É normal ficar hiperfocado numa área de interesse, por cerca de 6 meses, a ponto de ficar eufórico e

29 respostas
É normal ficar hiperfocado numa área de interesse, por cerca de 6 meses, a ponto de ficar eufórico e ansioso?
Consigo trabalhar, mas meu sono fica desregulado, o coração fica acelerado, fico sem energia p mais nada, além do foco. Na maioria das vezes o foco é numa pessoa, num artista, numa preocupação ou num hobbie. Tenho 40 anos e notei q tive diversos períodos meio obsessivos. Mas só tenho laudo de TAG.
 Gisele Rodrigues
Psicólogo
Florianópolis
Olá. Não é normal no sentido de que não é o que a maioria das pessoas experiencia na maior parte do tempo. Entretanto, também não necessariamente significa que você tenha algum transtorno. O indicado é procurar profissionais qualificados para poder entender o que está acontecendo.

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As vezes temos estratégias de nos dedicarmos com intensidade a determinadas coisas que tem como propósito, ainda que não percebido, de evitarmos pensar em situações difíceis de forte carga emocional.Seria interessante buscar ajuda de um psicólogo, para entender a origem dessas obsessões e todos esses sentimentos que parecem estar dominando sua vida.
Oii! Obrigada por enviar sua dúvida.
Se você faz acompanhamento com psiquiatra para o diagnóstico do TAG, mencione a ele esses "períodos obsessivos" para avaliar contigo os prejuízos associados a esses sintomas, por exemplo, quanto tempo do dia você passa pensando nessas coisas? Quão difícil é redirecionar tais pensamentos? Se você não faz acompanhamento com psiquiatra ou psicólogo, busque ajude com um desses profissionais. Obsessões são pensamentos ou impulsos que invadem a mente de forma repetitiva e persistente. Podem ser cenas, palavras, frases, números, músicas, etc. Sentidas como estranhas ou impróprias, geralmente são desagradáveis, pois são acompanhadas de medo, angústia, culpa, desconforto, nojo ou desprazer. E com objetivo neutralizar as obsessões e se livrar dos sentimentos degradáveis, o indivíduo pode se envolver em compulsões/rituais.
 Talita Vidal
Psicólogo
São Carlos
Olá!
Obrigada por compartilhar sua experiência de forma tão clara. O que você descreve: períodos de hiperfoco intenso em pessoas, hobbies ou preocupações, pode, sim, ocorrer em alguns quadros de ansiedade, como no Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), que você mencionou ter diagnóstico.

Esse padrão também pode aparecer em outros diagnósticos ou em pessoas sem nenhum diagnóstico. Por isso, é importante observar como isso impacta sua qualidade de vida e estar atento a outros sinais, como o sono desregulado, a energia baixa para outras áreas e a aceleração do coração que você relatou.

Na Terapia, trabalhamos para ajudar a pessoa a reconhecer esses sinais, além de criar estratégias para regular o foco/atenção.Também existem práticas específicas para regulação emocional e técnicas de mindfulness que podem ser muito úteis para lidar com o que você relata sentir.

O mais importante é saber que seu relato faz sentido, que há formas de trabalhar esses padrões, e que buscar ajuda pode ser um passo muito positivo, especialmente para entender mais profundamente a dinâmica do que você sente e receber o suporte certo.

Você não está sozinho nesse tipo de vivência.
A hiperfocalização em interesses ou pessoas, especialmente acompanhada de euforia, ansiedade e prejuízos no sono e energia, pode ocorrer em alguns quadros como o Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), mas também sugere investigarmos características de transtornos do espectro do humor ou do controle de impulsos. Seu relato merece ser acolhido e compreendido com cuidado. Uma avaliação clínica aprofundada pode trazer mais clareza e estratégias para preservar sua saúde mental sem perder sua capacidade de foco e interesse.
É possível que o que você descreve seja uma forma de hiper foco relacionado à ansiedade, algo comum no TAG. Embora seja normal se dedicar a algo, quando isso começa a afetar seu bem-estar, é importante buscar maneiras de equilibrar essa energia. A psicoterapia pode ajudar a entender esses padrões obsessivos e desenvolver estratégias para lidar com a ansiedade de forma mais saudável.
Olá,
- O termo Hiper já significa que ultrapassou a população normal que faz o mesmo tipo de comportamento. Entendo sua preocupação, tente analisar melhor quais sentimentos tem aparecido e quais os prejuízos isso pode estar te causando de forma global, caso seja mais prejudicial do que benéfico tente procurar alguém ou algum/a especialista para te auxiliar a reduzir o que estar te causando sofrimento ou desconforto.
Qualquer dúvida, nos pergunte novamente.
Abraços
Dra. Aline Lana
Psicólogo
Belo Horizonte
O que você descreve faz bastante sentido dentro de alguns padrões emocionais, e é bom que você esteja observando isso com atenção e profundidade.
Sim, é relativamente comum pessoas com diagnóstico de TAG (Transtorno de Ansiedade Generalizada) passarem por hiperfocos ansiosos — períodos em que a mente fica fixada em um tema, pessoa, atividade ou preocupação, quase como uma tentativa de ganhar controle sobre algo (mesmo que inconscientemente).
Mas, pelo jeito que você descreve — com euforia, ansiedade alta, sono desregulado, coração acelerado, baixa de energia para o resto —, não é apenas um "interesse intenso", pode ser algo mais sensível acontecendo.
O que seria considerado "normal" seria:
Se interessar muito por algo por um tempo, sem que isso cause prejuízo físico, emocional ou social.

O que já acende um alerta:
Quando o foco é tão intenso que afeta a saúde física (sono, coração), o equilíbrio emocional e diminui a capacidade de fazer outras coisas importantes para a vida.

Você foi muito honesta e consciente ao trazer isso. Essa observação que você fez é um passo imenso para entender melhor sua saúde emocional.
Se você quiser, posso te ajudar por meio do processo terapeutico.
 Paulo Cesar Francetto
Psicólogo, Psicanalista
Santo André
Pode ser TAG sim você tem vários sintomas dela. Mas pode ser TDAH também. Sintomas como hiperfoco são comuns neste transtorno, sono desregulado também. Sugiro que você se consulte e faça entrevistas e um teste de TDAH para confirmar ou descartar essa hipótese. Não sei se você se trata com medicações, mas dependendo do resultado do diagnostico seria interessante também buscar um psiquiatra.
 Vanessa Oliveira Martins
Psicólogo, Psicanalista
Londrina
períodos de hiperfoco intenso, euforia, ansiedade, alteração no sono e concentração quase exclusiva em um tema, pessoa ou hobby — não é típico do Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) isoladamente, embora a ansiedade possa intensificar essas vivências. Esse padrão de hiperfoco, especialmente acompanhado de sintomas físicos como coração acelerado e perda de energia para outras áreas da vida, pode sugerir características de outros quadros, como Transtorno do Espectro Autista, Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) de tipo mais internalizado, ou mesmo alguma manifestação leve de Transtorno do Humor, como ciclotimia.
No hiperfoco típico do autismo, o interesse é muito intenso, prazeroso e organizador da rotina, mas não costuma vir acompanhado de euforia extrema. Já nas oscilações de humor, como na ciclotimia, a pessoa pode ter fases de grande entusiasmo e energia direcionadas para temas específicos, seguidas de quedas de energia. Em casos de TOC, o foco pode ser mais angustiante e tomado por uma sensação de necessidade ou compulsão, mesmo sem prazer.
Aos 40 anos, observar um histórico de períodos "obsessivos" que dominam por meses indica que seria importante buscar uma avaliação mais ampla, além do diagnóstico de TAG, para investigar se há outras condições coexistentes. Um psiquiatra experiente ou um neuropsicólogo pode ajudar a distinguir se o hiperfoco é apenas uma faceta da ansiedade ou se aponta para algo mais estruturado.
Assim, embora a ansiedade contribua para o quadro, o que você relata não é apenas ansiedade comum, e sim algo que merece um olhar clínico mais cuidadoso para entender e tratar de forma mais direcionada.
É recomendável discutir esses sintomas com seu psiquiatra ou psicólogo para uma avaliação mais aprofundada. Eles podem considerar a realização de testes específicos para identificar possíveis comorbidades e ajustar o tratamento conforme necessário. A terapia é eficaz para lidar com o TAG e pode ser adaptada para abordar sintomas de TDAH ou TOC, se presentes. Outras recomendações importantes são: estabelecer rotinas, praticar técnicas de relaxamento, evitar qualquer estimulantes (até a cafeína).
 Sumaia Costa
Psicólogo
Salvador
Olá, em verdade, não é algo comum. Mas o TOC é caracterizado, essencialmente, por pensamentos obsessivos que são como ordens mentais, insistentes e constantes, exigindo que a pessoa realize determinadas atividades (pensamentos obsessivos). Esses pensamentos levam aos comportamentos repetitivos (compulsões), como limpar demais os objetos, checar várias vezes se fez algo, etc. Já o hiperfoco costuma estar mais relacionado às neurodivergências, como TDAH e autismo (e até mesmo a superdotação, que é uma condição atípica do cérebro também). Mas apenas essa característica não é suficiente para diagnosticar nada de forma precisa.l. É preciso avaliar detalhadamente com um profissional especialista.
 Léa Michaan
Psicólogo, Psicanalista
São Paulo
Liberte-se dos rótulos. Parece que quando você se interessa por algo você entra numa imersão naquilo, provavelmente porque você idealiza a novidade e aprofunda até esgotar aquele tema pra você, então com o tempo você satura ou se decepciona e busca algo novo. E o processo se repete.
Você pergunta se é normal e te digo: cada pessoa tem o seu normal; se esse normal não prejudica ninguém, se esse normal é o jeito que você encontrou para satisfazer os seus anseios, desejos e necessidades. Ame o seu normal pois foi esse normal que te acompanhou até aqui e ajudou você ser a pessoa que você é hoje.
Um abraço, Lea
Olá,

O TAG pode ser expresso por compulsões e obsessões, o que justificaria este quadro. Contudo, possivelmente, estes sintomas estão contidos em outros diagnósticos também. Seria de crucial importância uma avaliação pormenorizada e, posteriormente, uma proposta de trabalho frente a estes conteúdos. Disponha.
 Nilzelly Martins
Psicólogo
Rio de Janeiro
Olá,

É curioso como certas experiências insistem em retornar, quase como se pedissem para serem ouvidas de outro modo. Você descreve esses períodos em que algo, uma pessoa, um artista, uma ideia, um hobby, toma uma dimensão imensa dentro de você. Vem o foco extremo, quase uma euforia, mas também a ansiedade, o sono que escapa, o coração que dispara, a energia que se canaliza toda para aquilo… enquanto o resto da vida parece se apagar um pouco, esvaziar-se.

Não é incomum que algo assim aconteça. O que a psicanálise se propõe a escutar, porém, não é se isso é ou não “normal”, mas o que isso diz de você. O que, em você, se repete? O que se revela por meio dessa intensidade? Há algo nesses momentos que parece capturar você inteira, como se uma parte sua se agarrasse àquilo com uma força imensa. Talvez para não afundar. Talvez para não sentir um outro vazio.

O diagnóstico de transtorno de ansiedade generalizada pode nomear parte da experiência, mas a análise caminha por outra via: a de abrir espaço para que você escute o que está por trás desse modo de se envolver com as coisas. Porque esses movimentos, que parecem tão intensos e até produtivos num primeiro momento, muitas vezes escondem um sofrimento mais sutil uma tentativa de preencher algo que falta, de dar conta de uma angústia que não encontra palavras.

A psicanálise não vem para te dizer o que fazer com isso. Ela oferece algo mais raro: um lugar onde você pode falar, sem pressa, sem a obrigação de se explicar ou se ajustar. E nesse movimento de falar, de escutar-se, de se surpreender com o que emerge, algo pode começar a mudar. Não por esforço ou autocontrole, mas porque algo do enigma se desfaz.

Você já percebeu como esses períodos vêm e vão ao longo da vida… Mas o que eles querem te contar? O que em você está pedindo para ser reconhecido, escutado, cuidado e não apenas controlado? Esse é o tipo de pergunta que só se sustenta quando há um espaço de escuta comprometido com a sua singularidade. Talvez seja hora de criar esse espaço.

Se, ao ler esse texto, algo em você se movimentou, uma lembrança, uma pergunta, uma vontade de entender mais sobre si, saiba que meu consultório está disponível para esse encontro. Talvez seja o tempo de escutar o que até agora tem sido silenciado. Se quiser, me escreva. Vamos conversar.
Bom dia!
Já que você foi diagnosticado, é importante seguir com o tratamento médico e psicológico, só desta forma você vai conseguir resolver as questões emocionais que geram este nível de ansiedade e hiperfoco. A terapia TCC ou EMDR podem ajudar muito.
 André Luiz Almeida
Psicólogo
Belo Horizonte
O que você descreve pode, sim, fazer parte de um padrão de funcionamento que merece atenção. Estados de hiperfoco, especialmente quando vêm acompanhados de euforia, ansiedade, alterações no sono e perda de energia para outras áreas da vida, podem indicar que há mais elementos envolvidos além da ansiedade generalizada. O fato de isso acontecer em ciclos e estar presente desde antes também é relevante. Entender melhor o que está por trás desses períodos — sejam traços de personalidade, questões emocionais mais profundas ou outras condições — pode ser importante para que você tenha mais equilíbrio. A psicoterapia pode ajudar bastante nesse processo.
O que você descreve — períodos de hiperfoco intenso em uma pessoa, artista, hobbie ou preocupação, com euforia, ansiedade, alteração do sono, aceleração cardíaca e esgotamento — pode ocorrer dentro de um quadro de Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), mas também é compatível com outras condições que merecem investigação clínica mais ampla. Na Análise do Comportamento, esse padrão pode ser entendido como uma cadeia de comportamentos mantida por reforçamento negativo (fugir de sensações internas desagradáveis) ou positivo (sensações prazerosas do foco), o que gera um ciclo difícil de interromper. O hiperfoco pode funcionar como uma tentativa de regulação emocional diante de angústias ou carências, e quando está ligado a um único estímulo (pessoa, artista etc.), ele também pode apontar para déficits na variabilidade comportamental ou na flexibilidade psicológica — importantes para o equilíbrio emocional. Esses ciclos repetidos e marcantes, com sintomas físicos e prejuízo funcional, também sugerem que pode haver traços de outro transtorno associado, como Transtorno Obsessivo-Compulsivo, Ciclotimia ou Transtorno do Espectro Autista (nível leve), que compartilham esse tipo de padrão. Ter apenas o diagnóstico de TAG não invalida isso — os diagnósticos são construções clínicas que podem se atualizar com o tempo, conforme a análise do seu histórico completo.

Você já passou por avaliação psicológica ou psiquiátrica recente para investigar essas oscilações e padrões repetitivos?








Boa tarde, o que você relata não possui nenhuma relação com o Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) , mas independente de não ser um transtorno, se está lhe causando prejuízo ou sofrimento, sugiro que você faça psicoterapia para saber lidar melhor com isso. E também com sua ansiedade, já que você possui diagnóstico para Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG).
A sua descrição de sintomas, como hiperfoco, euforia, ansiedade intensa, sono desregulado e aceleração física e mental, pode, sim, ser compatível com episódios de hipomania, que são característicos do transtorno bipolar tipo 2. No entanto, é importante lembrar que esses sintomas também podem estar relacionados a outros quadros, como transtorno de ansiedade generalizada, TDAH ou até formas de lidar com emoções difíceis, como um jeito de buscar controle ou evitar sentimentos dolorosos.

Na Terapia dos Esquemas, a gente analisa esses padrões de comportamento com um olhar mais profundo, tentando entender o que está por trás deles. Muitas vezes, esses períodos de intensa ativação aparecem quando estamos tentando preencher um vazio emocional ou evitar um sofrimento mais profundo. O ideal é passar por uma avaliação cuidadosa, com acompanhamento especializado, para garantir que você tenha o diagnóstico correto.

Lembre-se de que um diagnóstico é importante para entender o que você está vivenciando e para buscar o tratamento adequado, mas ele não define quem você é. A busca por respostas já é um grande passo, e é importante continuar esse processo de autocompreensão com apoio profissional. Estou à disposição para ajudar no que for necessário.
 Talita Bressiani Jugni
Psicólogo
Itapira
O que você descreve pode sim estar além do TAG. Hiperfoco intenso, euforia, ansiedade e exaustão podem estar ligados a outros quadros.
Vale muito a pena fazer uma avaliação clínica mais aprofundada, porque entender o que está por trás desse padrão é o primeiro passo para encontrar mais equilíbrio.
Mesmo que seja uma área de interesse que seja funcional, a partir do momento em que esse hiperfoco te afeta de forma negativa, é importante de ser tratado em terapia.
Obrigada por compartilhar algo tão sensível. Esse padrão que você descreve — de mergulhar intensamente em um foco específico, com sintomas físicos e mentais como ansiedade, euforia, insônia e exaustão — é algo que pode aparecer no TAG, sim, mas também pode estar relacionado a outros quadros. O mais importante é observar o quanto isso tem impactado sua vida, suas relações e seu bem-estar. Quando o foco se torna algo que toma conta de tudo, a ponto de te afastar de outras áreas da vida, isso merece atenção e acolhimento — não julgamento. Você já deu um passo muito importante ao notar esse padrão e buscar compreendê-lo. Uma escuta qualificada pode te ajudar a entender o que está por trás desse funcionamento e te apoiar no processo de cuidar da sua saúde mental com mais clareza e gentileza.
 Gisele Gomes Rodrigues
Psicólogo, Psicanalista
Cascavel
Mesmo tendo um laudo de TAG, o mais importante não é o rótulo, mas entender como isso funciona em você. Te convido a fazer terapia ,um espaço onde dá pra olhar com profundidade pra esses padrões, dar sentido a eles e buscar outras formas de viver com mais equilíbrio e presença.
Olá! Você faz terapia? Caso positivo, converse com seu psicólogo sobre os pensamentos. Há técnicas que poderá utilizar para melhorar os sintomas de ansiedade, que causam o sono irregular, taquicardia. Também poderá ajudar nas situações de ficar hiperfocado, a lidar melhor com pensamentos obsessivos.
Pode ser que seu diagnóstico esteja desatualizado. O ser humano vai mudando ao longo do tempo, os sentimentos, comportamentos e sintomas também. Penso que você poderia se beneficiar de uma investigação mais aprofundada.
O termo "hiperfoco" refere-se a um estado de atenção intensa e sustentada, muitas vezes acompanhado por dificuldade de redirecionar a atenção, que você descreve — hiperfoco intenso em áreas de interesse, com repercussões físicas e emocionais importantes. Pode ter diversas explicações possíveis e merece uma análise cuidadosa, especialmente considerando seu diagnóstico de Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG). Com base apenas no que você trouxe (sem exames ou anamnese aprofundada), há algumas hipóteses que mereceriam ser exploradas com um profissional. A melhor abordagem é procurar um(a) psiquiatra ou neuropsicólogo(a) com experiência em diagnóstico diferencial em adultos. Uma avaliação neuropsicológica também pode ajudar bastante a identificar padrões de funcionamento atencional, emocional e cognitivo. Desejo sucesso! Sempre às ordens!
Pode ser normal em certos contextos, mas também pode ser um sinal de algo mais profundo. Se essa fase de hiperfoco vem acompanhada de euforia exagerada, pouco sono e sensação de invencibiiidade; alterna com períodos de desânimos, cansaço extremo ou depressão; causa prejuízos em outras áreas da vida; pode ser patológico. Um atendimento de psicoterapia pode ajudar a identificar os sintomas e trata-los de forma adequada.
Renata Fernandes Carneiro
Não é normal, mas tem sido uma queixa bastante comum na atualidade. Nao aceite ou naturalize aquilo que te causa sofrimento. O laudo tem objetivo de oferecer um diagnóstico para nortear um tratamento e não para servir de rótulo ou justificar tais ações.

Para voce melhorar, é necessário fazer uma acompanhamento profissional para compreender melhor outros episodios, associa-los a sua historia de vida, o que estava acontecendo com você quando teve cada episodio, o que desencadeou, entre outros fatores.

A psicoterapia é um recurso importante para trabalhar estas questões de maneira cuidadosa visando entender a causa e criar estratégias para lidar com tais periodos. Uma avaliação psiquiátrica também pode ser necessária para agregar melhoria nos sinais e sintomas durante o tratamento.
 Henrique José Almeida
Psicólogo
Belo Horizonte
O que você descreve pode, sim, estar relacionado ao transtorno de ansiedade generalizada (TAG), mas também é importante observar que esse padrão de hiperfoco, acompanhado de euforia, ansiedade, alterações no sono e queda de energia para outras áreas, pode ter relação com traços de funcionamento que merecem ser investigados mais a fundo.

O hiperfoco, especialmente quando direcionado a uma pessoa, artista, hobby ou preocupação específica, não é algo incomum em pessoas com quadros ansiosos. No entanto, quando ele se torna muito intenso, a ponto de gerar prejuízos no sono, na saúde física e no equilíbrio da rotina, é um sinal de que algo precisa ser olhado com mais cuidado.

Também vale refletir se esses períodos têm características mais ansiosas (preocupação, tensão, ruminação) ou se às vezes se aproximam de estados mais eufóricos, acelerados, o que poderia sugerir a necessidade de uma avaliação mais ampla, considerando, por exemplo, quadros como transtorno obsessivo ou até alguma condição do espectro do humor ou neurodivergências, como TDAH.

O fato de você perceber esse padrão ao longo da vida é muito importante e já demonstra um movimento de autoconhecimento. A psicoterapia pode te ajudar a entender melhor esses ciclos, organizar suas emoções e buscar estratégias para trazer mais equilíbrio para sua vida.

Se sentir que faz sentido, podemos iniciar esse processo juntos. Estou à disposição para te acompanhar nesse caminho.

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