Quais são as consequências do bullying para pessoas com transtorno de personalidade borderline (TPB)
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Quais são as consequências do bullying para pessoas com transtorno de personalidade borderline (TPB) ?
O paciente Borderline tem um grande medo de ser abandonado e rejeitado. O Bullying é uma rejeição, com requintes de crueldade. Qualquer vítima de Bullying pode entrar em depressão e o Border, com grande instabilidade e intensidade emocional, mais facilmente ainda. A autoestima e as habilidades de relacionamento podem ficar comprometidas também, pois pessoas que sofreram abusos tendem a perder a confiança, em si e nos outros. Se considerarmos também uma tendência a pensamentos suicidas e automutilação, teremos que essas características podem ficar muito evidenciadas após uma rejeição social feita com agressividade. À disposição para conversar a respeito. @psicologopascoalzani
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Olá, tudo bem? Esse é um tema que merece muito cuidado, porque quando falamos de bullying e transtorno de personalidade borderline, estamos lidando com duas experiências que já são intensas por si só e podem se amplificar mutuamente. O bullying costuma atingir pontos muito sensíveis, e no TPB essa sensibilidade emocional já é naturalmente mais intensa, não por fragilidade, mas porque o sistema emocional reage como se qualquer rejeição fosse uma ameaça maior do que realmente é.
Na prática clínica, vejo que o bullying pode aprofundar sentimentos de vergonha, medo de abandono e dificuldade em confiar nos outros. É como se cada agressão reforçasse a ideia de que o mundo não é seguro e de que o próprio valor está sempre em risco. Para algumas pessoas com TPB, isso pode intensificar impulsos, oscilações emocionais e até aquela sensação de vazio que aparece quando a dor parece maior do que a capacidade de nomeá-la. Fico curioso para entender como essa história reverbera em você hoje. Que partes suas parecem ter ficado mais vulneráveis depois do que viveu. Em que momentos você sente que as emoções reagem mais rápido do que você gostaria.
Outra consequência possível é a dificuldade em regular as emoções em situações de conflito ou crítica. O bullying pode ter ensinado seu corpo emocional a se preparar para o pior, mesmo quando a situação atual não representa um risco real. Nesse sentido, a pergunta importante às vezes é: que interpretações sobre você nasceram naquela época que ainda te acompanham. O que daquela dor antiga você percebe reaparecendo em relações atuais, mesmo quando há afeto e cuidado envolvidos.
É por isso que o acompanhamento psicológico costuma ajudar bastante nesse processo, porque permite reconstruir essas experiências com mais segurança e olhar para elas com menos dureza. Se sentir que essas marcas ainda influenciam sua forma de se relacionar ou de se perceber, podemos conversar sobre isso com calma e profundidade. Caso precise, estou à disposição.
Na prática clínica, vejo que o bullying pode aprofundar sentimentos de vergonha, medo de abandono e dificuldade em confiar nos outros. É como se cada agressão reforçasse a ideia de que o mundo não é seguro e de que o próprio valor está sempre em risco. Para algumas pessoas com TPB, isso pode intensificar impulsos, oscilações emocionais e até aquela sensação de vazio que aparece quando a dor parece maior do que a capacidade de nomeá-la. Fico curioso para entender como essa história reverbera em você hoje. Que partes suas parecem ter ficado mais vulneráveis depois do que viveu. Em que momentos você sente que as emoções reagem mais rápido do que você gostaria.
Outra consequência possível é a dificuldade em regular as emoções em situações de conflito ou crítica. O bullying pode ter ensinado seu corpo emocional a se preparar para o pior, mesmo quando a situação atual não representa um risco real. Nesse sentido, a pergunta importante às vezes é: que interpretações sobre você nasceram naquela época que ainda te acompanham. O que daquela dor antiga você percebe reaparecendo em relações atuais, mesmo quando há afeto e cuidado envolvidos.
É por isso que o acompanhamento psicológico costuma ajudar bastante nesse processo, porque permite reconstruir essas experiências com mais segurança e olhar para elas com menos dureza. Se sentir que essas marcas ainda influenciam sua forma de se relacionar ou de se perceber, podemos conversar sobre isso com calma e profundidade. Caso precise, estou à disposição.
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