Após terapia, é normal falar do abuso sexual que sofri na infância em um ambiente seguro? Passei a

36 respostas
Após terapia, é normal falar do abuso sexual que sofri na infância em um ambiente seguro?
Passei a falar com amigos próximos, mas durante uma palestra, ouvi que isso dá a entender que não estou falando a verdade.
Olá, leve esta questão ao seu psicoterapeuta, pois é muito importante dar este feedback e analise se você sente necessidade e qual a importância de falar sobre este assunto com outras pessoas, como amigos ou familiares.

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 Weslley Sá Farias
Psicólogo, Psicanalista
Aracaju
Talvez a questão principal não seja apenas uma suposta normalidade, mas o que te fez falar algo intimo a outras pessoas e o que está acontecendo agora no momento que você fez essa pergunta, ou seja, algo se passou contigo depois que você se abriu para outras pessoas, algo que inclusive faz parte de um trabalho inacabado na terapia (um "ponto cego", talvez), e te trouxe aqui em busca de uma resposta e precisamente aqui cabe um alerta: se alguém disser que é normal, você irá negligenciar esse ponto inacabado da terapia?
Dra. Érica Ribeiro Marques
Psicólogo, Psicopedagogo
Niterói
Boa noite! Procure uma ajuda psicológica. Seria importante nesse momento de indagação.
 Domitila de L. Ballesteros
Psicólogo
Rio de Janeiro
Olá! Obrigada por sua pergunta! Falar sobre abuso sexual sofrido na infância eh um passo muito importante para superação de traumas remanescentes de tais acontecimentos. Falar sobre essas experiencias na terapia eh fundamental. Mas a terapia não eh o único lugar de abordagem desses temas. Pelo contrário.
Muitas pessoas apresentam dificuldade em falar do tema, ainda quando adultas. Eh comum, entre pessoas que tenham sido abusadas sexualmente, a presença de sentimentos de vergonha e até mesmo culpa, por acontecimentos que ocorreram completamente fora do alcance de sua responsabilidade. Por isso, encontro como parte importante do processo de superação, a coragem e disponibilidade da pessoa abusada em abordar o tema na terapia e também socialmente.
Esse eh um tema cuja abordagem pública ainda gera tabus. Mas a discussão pública desses acontecimentos pode contribuir positivamente para outras pessoas que sofreram com a mesma situação.
É interessante observar que falar socialmente sobre processos pessoais traumatizantes como assaltos, acidentes, etc, não costuma gerar polêmica ou constrangimento. Contudo, ainda há muitos que pensam que esse tema não deve ser trazido à público, mas sim guardado para pequenas esferas e, até mesmo, restrito apenas para esferas profissionais de ajuda.
A abordagem e compartilhamento social de experiência quanto a abusos sexuais É parte importante e imprescindível para que esses eventos infames venham a diminuir. O aspecto do sigilo social que cerca tais acontecimentos favorece sua perpetuação.
Como um tema tão sensível e tão cercado de constrangimentos que ainda é, é importante, para o seu bem-estar e proteção social e emocional, estudar bem onde e para quem vai expor suas experiências. Embora seja parte importante do processo de superação e louvável de sua parte ter disposição e abertura para falar sobre o tema, penso que deve escolher onde é para quem vai falar sobre o tema. Às vezes, ouvinte(s) que não esteja(m) preparado(s) para ouvir tais relatos podem agir e falar coisas inadequadas que venham a te ferir e colocar em situações incômodas. Aliás, esse um cuidado válido para assuntos pessoais e intimos da vida em geral. Trata-se de encontrar um meio termo.
Cuide-se sempre. Desejo a você todo o bem!
 Natália Kowalczuk
Psicólogo
Porto Alegre
Olá! Não entendo que haja conexão em "falar ou não para amigos" com estar contando a verdade. Acredito que deves conversar com quem está lhe atendendo para verificarem juntos o que te motiva a contar, se ficou algo ainda a ser trabalhado em cima deste trauma.
O setting terapêutico precisa ser uma lugar seguro também para tratar das repercussões do seu caminhar na jornada de autocuidado.
 Mariá Lisboa Diotallévy
Psicólogo
Florianópolis
Olá, querida!

Que bom que depois da Terapia você se sentiu mais confortável para falar sobre questões íntimas com pessoas próximas..

Para sua indagação não há uma regra, o importante é você se sentir segura, saber que está contando sua história para pessoas que irão honra-lá, acolhe-la, apoia-la, se sente isso com essas pessoas, isso faz parte da vida, compartilharmos nossas vulnerabilidades..
Dra. Sandra Rodrigues
Psicólogo, Psicanalista
São Paulo
Precisa entender a sua fala sobre após a terapia. Após um sessão, após a finalização de um processo terapêutico? O trauma do abuso sexual é bastante complexo e necessita de bastante trabalho psicoterapêutico para, inclusive, dar vazão ao assunto e a vontade de falar a respeito. No entanto se você fala a respeito com pessoas suportivas, não deve se preocupar se vão julgar verdade ou mentira. Se você não se sente segura em falar pense se não é melhor se preservar e levar o assunto para sua terapia.
 Meire Santos
Psicólogo
São Paulo
Olá,como você está? Como os colegas já explicaram não há nada de "errado" em comentar com pessoas de seus circulo social sobre o que houve,talvez demonstrando que se consegue falar sobre o assunto sem se sentir mal,já é uma grande demonstração de superação do problema. Quanto a essa palestra mencionada,é necessário se atentar que tipo de pessoa disse essa informação para entender baseada em quais teorias ou critérios essa pessoa fala.E o mais importante é que você entenda o por que essa questão de "ser verdadeiro" ou não te afetou tanto e tratar isso em sua terapia como parte complementar a o tema anterior que já havia sido trabalhado.
Olá! Se vc sente necessidade de falar ainda sobre esse tema com as pessoas próximas, é porque esse trauma não foi reprocessado no seu cérebro. Então, continue com sua terapia! Quero lhe falar também sobre o Emdr, uma terapia profunda, eficaz e rápida na resolução de traumas … no mais, boa sorte!
Olá. Penso que se você se sente seguro e confortável em falar a respeito do seu trauma com algumas pessoas, está tudo bem! O importante é perceber quais os sentimentos e pensamentos que são ativados quando você fala a respeito do assunto com os outros . Trate esse dúvida na sua terapia, que certamente você entenderá o porque da sua necessidade em falar . Mas o importante é aprender a se acolher, e cada vez mais conseguir lidar e superar as lembranças negativas da sua vida. A terapia pode te ajudar em todo esse processo.
Olá, o psicólogo é um profissional especializado para falar sobre esse assunto, em um ambiente seguro e acolhedor, sem julgamentos. E através do processo terapêutico você poderá tarar esse tema com todo o cuidado, respeito, sendo acolhido e orientado adequadamente. Cuide-se. Abraço
 Nelcimar Menezes da Rocha
Psicólogo
Rio de Janeiro
Ola. Esse é um tema muito particular para cada pessoa. Cada um reage de uma forma, até mesmo na terapia. Acredito que você ainda está em processo terapêutico e por isso sente liberdade de falar desse assunto com amigos próximos. Converse com seu psicólogo para alinhar essas duvidas. Fale do assunto com seu terapeuta o quanto for preciso, até que o que aconteceu no passado não lhe cause mais dor no presente. Espero ter ajudado.
Em minha experiência no atendimento com pessoas que sofreram algum tipo de abuso, a carga emocional que girava em torno do assunto se torna mais leve e mais fácil de lidar. Falar sobre este assunto em outros locais se torna uma escolha de cada pessoa e da sua necessidade em se expor.
 Elvira Azevedo
Psicólogo, Psicanalista
São Paulo
Falar com o seu terapeuta é a melhor maneira de lidar com as angústias que a memória dos abusos traz. O ideal seria você retomar suas sessões, caso tenha parado, a fim de elaborar melhor todas as questões relacionadas a esse assunto, já que, ao que me parece, ainda estão te incomodando.
Dra. Marina Beccalli
Psicólogo
São Paulo
Olá.
Conseguir falar da sua experiência para outras pessoas mostra que o trabalho terapêutico te ajudou a elaborar um pouco mais do trauma. Além da terapia, o apoio e a escuta de pessoas próximas podem te ajudar a se fortalecer emocionalmente diante do ocorrido.
Olá, é importante levar para sessão terapeutica. Algumas interrogações precisam ser analisadas.
 Cabíria Ciulla
Psicólogo
Brasília
Se sentir a vontade para falar a respeito de um abuso dentro de um set terapeutico já é um passo gigante. Conseguir realizar esta ação fora do set, em um grupo de amigos próximos é mais um avanço substancial para a tua superação do ocorrido, são sua rede apoio quando trazem conforto e segurança. - A verbalização é forma de enfrentamento do ocorrido. E falar a respeito de abusos no geral, é um movimento de rompimento de tabus. - Deve considerar que tipo de pessoa era essa(e) palestrante?; baseado em que ele(a) fez essa afirmação? ; Será que não houve uma má interpretação? - Devemos tomar cuidado com pessoas que propagam informações descabidas, carregadas de tabus. E sempre procurar validar as informações com profissionais credenciados da área e de confiança.
Boa noite
Enfrentar o abuso sexual sofrido exige uma dose grande de coragem e de resiliência (capacidade de aprender com o trauma e dar a volta por cima, se sentindo mais forte). Tanto a mulher como o homem que são vítimas de abuso sexual podem ter sua vida piorada com o preconceito que sofrem de pessoas próximas, familiares e até mesmo de profissionais da saúde e da justiça. Por isso, muitas vezes a pessoa silencia e não fala com ninguém sobre o fato acontecido. Procurar um profissional da psicologia e realizar acompanhamento é bastante importante e ajuda a suportar esse momento de angústia. Falar para outras pessoas pode ajudar ou não e cada um que passou pela situação de abuso precisa avaliar essa necessidade e quais as consequências para sua vida. Se a pessoa encontra alguém próximo a quem pode contar sua história e se beneficiar desse apoio, isso então parece uma escolha possível. Infelizmente o estigma ainda é bastante grande e muitas pessoas não conseguem ajudar a outra que sofreu a agressão. Boa sorte. Abraços
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 Rute Rodrigues
Psicólogo, Psicanalista
Porto Alegre
Olá! Falar sobre um abuso é apenas o início de um processo de elaboração. É muito importante que sigas em tratamento psicológico para entender qual posição tu passas a assumir na vida a partir deste fato é de sua revelação!
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 Sarah Mendes
Psicólogo
Rio de Janeiro
É comum as pessoas que sofreram tal trauma se sentirem envergonhadas e se sentem limitadas a comunicar socialmente sobre o abuso para pessoas do seu meio.
Com a psicoterapia, é comum que a pessoa se sinta mais confortável para falar sobre o fato para outras pessoas e acho que isso é positivo pois leva para esse ambiente a discussão sobre esse assunto tão importante.
Todavia, a motivação para isso não dá para eu saber, vc deve avaliar as suas questões e dialogar com a sua psicóloga sobre a sua situação e vocês elaborarem uma estratégia social em que vc se sinta confortável.
Então não foi uma boa palestra, pois você dizia a verdade.
 Gisele Rodrigues
Psicólogo
Florianópolis
Ser capaz de falar sobre situações traumáticas, especialmente com pessoas que você confia é importante como forma de superação e ressignificação do trauma. Se você está falando a verdade, então a palestra não faz sentido.
É comum que após a terapia e de fazer a elaboração de um evento traumático, você comece a se sentir mais a vontade de falar sobre esse assunto para uma rede de apoio segura. Muitas vezes em situações de abuso sexual, a pessoa abusada vivencia uma sensação de culpa e acaba não compartilhando sobre essa experiência para se resguardar de sofrer outras tantas violências psicológicas. Quando essas pessoas conseguem, de fato, algum progresso com realização de que não há culpa com o episódio ocorrido, ela se sente mais segura em compartilhar e isso pode ser visto como passo saudável. Falar sobre abuso sexual ainda é um tabu muito grande. A grande maioria das pessoas ainda acredita que é um assunto para se manter privado, mas essa não é a verdade absoluta. Converse com quem se sente confortável e com quem você sente que pode te ajudar a passar por esse momento!
 Luiza Gaspar
Psicólogo
Rio de Janeiro
É completamente normal e saudável falar sobre o abuso sexual que você sofreu na infância em um ambiente seguro, especialmente após ter feito terapia. Compartilhar essas experiências pode ser uma parte importante do processo de cura e ajuda a construir suporte emocional. Falar com amigos próximos sobre o que você passou é uma forma de buscar apoio e compreensão.

A ideia de que falar sobre isso possa dar a impressão de que você não está dizendo a verdade é um equívoco. A verdade é que muitos sobreviventes de abuso sexual encontram força e validação ao compartilhar suas experiências com pessoas de confiança. Isso pode ajudar a aliviar o peso emocional e promover a recuperação.

Se você está se sentindo confortável e seguro ao falar sobre sua experiência, isso é um sinal positivo do seu processo de cura. Se a palestra gerou dúvidas ou inseguranças, lembre-se de que cada pessoa e cada experiência são únicas, e o mais importante é o que você sente e como está lidando com suas emoções.
 André Luiz Almeida
Psicólogo
Belo Horizonte
Sim, é normal e compreensível querer compartilhar experiências de traumas, como o abuso sexual, em ambientes que você sente seguros e com pessoas próximas. Muitas vezes, ao falar sobre esses temas com amigos de confiança, estamos buscando apoio emocional e validando nossa própria história. A psicoterapia pode ajudar você a processar as emoções e impactos desse trauma, fortalecendo o autoconhecimento e a autoconfiança. Ela também pode apoiar na criação de limites sobre onde e com quem compartilhar essa história, ajudando você a evitar ambientes ou pessoas que possam não ser compreensivas. Lembre-se de que seu processo de cura é único e você tem o direito de expressá-lo da maneira que o ajudar.
Olá, pontos a pensar: você se coloca em uma situação desagradável ou desconfortável? se não gera desconforto penso que é "normal" sim, pois está elaborando o que aconteceu contigo e umas das formas de elaborarmos é por intermédio da fala.
 Tais Sampaio Gouvea
Psicólogo
São Paulo
A terapia desempenha um papel fundamental no processamento emocional do trauma, ajudando o indivíduo a compreender que o que aconteceu não foi sua culpa e a lidar com as consequências emocionais, comportamentais e sociais resultantes dessa experiência. Durante e após o processo terapêutico, o cliente aprende a identificar ambientes e pessoas seguras com quem pode compartilhar sua vivência de violência, além de compreender a melhor forma de abordar esses temas de maneira a preservar sua segurança emocional.

Compartilhar sobre traumas ou experiências de violência não diminui a realidade dessas vivências. Se, ao conversar com alguém que você considera seguro, essa pessoa demonstra falta de compreensão ou negação, é importante refletir se ela realmente merece ter acesso às suas partes mais vulneráveis.
Olá!

É absolutamente normal e saudável querer compartilhar experiências de abuso sexual em um ambiente seguro, especialmente com pessoas de confiança.

Falar sobre o que aconteceu pode ser uma parte importante do processo de cura e ajuda a aliviar o peso emocional. No entanto, é triste que existam percepções equivocadas sobre a abertura em relação a esses temas.

O mais importante é que você se sinta segura e respeitada ao compartilhar sua história. A terapia cognitivo-comportamental pode continuar a oferecer suporte, ajudando a lidar com essas experiências e a fortalecer sua autoconfiança.

Se precisar de apoio profissional, estou disponível para ajudar e orientar. Você pode acessar meu perfil no Doctoralia: Leonir Troscki – Doctoralia ou visitar o site HumanaMente Falando.

Fico à disposição, fique bem!
Com afeto, Leonir Troscki - CRP12/12755.
Após a psicoterapia falar e elaborar assuntos que antes eram tabu, podem indicar que você tirou o peso deles, só pelo fato de conseguir falar aos outros.
 Nilzelly Martins
Psicólogo
Rio de Janeiro
Olá,

Falar sobre um abuso que se viveu na infância não é algo simples. Ainda mais quando se passou tanto tempo em silêncio. Quando o corpo guardou tudo quieto, por medo, vergonha, proteção ou simplesmente por não saber o que fazer com aquilo que doeu tanto. Mas chega um momento, e esse momento é diferente para cada um, em que essa dor começa a querer ganhar nome, contorno, palavra. E é aí que, às vezes, ela começa a sair… primeiro na terapia, depois em conversas mais íntimas, e, com o tempo, talvez até em espaços mais amplos.

Isso não significa que você está “exagerando” ou que não está dizendo a verdade. Significa que está, aos poucos, encontrando formas de colocar pra fora algo que ficou guardado por tempo demais. E quando isso começa a acontecer, é importante ter por perto pessoas e espaços que saibam escutar, não com pressa, não com julgamento, mas com presença.

O que você ouviu nessa palestra, que falar sobre o abuso pode parecer mentira, possivelmente quis dizer mais sobre a dificuldade do outro em lidar com a dor do que sobre você. Muita gente ainda não sabe escutar certas verdades. Preferem pensar que, se alguém fala com “facilidade”, é porque não sofreu tanto assim. Mas cada pessoa fala como pode, no tempo que dá. E o fato de você conseguir colocar em palavras algo tão doloroso é, na verdade, sinal de um processo profundo, talvez até de um começo de cura.

Na psicanálise, a gente não parte da ideia de que existe uma verdade única, comprovável, como se fosse um tribunal. A verdade do sujeito se revela, pouco a pouco, naquilo que ele diz e também no que ele ainda não consegue dizer. Por isso, se hoje você está falando, é porque algo em você já não aceita mais se calar. E isso é muito importante.

Nem sempre o mundo vai estar pronto pra escutar o que a gente tem pra dizer. Mas isso não quer dizer que sua fala não tem valor. Só quer dizer que o mundo ainda tem muito a aprender sobre acolhimento, escuta e cuidado com o outro.

Continue se ouvindo. Continue nomeando o que te atravessa. Falar é um jeito de viver de novo mas, agora, de um jeito que não te fere mais em silêncio.

E, se precisar, a análise segue sendo esse espaço onde você pode existir sem precisar se explicar o tempo todo. Onde a sua dor pode ter um lugar. E onde você também pode, pouco a pouco, ir se reconstruindo com verdade, no seu tempo.
 Luiza Beirigo
Psicólogo
Sete Lagoas
É normal sim, provavelmente você ressignificou o abuso, conseguiu dar um sentido para o trauma e se sente segura para compartilhar sobre isso com pessoas que te geram segurança. Não há problemas em compartilhar sobre o sofrimento ou traumas.
Dr. Rafael Peixoto
Psicólogo, Terapeuta complementar
Petrópolis
Obrigada por compartilhar uma questão tão delicada e importante. Falar sobre abusos sofridos na infância em um ambiente seguro é um passo fundamental no processo de cura e fortalecimento emocional. É comum que, ao começar a dividir essa dor, algumas pessoas ao redor reajam com descrença, o que infelizmente reflete mais um problema cultural do que uma avaliação justa sobre sua experiência.

Assim como alguém que supera uma doença grave pode escolher contar sua história para ajudar outros, compartilhar seu relato pode ser uma forma poderosa de autocuidado e de construir apoio. É essencial que você tenha autonomia para decidir com quem e quando dividir esse assunto, respeitando seu ritmo e suas necessidades.

Agradeço sua confiança e estou à disposição para orientações mais profundas ou para iniciar um acompanhamento terapêutico que respeite e fortaleça sua jornada.
Olá! Tudo bem?

Durante minha trajetória na clínica isso ocorreu diversas vezes com muitos pacientes, depois de falarem e trabalharmos em terapia sobre o abuso, passaram a conversar com pessoas mais próximas e de confiança sobre o que havia acontecido, e isso tem ajudado bastante sobre o processo de cura.

A fala cura aquilo que está no nosso interior, ela nos liberta e ajuda a lidarmos cada vez mais com que estamos externalizando. Claro que é importante estar atento com quem estamos nos abrindo, para não falarmos em ambientes ou com pessoas que podem não compreender ou não dar o apoio necessario.

Caso esteja precisando de atendimento psicológico, estou a disposição para marcarmos uma sessão e iniciarmos seu processo de transformação. Um abraço!
Sim, é normal e saudável falar sobre o abuso sexual em ambientes seguros. Compartilhar sua experiência faz parte do processo de cura e não significa que você está duvidando da sua própria história. Cada pessoa tem seu tempo para se abrir, e isso não invalida a verdade do que aconteceu.
Sim, é absolutamente normal que, depois de começar a terapia, você consiga falar sobre o abuso em ambientes onde se sente segura. O silêncio em torno da violência sexual muitas vezes dura anos, porque a criança não tinha recursos para nomear o que viveu. Quando o adulto encontra um espaço de confiança — primeiro na psicoterapia psicanalítica e depois em vínculos próximos — a palavra pode finalmente aparecer. Isso não diminui a verdade, ao contrário: é justamente sinal de elaboração.

Infelizmente, ainda existe muito preconceito e desinformação. O fato de você conseguir compartilhar não significa que inventa ou exagera, mas que não está mais aprisionada pelo segredo. É importante escolher bem com quem falar, preservando seu cuidado emocional, mas não se culpe por ter rompido o silêncio.

A psicoterapia psicanalítica continua sendo fundamental para sustentar esse processo, dar lugar à dor e transformar o trauma em narrativa. Muitas pessoas seguem nesse caminho por atendimento psicológico online, em uma primeira consulta psicologia, o que também ajuda no tratamento da ansiedade e no tratamento da depressão que costumam acompanhar a história de abuso.

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