Pessoas com Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) podem apresentar um comportamento de mentir
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Pessoas com Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) podem apresentar um comportamento de mentir ?
A mentira é inerente a qualquer ser humano. Não é exclusividade de um transtornno de personalidade. Nos interessa muito mais saber a quê responde as mentiras que são contadas
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Oi, tudo bem? Essa pergunta é muito importante, porque ela aparece bastante — e, ao mesmo tempo, é uma das mais mal compreendidas quando falamos de TPB. É essencial tratar esse tema com cuidado para não reforçar estigmas que machucam ainda mais quem já vive com tanta sensibilidade emocional.
De forma técnica e ética: pessoas com Transtorno de Personalidade Borderline não têm, por definição, um comportamento de mentira. O TPB não é um transtorno ligado à manipulação ou à desonestidade, apesar de muitas vezes ser injustamente associado a isso. O que pode acontecer é que, em momentos de intensa dor emocional, a pessoa se confunde com o que sente, interpreta situações de forma distorcida ou tenta evitar uma sensação de abandono — e essas reações podem, de fora, parecer “mentiras”. A neurociência ajuda a entender isso: quando o sistema emocional entra em alarme, o cérebro reage primeiro para se proteger e só depois organiza o pensamento. Não é falsidade, é desespero emocional.
Talvez valha refletir sobre como esse tema aparece no seu caso ou na convivência com alguém. As informações que parecem contraditórias surgem em momentos de medo ou de conflito? A pessoa muda a versão depois que se acalma, como se percebesse que exagerou? Há situações em que ela fala a partir da emoção do instante, não da realidade completa? Ou você sente que ela tenta proteger o vínculo, mesmo que de forma desorganizada? Essas perguntas ajudam a enxergar que, na maior parte das vezes, o que parece mentira na verdade é uma expressão da dor, da confusão interna e do medo profundo de perder alguém importante.
Se essa situação faz parte da sua experiência e você já está em terapia, é muito importante levar esse tema para o profissional que te acompanha, porque ele poderá ajudar a diferenciar comportamento intencional de comportamento emocional. E se ainda não estiver em acompanhamento, esse é o tipo de questão que a terapia ajuda muito a organizar — tanto para quem vive o TPB quanto para quem convive com a intensidade do transtorno. Caso precise, estou à disposição.
De forma técnica e ética: pessoas com Transtorno de Personalidade Borderline não têm, por definição, um comportamento de mentira. O TPB não é um transtorno ligado à manipulação ou à desonestidade, apesar de muitas vezes ser injustamente associado a isso. O que pode acontecer é que, em momentos de intensa dor emocional, a pessoa se confunde com o que sente, interpreta situações de forma distorcida ou tenta evitar uma sensação de abandono — e essas reações podem, de fora, parecer “mentiras”. A neurociência ajuda a entender isso: quando o sistema emocional entra em alarme, o cérebro reage primeiro para se proteger e só depois organiza o pensamento. Não é falsidade, é desespero emocional.
Talvez valha refletir sobre como esse tema aparece no seu caso ou na convivência com alguém. As informações que parecem contraditórias surgem em momentos de medo ou de conflito? A pessoa muda a versão depois que se acalma, como se percebesse que exagerou? Há situações em que ela fala a partir da emoção do instante, não da realidade completa? Ou você sente que ela tenta proteger o vínculo, mesmo que de forma desorganizada? Essas perguntas ajudam a enxergar que, na maior parte das vezes, o que parece mentira na verdade é uma expressão da dor, da confusão interna e do medo profundo de perder alguém importante.
Se essa situação faz parte da sua experiência e você já está em terapia, é muito importante levar esse tema para o profissional que te acompanha, porque ele poderá ajudar a diferenciar comportamento intencional de comportamento emocional. E se ainda não estiver em acompanhamento, esse é o tipo de questão que a terapia ajuda muito a organizar — tanto para quem vive o TPB quanto para quem convive com a intensidade do transtorno. Caso precise, estou à disposição.
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