A "visão de túnel" no Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) significa que a pessoa se esquece
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A "visão de túnel" no Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) significa que a pessoa se esquece das coisas boas que aconteceram?
Não, a visão de túnel no Transtorno de Personalidade Borderline não faz a pessoa esquecer coisas boas. É uma metáfora para focar só no negativo atual, ignorando temporariamente o contexto positivo ou memórias que reduziriam a emoção intensa
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Essa é uma pergunta muito sensível — e toca num ponto essencial para entender o que realmente acontece dentro da pessoa durante uma crise. Quando alguém com Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) entra em “visão de túnel”, o que acontece não é exatamente um esquecimento literal das coisas boas, mas sim uma incapacidade momentânea de acessá-las emocionalmente. É como se o cérebro soubesse, racionalmente, que houve momentos bons, mas não conseguisse senti-los como verdadeiros naquele instante.
Isso acontece porque, durante uma crise, o sistema emocional está em estado de alarme máximo. As áreas do cérebro que guardam memórias afetivas positivas ficam “fora de alcance”, enquanto o sistema de ameaça e dor emocional domina o funcionamento mental. O resultado é essa sensação de que tudo o que foi bom desapareceu ou nunca existiu — mesmo que, depois, a pessoa volte a reconhecer esses momentos com clareza.
Você já percebeu se, nos momentos de calma, essa lembrança das partes boas volta, e parece até estranha a forma como você sentia antes? E o que costuma acontecer dentro de você quando tenta se lembrar de algo bom durante uma crise — é como se não fizesse sentido, não é? Essas são expressões típicas desse fenômeno emocional: o afeto positivo “sai do ar”, não por escolha, mas por proteção.
Na terapia, o objetivo é justamente fortalecer a ponte entre essas duas experiências — para que, mesmo quando a dor vier, a pessoa consiga se lembrar de que também existe afeto, cuidado e segurança. Com o tempo, o cérebro aprende que o mundo não é só ameaça, e as memórias boas voltam a estar disponíveis, mesmo nos dias difíceis.
Caso precise, estou à disposição.
Essa é uma pergunta muito sensível — e toca num ponto essencial para entender o que realmente acontece dentro da pessoa durante uma crise. Quando alguém com Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) entra em “visão de túnel”, o que acontece não é exatamente um esquecimento literal das coisas boas, mas sim uma incapacidade momentânea de acessá-las emocionalmente. É como se o cérebro soubesse, racionalmente, que houve momentos bons, mas não conseguisse senti-los como verdadeiros naquele instante.
Isso acontece porque, durante uma crise, o sistema emocional está em estado de alarme máximo. As áreas do cérebro que guardam memórias afetivas positivas ficam “fora de alcance”, enquanto o sistema de ameaça e dor emocional domina o funcionamento mental. O resultado é essa sensação de que tudo o que foi bom desapareceu ou nunca existiu — mesmo que, depois, a pessoa volte a reconhecer esses momentos com clareza.
Você já percebeu se, nos momentos de calma, essa lembrança das partes boas volta, e parece até estranha a forma como você sentia antes? E o que costuma acontecer dentro de você quando tenta se lembrar de algo bom durante uma crise — é como se não fizesse sentido, não é? Essas são expressões típicas desse fenômeno emocional: o afeto positivo “sai do ar”, não por escolha, mas por proteção.
Na terapia, o objetivo é justamente fortalecer a ponte entre essas duas experiências — para que, mesmo quando a dor vier, a pessoa consiga se lembrar de que também existe afeto, cuidado e segurança. Com o tempo, o cérebro aprende que o mundo não é só ameaça, e as memórias boas voltam a estar disponíveis, mesmo nos dias difíceis.
Caso precise, estou à disposição.
Olá, como vai? A visão de túnel pode fazer com que a pessoa não consiga acessar, naquele momento, lembranças positivas ou nuances da relação, ficando presa ao que está doendo. Não é exatamente um “esquecimento”, mas uma dificuldade de integrar aspectos bons e ruins ao mesmo tempo. O que é vivido como ameaça emocional tende a tomar toda a cena interna, eclipsando experiências anteriores de carinho, cuidado ou segurança. Na terapia, trabalha-se a capacidade de sustentar essas ambivalências e construir uma memória afetiva mais estável e acessível, mesmo diante de conflitos. Espero ter ajudado, fico à disposição.
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