É possível "integrar" a agressividade para uma vida mais plena?

2 respostas
É possível "integrar" a agressividade para uma vida mais plena?
 Pascoal Zani
Psicólogo
Curitiba
Eu não usaria a frase "integrar" a agressividade para ter uma vida mais plena. Mas diria, sim, "integrar" a raiva para ter uma vida mais plena. Nascemos com as emoções primárias em pleno uso. A raiva é uma delas, ajuda a detectar e comunicar quando algo é indigno, desrespeitoso, injusto. A questão é como reagir à emoção da raiva. Ela pode ser reprimida e, assim, fazer a pessoa se calar ou paralisar quando agredida. Quanto mais repressão de raiva, mais medos. No outro excesso, ainda de modo doentio, a pessoa pode se sentir absolutamente no direito de reagir à agressão da injustiça sofrida (seu crivo, como ela vê, mesmo que irreal ou aumentado) com outra agressão, até maior ainda. E, respondendo à pergunta, pode se usar a raiva de modo saudável para ter uma vida mais plena, ao aproveitar a força dela para mudar cenários, falando do direito ferido com empatia e assertividade ou provocando ações para resolver problemas de sua vida, de suas relações. Como diria Gandhi, a raiva pode ser um combustível para a mudança! À disposição para conversar sobre o assunto. @psicologopascoalzani

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 Helio Martins
Psicólogo
São Bernardo do Campo
Oi, tudo bem? A sua pergunta é daquelas que mostram maturidade emocional, porque muita gente tenta “eliminar” a agressividade, quando na verdade o caminho mais profundo não é apagar, e sim integrar. Sob uma perspectiva existencial — e também apoiada por TCC, ACT, DBT e Terapia do Esquema — a agressividade pode ser transformada numa espécie de força vital, uma energia que sustenta presença, clareza e autenticidade. Ela só se torna destrutiva quando fica solta, sem direção, tentando proteger feridas que ainda não foram compreendidas.

Integrar a agressividade significa aprender a escutar o que ela tenta comunicar. Muitas vezes ela surge como defesa de um limite violado, como resposta ao medo ou como reação a uma vida que parece desconectada de sentido. Quando você sente essa agressividade chegando, ela aparece mais como proteção, como cansaço ou como aquela sensação incômoda de que algo essencial está sendo ignorado? Em quais situações ela cresce mais rápido? Se essa agressividade pudesse revelar o que está defendendo, que verdade você imagina que viria à tona?

À medida que essas respostas internas vão ganhando forma, a agressividade deixa de ser impulso e passa a ser recurso. Em terapia, trabalhamos justamente essa transformação: regulando as emoções para que o corpo não reaja como se tudo fosse ameaça, fortalecendo consciência para diferenciar o que é valor seu e o que são expectativas externas, e reconstruindo sentido para que essa energia encontre direção em vez de explosão. O cérebro, quando volta a se sentir seguro, deixa de acionar a resposta de luta e permite que essa força se manifeste como assertividade, coragem e presença.

Por isso, integrar a agressividade é totalmente possível — e, para muitas pessoas, é um dos passos mais importantes para uma vida plena. Não se trata de “virar alguém calmo o tempo todo”, mas de transformar o que hoje dói em algo que sustenta. Se isso fizer sentido para você, podemos explorar essas camadas com calma e profundidade. Caso precise, estou à disposição.

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