eu fui abusada de uma forma especifica quando criança. Hoje sinto prazer em imaginar a mesma situaçã

17 respostas
eu fui abusada de uma forma especifica quando criança. Hoje sinto prazer em imaginar a mesma situação acontecendo com outras pessoas. Que é o sexo "forçado" enquanto a pessoa dorme. Isso aconteceu comigo e eu repudio esse comportamente. Sofro muito por sentir prazer com isso. Pode ser considerado uma parafilia?
Presada é muito grave o fato que ocorreu em sua vida, você deve buscar ajuda terapêutica para falar livremente sobre esse fato de violência. Essas consequências de experiências traumáticas vividas estarão presentes nos aspectos cognitivos, afetivos e relacionais. Na perspectiva psicanalítica, os aspectos relacionados à representação simbólica do abuso e as respostas dissociativas do funcionamento psíquico formam a base para a compreensão das reações frente às experiências abusivas. No caso do abuso sexual infantil, as memórias traumáticas estarão associadas às fantasias sexuais agressivas desse período e, quanto mais precocemente ocorrer o abuso, mais sintomática será a resposta do sujeito em função da incapacidade do ego de organizar a experiência traumática. A incapacidade de contenção afetiva, o signicado e a estruturação da experiência colocam-na numa organização caótica, a qual, por sua vez, ocasiona vivências de isolamento pessoal e sintomas de ansiedade e pânico. Portanto, resta à criança uma forma elaborada de funcionamento que consiste em isolar as experiências intrusivas, dissociando-as de outras vivências psíquicas. Os impactos causados pelo abuso são diversos e afetam, mesmo a longo prazo, a vida dos sobreviventes. Urge sensibilizar e educar a sociedade em como responder apropriadamente a revelação e/ou detecção da violência sexual. Crianças e adolescentes que são vítimas desta barbárie precisam ser orientadas a revelar o abuso e solicitar ajuda para quantas pessoas forem necessárias até que sejam ouvidos e acolhidos. Abordar o tema e o discutir, amplamente, em todas as esferas da sociedade é forma de mobilizar, sensibilizar, instrumentalizar o coletivo, desmistificando o assunto e chamando atenção para essa importante questão social. Infelizmente esse sofrimento cabe em uma parafilia mas o mais importante é sua saúde mental, busque ajuda. Te desejo sabedoria e saúde, abs.

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Vejo que tens uma necessidade de dar nome ao que sente e deseja , e que faz uma associaçao clara juntando dois tempos, acredito que mais que dar nome ao que sente possas dar vasão a tudo que se represou e deformou para que sobrevivesse aos traumas.A terapia é um lugar seguro e acolhedor onde poderá espraiar essas demandas e que possas se sentir melhor
Prezada, como vai? Há pelo menos dois pontos de vista acerca do que descreveu. O da psiquiatria e o da psicanálise. A psicanálise dará atenção para a maneira como se manifesta sua subjetividade em suas fantasias e em seu relato, e dará atenção por exemplo para o fato de ter dito que sofre muito com isso, bem como para as aspas de que se valeu quando disse "forçado". Ambos os dizeres indicam conflito e duplicidade, marcas maiores da subjetividade humana. Um trabalho terapêutico de esvaziamento da fantasia seria possível a partir daí, com vistas a retirar dela esse como que poder parasítico que tem sobre você. A psiquiatria distingue-se da psicanálise ao não partir de um ponto de vista declarado acerca da condição humana, bem como pelo fato de que sua terapêutica não decorre necessariamente de uma teoria sobre o ser humano. Disso decorre a possibilidade de proceder a reuniões mais ou menos arbitrárias de sintomas a título de enfermidades. Uma dessas reuniões são as parafilias. Não há justificativa suficiente para explicar porque algo como o que você descreveu seria classificado de parafilia, ao passo que a homossexualidade não o é (o que é ótimo). É evidente que a possibilidade de classificar algo dentro de uma categoria dos manuais de psiquiatria equivale a dizer que se trata de uma doença. Ocorre que essa é uma afirmação grave e ofensiva para pessoas que se identificam com elas, o que levou, na década de 1980, a um movimento que demandou a retirada da homossexualidade da categoria de parafilias. Ao que parece, enquanto não houver um movimento político organizado que exija a retirada do fetichismo dos manuais de psiquiatria, ele permanecerá sendo uma doença mental. Não se preocupe com classificações assim, mas com sua condição subjetiva e com dar expressão ao sofrimento que lhe acompanha. Apenas isso lhe ajudará a verdadeiramente tratá-lo.
A resposta para a sua pergunta é não. Você imaginar, não é praticar. É frequente algum grau de variação nas relações sexuais e nas fantasias de adultos saudáveis.
"Parafilias são fantasias ou comportamentos frequentes, intensos e sexualmente estimulantes que envolvem objetos inanimados, crianças ou adultos sem consentimento, ou o sofrimento ou humilhação de si próprio ou do parceiro." (manual MSD)
Olá! Fantasia não é do campo do real. Porém, como você disse que sofre por sentir prazer ao experimentar (ou reviver) ainda que seja no campo do imaginário o abuso da infância, talvez possa estar se perguntando "por quê" ? A definição de parafilia está lá enunciada no DSM, talvez vale perguntar o que ela significa pra você? O que você quer enunciar a respeito disto que lhe captura e faz retornar a um lugar incerto de prazer e sofrimento? O inconsciente fala alta nos tropeços, nos intervalos não ditos e ressoa em nós e no ambiente ao redor. A psicanálise pode ser uma via de investigação para que possa se sentir mais em paz com esta questão. Podemos conversar mais a respeito, online ou presencial.
Bom dia, querida. Lamento saber que você passou por isso. Independente do diagnóstico, o que importa é seu estranhamento e conflito interno sobre o que te aconteceu e o prazer que sente hoje. Gostaria de te ajudar neste processo, psicoterapia de orientação psicanalítica certamente é uma ferramenta muito eficiente nesses casos.
Fico a disposição.
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Olá!
Diante de sua pergunta o que pode ser dito é que o mais importante não é o diagnóstico da parafilia, mas a repercussão que o fato que viveu tem hoje em sua vida, a perturbação que lhe traz.
Se for de seu interesse, busque um profissional que possa escutá-la para que se aproxime do fato de forma "acompanhada", bem como de seus desdobramentos em sua vida.
Me coloco à disposição.
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Olá! Como vc se sente agora? Lamento por todo o sofrimento que vc afirmou sentir no seu relato.
Não! Não é uma parafilia. Imaginar não é praticar, ou seja, fantasia não é do campo do real e vc não é o seu pensamento.
Durante as sessões de Psicanálise vc poderá elaborar o sentimento de culpa e vergonha por sentir esse prazer.
Sou a Cíntia Garcia, Psicanalista, e me coloco à disposição para continuar conversando sobre esse tema. Te convido a conhecer o meu trabalho através do @terapeutanaestrada.
Um abraço carinhoso.
Existe em sua fala uma certa condenação ao que sente hoje em detrimento ao que viveu no passado, isto junto a sua nomeação, ao dar nomes, e buscar saber por nomes, me faz refletir o quanto estas em inquietação. Busque por ajuda analítica e vai conseguir chegar ao que precisa para lidar com tudo isso.
É compreensível que você esteja enfrentando sentimentos conflitantes em relação a essa situação, e é corajoso que você esteja buscando entender esses sentimentos. O que você descreve parece se encaixar na definição geral de uma parafilia, que é uma atração sexual persistente e intensa por comportamentos, objetos ou situações atípicas.
Na teoria psicanalítica, as parafilias são muitas vezes vistas como manifestações de conflitos não resolvidos ou experiências traumáticas do passado. A relação entre as experiências traumáticas da infância e a sexualidade adulta pode ser complexa e variar amplamente de pessoa para pessoa.
No seu caso, é importante lembrar que ter fantasias ou sentimentos não desejados em relação a situações de abuso é uma resposta normal a um trauma passado. Isso não significa que você está apoiando ou endossando essas ações, mas sim que essas experiências traumáticas podem ter deixado uma marca profunda em sua psique.
Buscar ajuda de um terapeuta ou psicanalista é altamente recomendado neste caso. Eles podem ajudá-la a explorar esses sentimentos, entender melhor suas origens e trabalhar para encontrar maneiras de lidar com eles de forma saudável. A terapia pode ser uma ferramenta valiosa para ajudar a reconciliar esses sentimentos conflitantes e promover o seu bem-estar emocional.
Lembrando que você não está sozinha nessa jornada, e é corajoso procurar ajuda para lidar com questões tão delicadas e complexas. O objetivo da terapia é ajudá-la a encontrar maneiras de viver uma vida saudável e satisfatória, enquanto lida com os traumas do passado de maneira construtiva.
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Realmente, não deve ser fácil para você ter passado por esse tipo de abuso. Mas, infelizmente acontece muito em nossa sociedade. Seria importante que você fizesse uma boa terapia para ajudá-la a compreender e ressignificar esse trauma. Assim, os danos para sua vida seriam amenizados. Acontece no aparelho psíquico de vivenciar situações que, de alguma forma, repetem o trauma na tentativa inconsciente de repará-lo. Isso pode servir para você perceber que precisa fazer essa elaboração do trauma através da ajuda de um psicólogo ou psicanalista.
Primeiramente gostaria de te parabenizar pela disposição e coragem em buscar ajuda. Respondendo a sua pergunta: - Sim, pode se tratar de um caso de parafilia. Nossos traumas e desejos são desenvolvidos com base em experiências vividas e dessa forma são diversos. Mais importante do que um diagnóstico é o processo de auto conhecimento. Entender como pensamos, desejamos e agimos para que possamos viver bem com tudo isso. A psicanálise é a terapia que melhor se adéqua às questões que você trouxe.
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Compreendo que você está enfrentando um dilema complexo e emocional relacionado às suas experiências passadas e sentimentos atuais. É corajoso da sua parte abordar essa questão e buscar compreensão.

A atração sexual por comportamentos não consensuais, como o sexo "forçado" enquanto a pessoa dorme, pode ser considerada uma parafilia, que é definida como um padrão de interesse ou excitação sexual atípico.

Sentir prazer ou excitação sexual com pensamentos ou fantasias de situações não consensuais pode ser uma reação complexa a traumas passados, como o abuso que você mencionou ter sofrido na infância. É essencial buscar ajuda profissional de um terapeuta ou psiquiatra que possa oferecer orientação especializada e apoio emocional para entender e lidar com esses sentimentos.

É importante lembrar que seus sentimentos e experiências são válidos, e buscar ajuda é um passo significativo em direção ao autocuidado e à compreensão de suas emoções. Os profissionais de saúde mental estão capacitados para ajudar a explorar essas questões de maneira confidencial e com compaixão.

Não hesite em entrar em contato com um profissional de saúde mental para discutir seus sentimentos, entender as raízes dessas reações e desenvolver estratégias para lidar com eles de uma maneira que seja saudável e construtiva. Sua saúde emocional e bem-estar são prioridades e merecem apoio profissional.
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Lamento em saber o que passou. A minha orientação é que procure uma ajuda com um profissional habilitado. Caso queira, meus atendimentos são on-line e consigo te atender de qualquer lugar. Estou à disposição. Abraços.
Olá, como tem passado?
É importante discernir entre alguns pontos que você comentou, o abuso que você sofreu quando mais nova foi um episódio de violência física em que claramente ficou como um trauma em sua vida, assim como para milhões de outras pessoas, visto a profundidade e seriedade da situação. Sendo assim é complicado dizer que esse trauma que se manifesta dessa forma para você é necessariamente uma parafilia. O mais recomendado nesse caso seria procurar um(a) psicólogo(a) que você se sinta confortável para falar sobre esse abuso e quaisquer outros traumas, angústias e ansiedade que lhe façam sofrer para elaborar mais essas questões e desmembrar mais esse sofrimento a fim de encontrar uma forma diferente de viver que lhe seja mais saudável, com isso é complicadíssimo acusar uma parafilia dessa forma.
Espero ter ajudado.
A leitura de seu relato permite diversos comentários, mas vou me reduzir somente a três. Em primeiro lugar, ficou claro que a experiência vivenciada por você em sua infância e a situação imaginada por você hoje são duas coisas diferentes: uma trouxe sofrimento, outra traz prazer. Em segundo lugar, ao que parece, o que lhe traz sofrimento não é imaginar essa situação, e sim sentir prazer com essa imaginação. Por fim, é necessário lembrar que existe uma enorme diferença entre imaginar uma situação e realizar uma situação. Espero ter ajudado.
Olá! Antes de dizer algumas coisas sobre a pergunta em si, é importante ressaltar que nada que pode ser escrito aqui vai dar conta de responder sua pergunta, pois sua queixa coloca em jogo a necessidade de você poder dizer mais e ser escutada sobre o trauma vivido e como ele se presentifica. Por isso, se for do seu desejo, faça dessa questão um enigma sobre si que te leve ao encontro de um profissional e sua entrada em uma análise. Agora algumas considerações sobre a pergunta em si:

Freud escreveu um texto sobre homens que voltaram de situações de guerra e repetem em seus sonhos a situação traumática que viveram, ele se pergunta: "Por que eles revivem nos sonhos a situação traumática que experienciaram, ao invés de esquecer?". A partir desses estudos foi se construindo uma teoria acerca da repetição e uma das possibilidades de se pensar a repetição se dá pelo fato de que há algo no psiquismo que repete a situação traumática vivida (no ato ou na fantasia) para tentar dar outro desfecho ou outro sentido para aquilo que aconteceu. Quando se repete, há algo de diferente que pode, ou não, aparecer nessa repetição, ou seja, repetir de forma diferente (como, por exemplo, fantasiar, mas não atuar o que fantasia). Na sua fala, você traz algo do movimento que vem fazendo, diz sobre a diferença entre o campo da fantasia e do ato.

Além disso, quando pensamos no psiquismo, para a psicanálise, há a esfera dos desejos e pulsões que se choca com aquilo que a linguagem e o social colocam como "certo ou errado", como "permitido ou proibido", e cabe ao Eu dar um jeito, através da formação de um compromisso entre essas duas esferas satisfazer um pouco dos dois. O sintoma, que muitas vezes vem acompanhado de muito sofrimento, é uma expressão desse conflito. Em uma análise se busca escutar o que quer se fazer ser escutado, através do sintoma, no âmbito da pulsão e do desejo, mas também das regras morais que o social coloca para aquele sujeito, para que esse conflito possa encontrar outras formas de se expressão que não apenas pela fantasia e pelo sintoma.

É importante dizer que todo sujeito tem suas fantasias e sintomas e há algo de inclassificável em cada um, que é o que constitui a singularidade de cada pessoa, cada um é um. Por mais que a ciência atual faça um esforço de descrever ao máximo o ser humano, há sempre algo que escapa das classificações. O DSM, por exemplo, vem a cada nova edição ficando maior e maior (e não irá parar de crescer), pois não há como classificar e descrever o ser humano na sua totalidade. Dessa forma, o mais importante não é o diagnóstico, mas as consequências que o trauma tem hoje em sua vida.

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