Como posso controlar minha hiperfixação e foco de uma forma mais saudável?
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Como posso controlar minha hiperfixação e foco de uma forma mais saudável?
Bom dia,
A hiperfixação no Transtorno Obsessivo-Compulsivo pode ser muito desgastante, porque a mente acaba se prendendo em um único pensamento, sensação ou comportamento, como se não conseguisse “desligar”. Controlar isso de uma forma mais saudável não significa tentar parar o pensamento à força, mas aprender a lidar com ele de um jeito diferente. Quando você tenta lutar diretamente contra o foco ou se culpar por não conseguir parar, ele tende a ficar ainda mais forte.
Uma das formas mais eficazes de lidar com isso é treinar a observação consciente. Em vez de se envolver com o pensamento, você pode tentar apenas percebê-lo, reconhecendo que ele está ali, mas sem dar tanta atenção. Técnicas de respiração e mindfulness ajudam muito nesse processo, pois ensinam o cérebro a voltar para o presente, sem se deixar levar pela repetição mental.
Outra estratégia importante é direcionar o foco para algo que te traga presença e prazer real, como uma atividade criativa, física ou de relaxamento. Isso não é uma fuga, e sim uma forma de mostrar ao cérebro que ele pode encontrar segurança e conforto fora da fixação. E se perceber que o padrão está muito intenso, o acompanhamento com um psicólogo pode te ajudar a compreender melhor o que alimenta essa necessidade de controle e criar formas mais equilibradas de lidar com ela.
Com o tempo e o cuidado certo, o foco deixa de ser algo que te aprisiona e passa a ser uma ferramenta que você pode usar a seu favor.
Espero ter ajudado, um grande abraço.
A hiperfixação no Transtorno Obsessivo-Compulsivo pode ser muito desgastante, porque a mente acaba se prendendo em um único pensamento, sensação ou comportamento, como se não conseguisse “desligar”. Controlar isso de uma forma mais saudável não significa tentar parar o pensamento à força, mas aprender a lidar com ele de um jeito diferente. Quando você tenta lutar diretamente contra o foco ou se culpar por não conseguir parar, ele tende a ficar ainda mais forte.
Uma das formas mais eficazes de lidar com isso é treinar a observação consciente. Em vez de se envolver com o pensamento, você pode tentar apenas percebê-lo, reconhecendo que ele está ali, mas sem dar tanta atenção. Técnicas de respiração e mindfulness ajudam muito nesse processo, pois ensinam o cérebro a voltar para o presente, sem se deixar levar pela repetição mental.
Outra estratégia importante é direcionar o foco para algo que te traga presença e prazer real, como uma atividade criativa, física ou de relaxamento. Isso não é uma fuga, e sim uma forma de mostrar ao cérebro que ele pode encontrar segurança e conforto fora da fixação. E se perceber que o padrão está muito intenso, o acompanhamento com um psicólogo pode te ajudar a compreender melhor o que alimenta essa necessidade de controle e criar formas mais equilibradas de lidar com ela.
Com o tempo e o cuidado certo, o foco deixa de ser algo que te aprisiona e passa a ser uma ferramenta que você pode usar a seu favor.
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Olá!
Inquietação completamente compreensível. É profundamente humano querer direcionar nossa energia de forma que nos nutra, em vez de esgotar-nos. Trarei aqui uma análise na perspectiva da psicologia analítica de Carl Jung, a qual eu trabalho.
Primeiramente, é importante refletir sobre a hiperfixação, em que está não é compreendida como um defeito de caráter em si, mas como uma expressão intensa da sua libido, a energia psíquica. Está é uma metáfora como de um rio, em que você apenas pode é reconduzir seu fluxo, um direcionamento na medida do possível, controlá-lo com represas (força de vontade) e ele pode transbordar ou mudar de curso de forma inesperada. O ponto aqui não é reprimir, mas canalizar seu fluxo.
Muitas vezes, o que chamamos de hiperfixação é um aspecto da nossa Sombra, com conteúdos que nos constituem e são partes de nós que julgamos como excessivas, imorais ou desregradas e que, por isso, tentamos empurrar para as escuras, recalcando em nosso conteúdo do inconsciente.
Contudo, um dia, esse fluxo de pensamentos terá que ser absorvido, os quais podem gerar um conteúdo psíquico muito construtivo, em constante análise e assimilação, com perguntas como "O que esta parte de mim, tão cheia de foco e intensidade, realmente precisa expressar?".
Aqui, numa possível intervenção ilustrativa de tal pergunta, podemos observar o fenômeno, sem julgar. Na próxima vez que a hiperfixação surgir, tente ser um observador curioso, um interrogador de si, ao invés de dizer "Ah não, lá vou eu de novo", mas sim "Interessante. Minha mente está se agarrando a isso com tanta força. O que há nesse tema que é tão nutritivo para a minha psique?". Uma pergunta simples dessa gerará uma mudança dinâmica, tira o combate e traz consciência.
Aqui, trouxe uma proposta basal de observarmos a presente pergunta, em que vejo que a atitude é o redirecionar a energia, não domá-la, mas sim para aprender a alimentá-la para algo que seja construtivo para você.
Isso leva tempo e prática. Seja gentil com seus passos, com seus ritmos. Cada momento de consciência já é uma vitória.
Precisando de algo, entre em contato pela página do Doctoralia. Estou à disposição para caminharmos juntos nestes questionamentos e buscar integrá-los.
Até logo mais!
Inquietação completamente compreensível. É profundamente humano querer direcionar nossa energia de forma que nos nutra, em vez de esgotar-nos. Trarei aqui uma análise na perspectiva da psicologia analítica de Carl Jung, a qual eu trabalho.
Primeiramente, é importante refletir sobre a hiperfixação, em que está não é compreendida como um defeito de caráter em si, mas como uma expressão intensa da sua libido, a energia psíquica. Está é uma metáfora como de um rio, em que você apenas pode é reconduzir seu fluxo, um direcionamento na medida do possível, controlá-lo com represas (força de vontade) e ele pode transbordar ou mudar de curso de forma inesperada. O ponto aqui não é reprimir, mas canalizar seu fluxo.
Muitas vezes, o que chamamos de hiperfixação é um aspecto da nossa Sombra, com conteúdos que nos constituem e são partes de nós que julgamos como excessivas, imorais ou desregradas e que, por isso, tentamos empurrar para as escuras, recalcando em nosso conteúdo do inconsciente.
Contudo, um dia, esse fluxo de pensamentos terá que ser absorvido, os quais podem gerar um conteúdo psíquico muito construtivo, em constante análise e assimilação, com perguntas como "O que esta parte de mim, tão cheia de foco e intensidade, realmente precisa expressar?".
Aqui, numa possível intervenção ilustrativa de tal pergunta, podemos observar o fenômeno, sem julgar. Na próxima vez que a hiperfixação surgir, tente ser um observador curioso, um interrogador de si, ao invés de dizer "Ah não, lá vou eu de novo", mas sim "Interessante. Minha mente está se agarrando a isso com tanta força. O que há nesse tema que é tão nutritivo para a minha psique?". Uma pergunta simples dessa gerará uma mudança dinâmica, tira o combate e traz consciência.
Aqui, trouxe uma proposta basal de observarmos a presente pergunta, em que vejo que a atitude é o redirecionar a energia, não domá-la, mas sim para aprender a alimentá-la para algo que seja construtivo para você.
Isso leva tempo e prática. Seja gentil com seus passos, com seus ritmos. Cada momento de consciência já é uma vitória.
Precisando de algo, entre em contato pela página do Doctoralia. Estou à disposição para caminharmos juntos nestes questionamentos e buscar integrá-los.
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