Como as obsessões e compulsões se tornam disruptivas?

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Como as obsessões e compulsões se tornam disruptivas?
Bom dia. As obsessões e compulsões se tornam disruptivas quando passam a ocupar grande parte do tempo da pessoa e interferem diretamente em sua vida cotidiana, relações e funcionamento global. As obsessões são pensamentos, imagens ou impulsos intrusivos, indesejados e angustiantes, que geram elevada ansiedade. Para reduzir esse desconforto, a pessoa recorre às compulsões, que são comportamentos ou atos mentais repetitivos realizados como uma tentativa de neutralizar ou evitar o mal-estar. O problema é que esse ciclo de obsessão-compulsão, apesar de trazer alívio momentâneo, reforça a crença de que apenas por meio desses rituais é possível lidar com a ansiedade, tornando-se cada vez mais rígido e frequente. Com o tempo, atividades importantes, como trabalho, estudos, lazer e convivência social, passam a ser negligenciadas, e a vida fica organizada em torno do transtorno. Isso explica por que as obsessões e compulsões deixam de ser apenas incômodas e passam a ser altamente disruptivas, comprometendo a qualidade de vida e o senso de autonomia. Espero ter ajudado!

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 Helio Martins
Psicólogo
São Bernardo do Campo
Olá, tudo bem? A sua pergunta é muito importante, porque entender como obsessões e compulsões se tornam disruptivas ajuda a enxergar o TOC não como “mania”, mas como um sofrimento real que vai tomando espaço na vida da pessoa. Isso geralmente não acontece de um dia para o outro; é um processo silencioso, que cresce à medida que o cérebro aprende — sem querer — que só consegue aliviar a ansiedade se obedecer ao ritual.

As obsessões começam como pensamentos intrusivos que causam medo, culpa ou sensação de ameaça. Quando a pessoa realiza a compulsão e sente alívio imediato, mesmo que por poucos segundos, o cérebro registra isso como se fosse uma solução. Com o tempo, esse ciclo se repete tantas vezes que o ritual deixa de ser uma escolha e vira uma necessidade urgente. É como se o sistema emocional ficasse preso num alarme que nunca desliga. É aí que tudo começa a se tornar disruptivo: as decisões do dia passam a ser guiadas pelo medo, o tempo diminui, a rotina se adapta ao ritual e a pessoa sente que está perdendo autonomia.

Talvez te ajude observar quando você percebe que algo mudou. As obsessões ocupam partes específicas do dia ou aparecem de forma inesperada? A sensação que mais pesa é medo, dúvida ou responsabilidade exagerada? E quando você tenta resistir ao ritual, ainda que por alguns segundos, o que acontece dentro de você? Essas respostas costumam mostrar em que ponto do ciclo o sofrimento está ganhando mais espaço.

Quando o quadro atinge esse nível de interferência, muitas vezes é útil ter também o acompanhamento de um psiquiatra, especialmente se a ansiedade estiver muito alta e atrapalhando as atividades essenciais. A terapia, por sua vez, ajuda a reorganizar esse ciclo e permitir que o cérebro volte a confiar em si mesmo.

Se quiser olhar para isso com mais clareza e entender como esse processo funciona no seu caso, podemos conversar com calma. Caso precise, estou à disposição.

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