Qual o principal objetivo da pessoa com Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) ao focar em suas obses

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Qual o principal objetivo da pessoa com Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) ao focar em suas obsessões e compulsões?
Olá, tudo bem? Espero que sim.

No Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC), o principal objetivo (ainda que de forma inconsciente ) ao focar nas obsessões e realizar compulsões é reduzir a ansiedade e o desconforto gerados pelos pensamentos intrusivos. As obsessões são ideias, imagens ou impulsos repetitivos e indesejados que causam intensa angústia. Já as compulsões (como verificar, limpar, contar ou repetir ações mentais) funcionam como uma tentativa de neutralizar essa ansiedade ou impedir que algo “ruim” aconteça.

Embora esse comportamento traga alívio momentâneo, ele reforça o ciclo do TOC, pois o cérebro “aprende” que só se acalma ao realizar o ritual, o que mantém o transtorno ativo. O foco nas obsessões e compulsões, portanto, é uma estratégia de controle emocional e de prevenção de perigo ,ainda que distorcida e ineficaz a longo prazo.

O tratamento baseado em evidências, como a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) com técnicas de Exposição e Prevenção de Resposta (EPR), ajuda a pessoa a interromper esse ciclo, aprendendo a tolerar a ansiedade sem recorrer aos rituais e a modificar interpretações distorcidas dos pensamentos.

Um grande abraço! Espero ter ajudado. Se desejar compreender melhor seu funcionamento e aprender estratégias práticas para lidar com o TOC, a psicoterapia é um espaço seguro para isso. Conte comigo.

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A pessoa com Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) costuma se prender a pensamentos e comportamentos repetitivos para aliviar a ansiedade, esses pensamentos, chamados de obsessões, trazem medo, dúvida ou desconforto, e para tentar se acalmar, a pessoa realiza rituais ou ações repetidas, conhecidas como compulsões.
Isso pode ser lavar as mãos muitas vezes, conferir portas ou organizar tudo de forma rígida, comportamentos que trazem um alívio momentâneo, mas o desconforto logo volta, e o ciclo recomeça.
Com o tempo, o TOC pode tomar muito espaço na vida, gerar sofrimento e atrapalhar o dia a dia, pois o cérebro fica preso num padrão difícil de quebrar sozinho.
Não se trata apenas de “mania” ou perfeccionismo, é um transtorno que precisa de cuidado, atenção e compreensão.
A boa notícia é que há tratamento eficaz, com melhora significativa dos sintomas e mais qualidade de vida, por isso, é essencial procurar ajuda de um psicólogo, que pode orientar e acompanhar o processo de forma segura e acolhedora.
Na visão psicanalítica, o principal objetivo da pessoa com estrutura obsessiva ao se prender em suas obsessões e compulsões é tentar controlar a angústia. Freud explicava que esses pensamentos e rituais aparecem como uma forma de lidar com algo interno que causa medo, culpa ou desconforto e que a pessoa não consegue expressar em palavras. Assim, repetir gestos, verificar coisas ou seguir regras mentais dá uma sensação momentânea de segurança, como se, ao fazer aquilo, ela conseguisse evitar que algo ruim aconteça. O problema é que essa sensação é passageira, e o medo volta, levando a novos ciclos de repetição.
Lacan aprofunda essa ideia dizendo que, por trás dessas repetições, existe uma tentativa de criar ordem em meio ao caos. Quando a pessoa se sente ameaçada pelo imprevisível da vida, o que ele chama de “Real”, os rituais funcionam como uma forma de dar limites e previsibilidade ao que parece impossível de controlar. Em outras palavras, focar nas obsessões e compulsões é uma defesa: é a maneira que o sujeito encontra de se proteger do desamparo e da incerteza. A análise pode ser uma forma de ajuda para entender o que está por trás dessas repetições, para que a pessoa possa encontrar outras formas de lidar com o medo sem precisar viver prisioneira do controle.
Dr. Leonardo Mello
Psicólogo, Psicanalista
Rio de Janeiro
Para a psicanálise, o principal objetivo do sujeito obsessivo ao focar em suas obsessões e compulsões é tentar controlar a angústia inconsciente transformando um conflito interno em uma preocupação concreta e manejável.

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