Como lidar com a fuga de ideias no Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) ?

3 respostas
Como lidar com a fuga de ideias no Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) ?
No Transtorno de Personalidade Borderline, o que parece uma fuga de ideias geralmente está mais relacionado à impulsividade emocional e à desorganização momentânea do pensamento durante crises. Lidar com isso envolve aprender a reconhecer os gatilhos emocionais, praticar a regulação emocional (como técnicas de respiração e mindfulness) e trabalhar, em terapia, estratégias para organizar o pensamento e tolerar a instabilidade sem se perder nela

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 Elida Biasoli
Psicanalista, Psicólogo
São Paulo
Olá. Dizendo em outros termos, a fuga de ideias é uma desorganização das ideias, decorrente de uma forma de pensar muito rápida em que não se pode deter em uma via de pensamentos. Isso ocorre, geralmente, como uma forma de lidar com afetos difíceis, em um momento de angústia. Parece-me bastante importante poder contar com um psicanalista lacaniano, que será um bom interlocutor nesse momento, ajudando a localizar melhor as ideias, fazendo com que elas fujam menos.
 Helio Martins
Psicólogo
São Bernardo do Campo
Olá, tudo bem?

A sua pergunta é muito interessante, porque aponta para um fenômeno que, embora mais comum em quadros de mania ou hipomania, também pode aparecer no Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), especialmente em momentos de ativação emocional intensa. A “fuga de ideias” nesse contexto costuma estar muito mais associada a uma tempestade interna do que a uma aceleração típica de humor — como se o cérebro estivesse tentando acompanhar emoções que mudam de direção rápido demais.

No caso do TPB, essa aceleração mental muitas vezes acontece como reflexo de um sistema emocional hiperativado: pensamentos se atropelam, discursos mudam de rumo no meio do caminho e fica difícil até nomear o que está sentindo. Nessas horas, o objetivo terapêutico não é “frear” o pensamento à força, mas sim criar pontos de ancoragem internos que ajudem a reorganizar a experiência. Isso pode envolver, por exemplo, desenvolver mais consciência do que o corpo está sinalizando, trabalhar regulação emocional e, aos poucos, construir uma relação diferente com os próprios pensamentos — menos pautada na urgência e mais no contato real com a emoção de fundo.

A neurociência nos mostra que, em pessoas com TPB, áreas cerebrais ligadas à detecção de ameaça e à intensidade emocional (como a amígdala) tendem a ser mais reativas, enquanto regiões do cérebro responsáveis pelo controle e pelo processamento racional (como o córtex pré-frontal) nem sempre conseguem “fazer a mediação” de forma eficiente. Ou seja: quando a emoção invade, o pensamento tenta acompanhar — mas sem muito filtro, clareza ou direção.

Em que momentos você sente que os pensamentos perdem o eixo? Que emoção costuma vir antes dessa confusão mental? E se, ao invés de tentar controlar o fluxo das ideias, fosse possível escutar o que elas estão tentando dizer por trás da velocidade?

Caso precise, estou à disposição.

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