psicologia e fonoaudiologia contribuem muito para estimular e auxiliar na comunicação.
As limitações corporais afetam significativamente o estado emocional do indivíduo, portanto é natural que se instale um quadro depressivo nestas condições. Além do acompanhamento médico, que é fundamental para seu quadro clínico, também se faz necessário um acompanhamento psicológico, com especialista na área para tratar o quadro depressivo, associado às medicações do psiquiatra.
É sempre difícil cuidar de uma pessoa adoecida, o melhor seria tb se cuidar para pode ajudar oboutro, para diferenciar a principio só com um neuroligista que ira aplicar os testes e exames necessários.
Att.
Eduardo
O acompanhamento psicológico deve ser realizado independente do diagnóstico clinico, pois qualquer pessoa que passe por uma doença com sequelas encontra-se em um estado de sofrimento.
A avaliação clinica acompanhada de exames é muito importante e a psicoterapia associada poderão trazer muitos beneficios.
Ola! A questão não é nem diferenciar. A questão é o olhar para o quadro e perceber que, possivelmente essa pessoa estava vivendo uma vida "normal" e de repente pá! Possivelmente até com uma certa idade. Então a questão não é nem como diferenciar. A pessoa pode sim estar gravemente depressiva em funções das consequências de sua saúde e de seu quadro atual, sabendo das suas limitações físicas e psíquicas e pode ter começado numa tristeza imensa e evoluído para uma depressão profunda. Ninguém está pronto para sua própria finitude e a doença nos leva a essa reflexão. Procure ajuda médica para um acompanhamento intensivo do quadro físico e uma ajuda psicológica intensa.Procure um psicanalista/psicólogo que com certeza ajudará na melhora da qualidade de vida.
É muito importante que essa pessoa tenha acompanhamento médico imediato com um neurologista e/ou psiquiatra. É sempre bom descartar de imediato uma questão física. Paralelo a isso ou após, uma psicoterapia pode ajudar. A condução ao médico imediata é porque, pelo menos dois sintomas descritos não correspondem a uma quadro de depressão somente. Veja, não significa que ela não exista, mas sim que pode estar junto com outro problema.

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