Minha sobrinha de 3 anos sempre pergunta pelo avô que faleceu há 5 meses. Já tentamos de varias formas

25 respostas
Minha sobrinha de 3 anos sempre pergunta pelo avô que faleceu há 5 meses. Já tentamos de varias formas explicar à ela , mas ela não entende. Sempre pergunta porque ele morreu... porque ele não volta...e fala que vai subir numa escada até o céu pra ver o vovô. O que fazer nesse caso?
 Andrea Ferioli
Psicólogo, Psicanalista
Niterói
Perder uma pessoa querida é bem doloroso para a maioria das pessoas em nossa cultura. Além disso, cada pessoa tem seu tempo para vivenciar uma perda. Um bom profissional poderá ajudar a criança em seu processo de elaboração do luto. Procure um psicólogo que tenha experiência com crianças, ele também pode orientar quanto a melhor forma de conduzir o assunto em família. Espero ter te ajudado. Estou à disposição!

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Se para nós adultos, já é difícil elaborar o luto, imagine para uma criança que pelo jeito tinha convivência com um ente querido da família? Deixe a criança reagir naturalmente a esse fato, se ela sentir tristeza, raiva, ou qualquer outro sentimento, acolha com carinho e estimule ela a falar sobre o avô e tudo que sente, quando ela tocar no assunto. Pode dar a ela uma folha de papel para que ela desenhe, criar um ato onde possa homenagear o avô ou mesmo nas brincadeiras quando o tema voltar, deixar que ela fale sobre isso. Tentar evitar, ou dar explicações demasiadas podem não ser úteis nesse momento de elaboração do luto. A criança não precisa nesse momento entender a morte, basta que nós a ajudemos a lidar com esse fato de modo natural e tranquilo, com o tempo, ela irá se acostumar com a ideia e ficará uma boa lembrança daquilo que ela teve um dia.
 Renata Cristian de Sá
Psicólogo
Rio de Janeiro
Na nossa sociedade, a morte ainda é um tema tabu e, portanto, traz dificuldades de lidar com ela tanto para o adulto quanto para as crianças. Entretanto, pode-se dizer que as maiores dificuldades infantis quanto ao tema geralmente são fruto de negação, de mentiras ou reações de silêncio por parte dos adultos. Até os 3 anos, a criança não compreende a noção de morte, apenas percebe e preocupa-se com a separação. A partir daí, desenvolve-se um entendimento maior da morte enquanto perda mas ainda não há a noção de permanência desta ausência, por isso questionam várias vezes sobre o assunto. A aceitação da morte é um processo que vai se desenvolvendo aos poucos na criança mas que é influenciado diretamente pela maneira com que os seus cuidadores (adultos) conseguem elaborar o luto. Assim, se houverem dificuldades de lidar com os questionamentos desta criança, recomendo a você que busque suporte psicológico para trabalhar a dor da perda e as dificuldades que você vem enfrentando.
Dra. Sayonara Machado
Psicólogo, Psicanalista
Rio de Janeiro
A morte é um fato que não sabemos como encarar e, é dificil para cada um de nós. Independente de idade, para uma criança é muito grande e importante esse acontecimento, principalmente porque ela acha que ele esta demorando ou que vai voltar. Como disse uma colega acima deixe ela falar, deixe ela expressar esse amor da forma que sabe. De papel para ela desenhar e guarde os dezenhos ela certamente vai gostar de ver no futuro. Amor e carinho aos enlutados é muito importante então de a ela porque ela está em luto também. A forma de expressar sua dor é quando sente saudade dele e não entende porque ele não vem. Então pergunta muitas vezes a mesma coisa, tenha paciência vai passar. O prazo estimado para essa melhora é de 6 a 12 messes. Caso esteja muito dificil aconcelho sim buscar um psicólogo infantil. Espero ter ajudado abraços e força.
Att
Sayonara Machado.
Prof. Maria Alice M. Bampi
Psicopedagogo
Florianópolis
Lidar com estas questões é muito difícil principalmente com crianças nesta idade. Deixar ela perceber que a família também sente o que aconteceu é importante. Não fazer muito drama, mas deixar ela perceber como os adultos estão lidando coma perda mesmo sentindo tristeza. Ir colocando fatos novos no dia a dia da criança, uma viagem, um novo amiguinho...coisas novas e boas para ela pensar nos dias que se seguem...
As respostas acima dos psicólogos estão muito coerentes.
Ola, tudo bem? vejo o quanto lhe preocupa a situação de sua sobrinha. É algo muito recente e imagino que toda a família esteja consternada como o ocorrido.
Realmente sinto muito...
Assim como os colegas acima disseram, caso haja persistência e esteja trazendo prejuízos para a criança, sugiro a ajuda terapêutica, com intuito de auxiliá-la na elaboração do luto. Estou a disposição para maiores esclarecimentos. Abraços
Recomendo terapia familiar. Encontros para juntos passarem pelo processo de elaboração do luto. Assim, esse processo acontecendo entre os membros, todos conseguem escutar uns aos outros e cada um na sua idade percebe seu sofrimento, percebe que todos sofrem . Todos se ajudam e são ajudados. Mesmo pequena é capaz de entender a dor da saudade de um adulto e aprende a falar do seu. Um ritual de encontros, aceitação e despedida. Um abraço à família.
 Mara Cínthia Moura Ribeiro
Psicólogo
Guarapari
Olá!
Nossa sociedade não lida bem com a morte e o morrer.
Algumas perguntas: como a família está lidando com a morte? É nomeado esse sentimento ? As emoções são escondidas da criança?

Caso percebam que a criança mudou de comportamento, está com comprometimento social. Procure psicólogo que atenda crianças.
 Maria Annunziata Spagnolo
Psicólogo
Salvador
Bom dia, neste caso podem procurar algum terapeuta de criança que trabalhe com EMDR porque existem formas de trabalhar as emoções de formas simples e ao mesmo tempo profundas que agem na regulação do cérebro e ajudam a criança a entender com mais tranquilidade aquilo que racionalmente não intendem.
 Micheli Mendes Alfieri
Psicólogo, Psicanalista
Guarulhos
Olá, realmente a morte é uma questão bastante difícil de se lidar, e levando em consideração de que é uma criança, onde essa questão é ainda mais complexa, sugiro que um psicólogo para ajudar nesse processo.
Olá, Ela repete as perguntas e insiste simplesmente porque ainda não compreendeu. A morte o pra sempre são conceitos complexos para a idade dela. uma criança tão pequena ainda não é capaz de compreender certas coisas. A noção de reversibilidade por exemplo ( de acordo com a teoria de piaget), são conceitos que vão se construindo. Elas vivem em um mundo mágico em que é possível subir em uma escada até o céu para buscar o vovô de quem sente falta.
Ela pergunta é insiste porque tenta entender. E importante ser Claro, respeitando a fe da família, que o avô não voltará, que não há como ir onde ele está ( se é nisto que a família acredita).
E se notam que já um sofrimento acho válido a avaliação é possível intervenção de um profissional.
 Joyce Buratti
Psicólogo
Piracicaba
Olá. A elaboração do luto é um processo delicado e doloroso. É importante ser empático com o sentimento da criança além de explicar de maneira clara e simples os fatos ocorridos. Já tentou uma abordagem mais acolhedora como: “eu sei que dói muito.“ “Eu também sinto falta dele, gostaria de estar com ele ou poder vê-lo mais uma vez...” É importante que a criança perceba que todos compartilham de sentimentos semelhantes, para se se sentir apoiada e acolhida.
 Rute Rodrigues
Psicólogo, Psicanalista
Porto Alegre
Quando a morte chega os adultos são tomados de emoções fortes e percebo que temam que tais emoções possam trazer dano aos pequenos. As metáforas - como "foi morar no céu"- talvez seja uma forma de amenizar um impacto temido, porém a abstração da metáfora fica inalcançável para a idade da tua sobrinha. Ela entende literalmente que o avô está no céu, portanto, quer ir visita-lo. Dentro da lógica infantil está correta. Mas a morte não é uma viagem que a criança compreenda. Talvez sua insistência seja justamente a busca de compreensão para o sumiço do avô. Acolher o sentimento de saudades podendo também dizer que sentem falta, olhar fotografias, relembrar bons momentos e reverenciando a memória do avô, são situações que podem ajudar a elaboração desta perda. Bem como as dicas de outros colegas. Caso na família não haja tal disponibilidade, um profissional da psicologia pode ajudar.
Elaborar o luto não é uma coisa fácil.
Estamos a negar o tempo toda a morte. A morte de alguém do nosso convívio é muito sofrida.
Tem um tempo para aceitação, então, sugiro que procure um psicólogo para oferecer esse suporte.
Abraços!
Dra. Samantha Otero
Psicólogo, Psicanalista
São José
O processo de luto para um adulto que tem suas crenças sobre a morte é difícil, imagine para uma criança tão jovem? Nessa idade a criança ainda não tem a noção do que significa a morte, que o ente querido não vai mais voltar, que é uma partida sem volta. Especialmente se ela tem convívio com o falecido. Desde muito cedo às crianças percebem através do falecimento de um animal de estimação, das plantas e até mesmo nos desenhos quando o super-herói mata o vilão. A morte vai sendo internalizada aos poucos. É importante nessa situação não mentir ou omitir da criança. Assim como é importante não transmitir nossas angústias diante do nosso próprio luto para às crianças. Conte a ela o que é a morte conforme sua crença familiar. Se não tiver a resposta na hora, diga que vai pensar sobre o assunto e a deixe refletir... Pergunte o que ela acha sobre o ocorrido. Geralmente nos surpreendemos com as respostas das crianças. É um processo delicado, que mais cedo ou mais tarde viveremos. Perder pessoas queridas faz parte da vivência humana. O filme O rei Leão é um bom filme para ela assistir e perceber que assim como os animais partem, os humanos também. Força e meus sentimentos. Samantha Otero.
 Vera Lucia Fernandes
Psicólogo
Americana
Para entender a vida precisamos entender a morte. Se a sua sobrinha tem 3 anos ela tem uma ideia diferente do que seja a morte propriamente dita. Talvez relacione com imobilidade. Não sabe ainda o verdadeiro significado da morte, nossa maior ausência. Tem que explicar que a pessoa acabou de viver, e, para isso, não precisa, necessariamente, estar velho, pois nem sempre a ordem natural das coisas acontece. Resumindo, se faz necessário ter uma resposta simples mas que seja verdadeira. Em muitos casos, quando isso não acontece, a criança pode entrar num surto psicótico.
Olá, percebo que você se preocupa com a insistência de sua sobrinha sobre o ente familiar falecido. É natural seu questionamento, pois nessa idade ela não compreende o sentido de morte.
Mas também compreendo que nossa sociedade moderna ocidental não lida bem com a noção de finitude e, portanto trata desse assunto com desconforto, com receio.
Tenha paciência com sua sobrinha, responda sempre a mesma coisa quando ela questionar. Em algum momento ela entenderá.
Um abraço.
Olá! Realmente para esta idade é complicado o entendimento sobre a morte. Por estarem na fase imaginativa, entendem que é algo reversível ou que não tem duração prolongada a falta desta pessoa querida. Certamente o avô era alguém muito querido para ela. Cabe à família paciência, amparo e acolhimento. Este momento será um processo para ela e precisa ser respeitado. Se a fase persistir, aconselho terapia infantil. Pois a psicóloga ajudará sua sobrinha na construção do luto.
Olá. Procure ajuda de um psicólogo para orientar vocês. Atenciosamente
 Patricia Perri Massuia
Psicólogo
São Paulo
o mais adequado sao os pais passarem por sessoes de psicoterapia de orientacao de pais e avaliacao ludica com a crianca.
obrigada
patricia massuia
Prof. Wanessa Mesquita
Psicólogo, Psicanalista
Goiânia
Olá, como vai?
A concepção de morte é complexa, mesmo para os adultos. Quando falamos de crianças temos um agravante, as estruturas que orientam o pensamento não estão completamente prontas, o que significa que elas não compreenderão certos conceitos como nós compreendemos.

Segundo alguns estudos (baseados em Piaget), a criança possui algumas fases de desenvolvimento cognitivo que devem ser vividas para lidar com questões tão complexas quanto a morte, ela deve compreender cognitivamente alguns conceitos antes: irreversibilidade, não-funcionalidade e universalidade.

Isso só se dá em torno dos 5/6 anos, quando ela alcança o estágio operatório concreto do pensamento. Trocando em miúdos, é natural que ela não compreenda ainda, porém há de se acompanhar a evolução com especialista.

Abraço,
 Isabela Zeggiato Passos
Psicólogo, Psicanalista
São Paulo
As crianças têm uma maior dificuldade em lidar com o luto, justamente por não terem uma capacidade de verbalização bem formada. Indico que procure um atendimento infantil, para que ela possa encontrar formas de superar e lidar com o luto em sessão.
Dra. Thayane Esteves
Psicólogo, Psicopedagogo, Psicanalista
Guarulhos
Lamento pela perda do seu ente querido e entendo como pode ser difícil explicar a morte para uma criança tão nova como sua sobrinha. É importante lembrar que as crianças ainda estão aprendendo a lidar com as emoções e, muitas vezes, não têm a capacidade de compreender algo tão abstrato quanto a morte.

Uma abordagem adequada seria explicar de maneira simples e clara, usando palavras e exemplos que a criança possa entender. Você pode dizer que o vovô ficou doente e seu corpo parou de funcionar, e que, infelizmente, ele não pode mais voltar. Dê o tempo que sua sobrinha precisar para processar essa informação e esteja presente para responder quaisquer perguntas que ela possa ter.

Além disso, é importante permitir que a criança expresse suas emoções e que saiba que está tudo bem em sentir tristeza e saudade. Você pode mostrar que está sempre disponível para falar sobre o assunto e, caso sinta necessidade, buscar ajuda de um psicólogo infantil para ajudar a criança a lidar com o luto.
 Gisele Rodrigues
Psicólogo
Florianópolis
Olá. Entender a morte é algo complexo, se é que algum dia entendemos completamente, então para uma criança de 3 anos pode ser bem difícil fazer um sentido das informações. Entenda porque o fato de ela não entender te traz preocupações e a partir daí será mais fácil saber o que fazer. Abraço.
 Helio Martins
Psicólogo
São Bernardo do Campo
Olá, tudo bem?

O que você descreveu é profundamente tocante — e, ao mesmo tempo, muito humano. Quando uma criança pequena insiste em entender a morte de alguém querido, como o avô, ela não está apenas fazendo perguntas, mas tentando montar um quebra-cabeça emocional que o cérebro dela ainda não está pronto para completar. Aos 3 anos, o conceito de morte como algo permanente, irreversível e universal ainda não está plenamente formado. Para ela, o vovô pode estar “longe” da mesma forma que alguém vai trabalhar ou faz uma viagem demorada — mas com a diferença de que ela sente a ausência e não encontra onde colocá-la.

A escada até o céu, nesse caso, não é só uma fantasia infantil. É também uma metáfora poderosa da tentativa do cérebro em dar conta da dor através da imaginação. E isso é bonito, mesmo que nos parta o coração. A questão central talvez não seja insistir em explicações racionais, mas estar disponível para acolher cada pergunta com calma e paciência, mesmo que ela se repita. O luto infantil se faz em pequenas doses, entre uma brincadeira e outra, entre um desenho e uma pergunta solta. Por isso, vale mais uma escuta afetuosa do que a busca por uma resposta definitiva.

Você já parou para se perguntar o que essa repetição diz sobre o vínculo que ela tinha com o avô? E o que talvez ela precise sentir agora — mais do que entender? Quando ela pergunta por que ele não volta, talvez esteja, na verdade, perguntando se a dor dela vai passar, se ainda é permitido falar dele, ou se alguém ainda vai segurar a mão dela enquanto ela cresce.

A neurociência tem mostrado que o cérebro da criança pequena aprende sobre emoções muito mais pela experiência relacional do que por explicações. Ou seja, a forma como os adultos reagem ao falar do avô — com amor, respeito, acolhimento ou silêncio — vai moldar como ela lidará com perdas futuras. Criar espaços simbólicos, como desenhar algo para o vovô, contar histórias que envolvam memórias dele ou simplesmente nomear as saudades, pode ajudar mais do que se imagina.

E se a dor persistir, se surgirem mudanças no comportamento dela, ou se o sofrimento emocional começar a interferir no sono, alimentação ou vínculo com outras pessoas, vale sim considerar o acompanhamento de um(a) psicólogo(a) especializado em infância. Caso precise, estou à disposição.

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