Como podemos dizer "não" para uma uma pessoa com Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) ?
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Como podemos dizer "não" para uma uma pessoa com Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) ?
Entendo que uma pessoa com Borderline possa estar muito sensível em muitos momentos, instável ou depressivo, talvez até com pensamentos suicidas. Porém, a questão de "dizer não" é importante para a pessoa e para quem convive como ela de alguma forma. É claro que estamos citando "dizer não" dentro de níveis razoáveis, de algo necessário. Nesse sentindo, sim, é preciso "dizer não", até porque dar e receber "limites saudáveis e realistas" (Jeffrey Young) é uma dar necessidades básicas emocionais do ser humano. Como dizer? Usando de acolhimento (outra necessidade básica emocional é dar e receber amor e proteção), de empatia e de assertividade. A CNV - Comunicação Não-violência - traz uma técnica que pode ajudar: falar do fato, de como se sente sobre ele, das suas necessidades, e fazer um pedido específico pertinente.
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Oi, tudo bem? Essa é uma pergunta que exige muita sensibilidade, porque dizer “não” para alguém com TPB não é apenas estabelecer um limite; é tocar num ponto que, muitas vezes, ativa medos antigos de rejeição, abandono ou de não ser importante para o outro. E quando esses medos são tocados, a reação emocional costuma vir forte não porque a pessoa é “difícil”, mas porque a experiência interna dela se desorganiza rápido.
Quando pensamos em como dizer “não”, o mais importante não é a palavra em si, mas o modo como ela é entregue. A pessoa geralmente tolera muito melhor um limite quando sente que não está sendo descartada nem ridicularizada. É como se o cérebro dela perguntasse o tempo todo: “você ainda está aqui comigo mesmo dizendo isso?”. No caso que você tem em mente, o que você percebe que mais dispara dor: a negativa em si ou a forma como ela é comunicada? Em que momentos essa pessoa reage com mais intensidade?
Uma negativa clara, firme e ao mesmo tempo calorosa costuma funcionar muito melhor do que explicações longas demais ou tentativas de suavizar excessivamente a situação. O limite precisa ser dito de forma estável, porque instabilidade amplifica insegurança. Ao mesmo tempo, transmitir constância — algo como “eu continuo aqui, mesmo com esse limite” — ajuda o sistema emocional dela a não entrar num estado de alerta. Você já reparou se, quando essa pessoa recebe um limite, a reação vem mais do medo de perder você ou da sensação de estar sendo injustiçada?
Outra coisa que faz diferença é nomear o vínculo ao mesmo tempo em que coloca o limite. Algo como “eu me importo com você, e por isso preciso ser honesto” costuma ser muito menos ameaçador do que um “não” seco. É como oferecer um chão emocional ao mesmo tempo em que coloca a fronteira.
Se quiser, podemos explorar juntos o contexto específico da situação para pensar em palavras que façam sentido para essa relação. Caso precise, estou à disposição.
Quando pensamos em como dizer “não”, o mais importante não é a palavra em si, mas o modo como ela é entregue. A pessoa geralmente tolera muito melhor um limite quando sente que não está sendo descartada nem ridicularizada. É como se o cérebro dela perguntasse o tempo todo: “você ainda está aqui comigo mesmo dizendo isso?”. No caso que você tem em mente, o que você percebe que mais dispara dor: a negativa em si ou a forma como ela é comunicada? Em que momentos essa pessoa reage com mais intensidade?
Uma negativa clara, firme e ao mesmo tempo calorosa costuma funcionar muito melhor do que explicações longas demais ou tentativas de suavizar excessivamente a situação. O limite precisa ser dito de forma estável, porque instabilidade amplifica insegurança. Ao mesmo tempo, transmitir constância — algo como “eu continuo aqui, mesmo com esse limite” — ajuda o sistema emocional dela a não entrar num estado de alerta. Você já reparou se, quando essa pessoa recebe um limite, a reação vem mais do medo de perder você ou da sensação de estar sendo injustiçada?
Outra coisa que faz diferença é nomear o vínculo ao mesmo tempo em que coloca o limite. Algo como “eu me importo com você, e por isso preciso ser honesto” costuma ser muito menos ameaçador do que um “não” seco. É como oferecer um chão emocional ao mesmo tempo em que coloca a fronteira.
Se quiser, podemos explorar juntos o contexto específico da situação para pensar em palavras que façam sentido para essa relação. Caso precise, estou à disposição.
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