O terapeuta, percebe quando ocorre a transferencia? Por exemplo, paciente apaixonada por ele.

13 respostas
O terapeuta, percebe quando ocorre a transferencia? Por exemplo, paciente apaixonada por ele.
Olá!

Quando o profissional tem um percurso de clínica e compreende os elementos que envolvem a transferência (a teoria, por assim dizer), diria que sim. Ou pelo menos se supõe que ele minimamente reconheça ali algo da relação que possa estar além do respeito a si mesmo. Agora, compreender se se trata de "paixão" de fato, ao terapeuta, já seria outra questão, pois a transferência encobre certos elementos que pode deixar em dúvida esse sentimento. Dependendo de como isso transcorrer ao longo das sessões, a análise pode acaber sendo interrompida. Pode ser necessário o encaminhamento para outro profissional. Pode-se trabalhar o que o paciente está sentido e disso retirar algo na própria direção de tratamento das questões do mesmo... Enfim, são algumas possibilidades.

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Caro internauta. Se houverem sentimentos de afetividade exacerbada, apaixonamento pelo terapeuta, estes devem ser comunicados. O profissional competente e ético buscará ajudar o paciente a perceber que são um fenòmeno circunscrito ao relacionamento terapeutico. Busque ser sincero/a para que sua terapia supere esta fase e prossiga satisfatoriamente. O desligamento só é necessário quando o tratamento não evolui e não precisa ser traumático. Saber que é comum este tipo de reação em pacientes vai lhe ajudar a colocar na real perspectiva esses afetos.
Existe a transferência em qualquer tratamento.
Porém saber se é paixão, fica mais delicado em denotar. Mas o comportamento da paciente faz com que o terapeuta perceba alguma indicação que deverá ser trazida no contexto para trabalhar a questão
Mas a transferência faz parte do tratamento.
Sim, se for algo que persista sera importante que esse assunto seja tratado na sessão.
A percepção do terapeuta devera ser colocada para o cliente.
Se o profissional tiver uma vivencia a respeito afirmo que SIM. Embora considere a transferência fundamental no processo terapêutico, acredito exigir muito cuidado, já que esta reprodução pode ser negativa ou positiva e sempre derivando relações anteriores, cujo afeto é transferido para o terapeuta. Torna-se relevante que o profissional converse sobre o funcionamento e identificação de uma transferência, para que ambos possam trabalhar juntos nesse processo. Caso haja uma transferência negativa de cunho amoroso ou erótico é necessário o profissional tomar os devidos cuidados para não interferir no processo terapêutico. Tendo sempre o bom senso caso precise encerrar o tratamento ou indica-lo (a) a outro profissional.
Saber com exatidão apenas se o paciente colocar. entretanto, é possível , a partir de comportamentos ou mesmo elogios ou mudança de foco para saber acerca da vida do terapeuta é possível perceber se há algum apaixonamento. É comum que pacientes se apaixonem por seus terapeutas. Entretanto, o profissional saberá agir com ética e não comprometer o processo terapêutico. Caso o paciente não sustente a relação é compreensível que ele deixe a terapia. Espero ter ajudado.
O terapeuta somente terá certeza se isso ocorre diante de uma conversa sobre o assunto, porém alguns comportamentos podem ser indicativos de que isso está acontecendo.

Espero ter ajudado.
Há possibilidade da relação transferencial num processo terapêutico suscitar afetos amorosos. Este conteúdo pode ser material precioso no trabalho terapêutico, por isso deve ser expressado para ser trabalhado terapeuticamente. A relação deve estar conduzida num enquadramento técnico, e um bom terapeuta conseguirá lidar com esta realidade. Não esquecendo que, não há necessidade de julgamentos nestas circunstâncias, apenas acolhimento e condução técnica cuidadosa..
A transferência é pré suposta nos atendimentos, o enamoramento, não. No entanto, pode acontecer por parte do paciente e essas questões devem ser trabalhadas na análise. Às vezes é momentâneo, mas caso não seja é importante que seja falado. Entender o que está por trás. Pode fazer parte do processo, pode ser uma resistência, pode ser por questões pessoais... Em análise, cada caso é um caso, mas depois disso trabalhado, com certeza a análise caminhará!
Lidar com transferência vai depender da abordagem. Em psicanálise, trabalha-se em cima dela. O paciente se apaixonar pelo terapeuta é algo natural e que serve para movimentar a terapia. Isso não quer dizer que essa paixão deverá ser consumada (o que seria uma falta ética gravíssima) e sim, trabalhada com o cuidado que toda demanda apresentada merece. É interessante levar o assunto ao terapeuta, para lidar com isso.
Como já foi falado por outra colega, a transferência faz parte do processo psicoterapêutico, entretanto quando o terapeuta percebe que a transferência é de conotação erótica, é importante que ele avalie se não é uma resistência, inconsciente, por parte do paciente, ao tratamento, caso a sedução seja seu mecanismo de defesa, observando os seus relatos e comportamentos, e aos poucos ir fazendo com que ela tome consciência do que faz sem se dar conta. Entretanto, nos casos em que esse tipo de resistência não seja confirmado, é importante o psicólogo mantenha o controle da situação estabelecendo um diálogo franco, de uma forma saudável, sem culpar o paciente durante a sessão, justificando a importância do seu encaminhamento para um outro colega.
Sempre há algum tipo de transferência nas relações terapêuticas, porque transferência é o deslocamento de sentimentos antigos para a figura do terapeuta. Já quanto a paixão ou interesse sexual do cliente pelo terapeuta pode ocorrer ou não.
Quando ocorre o mais provável é que o terapeuta perceba sim, mas certeza absoluta somente se o paciente expõe, seja falando ou agindo. O ideal é que o paciente fale sobre isso e trabalhe esses sentimentos com honestidade. Pode ser uma oportunidade muito rica de crescimento pessoal.
Pode notar ou não, mas é fundamental verbalizar o sentimento no ambiente terapêutico. O profissional saberá manejar a situação em caso de manifestação de transferência.

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