Como funciona uma sessão de terapia psicanalítica lacaniana?

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Como funciona uma sessão de terapia psicanalítica lacaniana?
A análise lacaniana é baseada na linguagem e no tempo do inconsciente. O tratamento se torna menos rígido, focando no desejo e no sofrimento do analisando. Um tratamento baseado na fala, um tratamento em que o fato de se verbalizar o sofrimento, de encontrar palavras para expressá-lo, permite, se não curá-lo, ao menos tomar consciência de sua origem.

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Olá, tudo bem? Para Lacan, "o inconsciente é estruturado como uma linguagem". Assim, para a psicanálise lacaniana, é a partir da palavra que o inconsciente "toma forma". A ideia é que, por meio do processo analítico, "surja" o sujeito do desejo, o sujeito desejante; menos alienado e mais apropriado de seu desejo. O lugar de fala é do paciente (analisando). Alguns analistas lacanianos trabalham com tempo lógico, ou seja, sem tempo fixo de sessão, mas isso não é regra. Um abraço.
Vou procurar ser bem simples para responder porque a resposta é complexa e não sei se vc está familiarizada com os termos. Um dos princípios básicos dos lacanianos é não influenciar naquilo que o inconsciente do paciente deseja falar. O paciente fala o que o inconsciente ditar, sem interferências. A não interferência proposta por esses psicanalistas é apenas uma forma de deixar o paciente livre para falar aquilo que sente vontade. Contudo, o mito de que especialistas lacanianos ficam muito calados não condiz com a realidade. O terapeuta fala menos que em outras abordagens mas faz perguntas pontuais sempre que achar necessário para provocar o “ insight” do paciente.
É assim transcorre a sessão, que pode demorar 10 minutos ou uma hora e meia, depende do conteúdo que o paciente queira liberar no tempo dele.
As respostas acima já esclarecem os pontos técnicos desta abordagem. De todo jeito, cada profissional irá se apropriar de uma maneira única da teoria que embasa a análise, empatia pelo seu psicólogo ou psicóloga e pela maneira como a sessão é conduzida é essencial para o sucesso do tratamento.
A partir da fala do paciente e de uma relação transferencial o desejo deste irá surgir no lugar da demanda do outro e para que isto aconteça e fundamental deixar o paciente falar livremente. Pontuando e interpretando quando necessário sempre na fala do paciente e pautado em sua singularidade. Fazendo o paciente ver por si mesmo o que está por trás do seu sintoma é o que leva a repetição deste.
Segundo Lacan, o analista deve conduzir o processo analítico no teming do analisando. Nesse caso o precurso do método dizia que era preciso lidar com o tempo que o analisando se sentia disponível ou motivado a falar. Contudo a sessão poderia ser curtas ou longas. Um dos princípios básicos dos lacanianos é não influenciar naquilo que o inconsciente do paciente deseja falar.
Meus colegas já explicaram a fundo a parte técnica, então achei que seria interessante tentar explicar de maneira mais leiga, caso você não conheça os termos tão comuns a nós psicólogos.
O profissional lacaniano segue a abordagem da psicanalise, uma abordagem marcada pelo foco da "neutralidade" ou seja, é comum você encontrar profissionais que sigam essa vertente mais "quietos" e que realizem menos intervenções durante a sessão, o lacaniano se destaca entre os psicanalistas pela valorização da linguagem, então as poucas intervenções que ocorrerem virão com esse enfoque.
Como contra ponto para você ter maior clareza do que quero dizer, um Junguiano ou um Fenomenólogo tendem a fazer mais intervenções, questionando mais o paciente durante a sessão.
Agora se você busca um profissional que seja mais diretivo, será mais fácil encontra-lo dentro da abordagem de TCC (cognitivo comportamental).
Vale ressaltar que o que a colega Marcia Rizzo disse se aplica sempre, cada terapeuta é único no sentido de que o jeito do atendimento, já que todos somos únicos o setting terapêutico é influenciado não só pela vertente do psicologo mas também pela personalidade e história de vida dele, bem como pelas do paciente.
Espero ter lhe dado alguma clareza no aspecto mais prático da sua pergunta.
Abraços
Olá!
Quero fazer um único acréscimo às respostas anteriores.
Há uma importante distinção entre as sessões de psicanálise lacaniana e as não lacanianas: o tempo. Nas sessões de psicanálise não lacaniana, o tempo da sessão é previamente definido pelo tempo do relógio, algo em torno de 45 min. Por esse motivo, o tempo dessas sessões é chamado de tempo cronológico.
Nas sessões de psicanálise lacaniana, o tempo é definido em cada sessão. De acordo com a fala do paciente, o analista verifica o momento para realizar o chamado corte ou interrupção da sessão. Essa interrupção não é previamente definida pelo tempo do relógio, e sim pelo tempo do inconsciente. Por esse motivo, as sessões de psicanálise lacaniana são definidas pelo tempo lógico.
Espero ter contribuído.
O foco é na fala. O tempo não é fixado por sessão é há o corte quando o analista perceber a necessidade de interromper a sessão. Abçs
Lacan era FREUDIANO. Os sintomas iniciais costumam desaparecer tão logo o paciente se sinta acolhido. Para tal, a transferência deverá ser estabelecida entre o analisando é seu analista. A confiança faz com que se sinta à vontade. Em contra partida o profissional vai conduzir as sessões de acordo com sua habilidade e percepção. Fazer 9 corte ou não, cabe a situação momentânea. A psicanálise é tão abrangente que a menor preocupação sua deve ser com o tipo de teoria a ser utilizada pelo seu analista. Boa sorte! Estou à disposição.
O psicanalista Lacaniano é diferente é moderno vive no século 21 faz uma psicanalise diferente daquela inicialmente proposta por Freud. O mundo não é mais o mesmo: os avanços das ciências e das comunicações trouxeram novas soluções e reformularam os problemas das mulheres e dos homens. Não se adoece mais da mesma maneira, não se é mais feliz ou infeliz da mesma forma. O homem, o pai, o filho, o amante são outros. A mulher, a mãe, a filha, a amada são outras. A orientação que Jacques Lacan deu à psicanálise freudiana retirou-a do terreno hermenêutico, preparando-a para ao tratamento desse sujeito pós-moderno, caracterizado pela falta de ideais e de paradigmas; potencialmente irresponsável em sua subjetividade.

Se o analista de ontem se preocupava em fazer com que o analisando soubesse mais a seu próprio respeito, se conhecesse, o analista de hoje direciona a clínica para a compatibilidade responsável da pessoa com o seu gozo, com a sua peculiar satisfação, que não responde a nenhum standard ideológico ou farmacológico.

Cem anos acumulados de conceitos e técnicas analíticas e os novos sintomas a serem enfrentados, nos levam à necessidade de passar a psicanálise a limpo e de nos perguntar quais são os pontos fundamentais e necessários para compor a bagagem do analista deste novo século internáutico. Uma bagagem que deve ser clara, leve e eficaz, conforme os ares do tempo.
Aconselho a marcar uma sessao e ter empatia . Na prática se ve qual a diferença e oque se identifica. Se concentre em voçe e em que gostaria de falar ao terapeuta. O que importa é a historia que voce controi, para quem voce quer falar e oque voce quer dizer e assim se sentir ouvido.
Todas as explicações dos colegas estão tecnicamente corretas e bem fundamentadas .
A Psicanálise transcende linhas e correntes , ela é única, Lacan era Freudiano, hoje em dia nenhum Freudiano deixa de usar os conceitos Lacanianos.
Procure um Psicanalista com quem desenvolva inicialmente uma empatia, agende uma primeira entrevista , conheça o profissional e o setting psicanalítico, busque se sentir acolhido , perceba se será possível desenvolver uma relação de confiança entre o analisando e o psicanalista.
Lacan mesmo sempre preconizou que cada psicanalista desenvolve sua técnica, a Psicanálise é desta forma , não tem regulamentação.
Psicanálise se desenvolve à partir da fala do analisando com as livres associações e realmente se inicia quando se instala a “ transferência “ ( já citada ) .

Acredito que deve ter uma empatia muito grande entre o paciente e o terapeuta, e principalmente entender quanta vontade que o paciente quer falar , dividir suas necessidades.....isso pode ser uma conversa longa ou curta, como falei depende da vontade do atendido.
A melhor forma de saber como funciona é experimentando. Todos os comentários acima falam teoricamente de alguns pressupostos para a psicanálise Lacaniana. Não é só o tempo que difere na prática Lacaniana. Lacan se dizia Freudiano. A psicanálise trabalha com o inconsciente através da palavra. A Lacaniana não é diferente. Marque uma entrevista .

A terapia lacaniana, formulada pelo psiquiatra Jacques Lacan, é bastante complexa e, às vezes, o próprio analisando (ou paciente) não entende a concepção da escuta proposta por essa corrente.

As respostas acima estão excelentes.
Meus colegas esclareceram muitas questões tanto da clínica Lacaneana, da transferência, to tempo de análise, quanto a associação livre e como deve ser a empatia. Quero apenas contribuir que a experiência analítica é única, que irá compreender quando estiver fazendo análise. Assim arrisque-se a tentar!
A psicanálise lacaniana tem como base principal a consideração do inconsciente estruturado como a linguagem. O que isso quer dizer? Que o analista lacaniano buscará os "pedacinhos" de inconsciente que "escapam" na fala, nos sonhos, entre outros.
O principal objetivo da análise é poder proporcionar que o analisante sinta-se responsável por si mesmo, não no sentido moral da responsabilidade, mas no sentido de sentir as possibilidades de escolhas e bancá-las.
Para Lacan, o inconsciente é atemporal. Por isso, as sessões lacanianas têm fama de serem mais curtas, justamente porque a atenção está na fala do paciente e não no tempo, sendo que o corte da sessão é uma forma de possibilitar o contato do paciente com o seu tempo inconsciente e não com o tempo cronológico.
Olá, boa tarde.

A Psicanálise Lacaniana terá como forma principal de funcionamento a fala e a liberdade dada aos pacientes de poder falar livremente. É a partir da fala e do modo como se fala que é possível entrar em contato com questões até então desconhecidas para o falante e a partir disso poder reelaborar, dar um novo sentido e até mesmo se reinventar.
A aposta está na capacidade do sujeito de falar e se ouvir, podendo descobrir aspectos novos sobre si.
Uma psicanálise lacaniana procura apresentar uma psicopatologia própria, que os quadros clínicos da medicina devem ser novamente escritos pelo método psicanalítico visando despsiquiatrizar e desbiologizar a psicanálise sem deixar de ser uma clínica. O diagnóstico não é de doença, de transtorno ou desvio moral, mas de formas de relacionar com o outro. O trabalho é feito a partir da linguagem (inconsciente está estrutura como uma linguagem) e a partir da livre associação do analisante (regra de ouro deixada por Freud), da rememoração e a reapropriação dos desejos com a finalidade de um espécie de reconstituição simbólica do desejo.
O psicanalista conduz o tratamento em uma experiência de confrontação com a verdade e com o desejo.
A psicanálise de orientação lacaniana consiste em intervir sobre o sintoma por meio da palavra. Oriento minha prática a partir da premissa de que o não reconhecimento do desejo e sua impossibilidade de existência na linguagem abre caminhos para as neuroses (obsessão, fobias, histeria), as angústias (depressão e ansiedade) e inibições (limites autoimpostos). Além disso, conduzo a análise para que a pessoa modifique seu discurso, retificando a sua posição subjetiva em relação à sua história e aos fenômenos que ele julga ser causadores de seu estatuto no mundo.
Uma psicanálise lacaniana é acima de tudo um processo de escuta do possível analisante, que se inicia através de entrevistas preliminares onde o paciente é convidado a falar e portanto se escutar sobre sua vida, sua história, sobre o que o faz sofrer. E assim, quase que sem perceber, começa a se perguntar e se escutar sobre esse sofrimento, sobre o que o incomoda e qual sua implicação no que chamamos de sintoma. Vale a pena!
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A Psicanálise Lacaniana, assim como outras psicanálises, baseia o seu atendimento na associação livre, onde o analisante pode dizer tudo que lhe vier em mente, sem censura. Além do conteúdo trazido como relato, também são explorados os sonhos, devaneios, fantasias, lapsos de linguagem, entre outros. Um ponto que costuma chamar a atenção daqueles que nunca fizeram análise lacaniana, é o tempo de sessão, que não é fixo, e tem como forma de intervenção o corte clínico.
Olá!

O processo de análise, por vias lacanianas, coloca em destaque o protagonismo do analisando (paciente), isso porque o que está em jogo nas sessões é o inconsciente deste analisando por via da sua linguagem. Esse cenário permite ao analisando o livre falar, que o põe em posição de ressignificar algumas experiências, gerando mudanças em suas ideias e atitudes. A função do analista, é de emprestar seu corpo presente e suas habilidades de forma coadjuvante.

Em resumo trata-se de uma experiência diferente de uma terapia convencional. Caso tenha interesse, estou a disposição para maiores esclarecimentos.
Lacan renovou a perspectiva freudiana ao trazer a linguística para a psicanálise - ainda que não apenas a disciplina de Ferdinand de Saussure. Como foi registrado pelos colegas, para ele, "o inconsciente estava estruturado como linguagem". Nesse sentido, durante a prática analítica, o analisante, através de sua fala, produz uma "escrita" que traz consigo as tramas do inconsciente. O psicanalista francês dizia que o analisante era o "sujeito do inconsciente" - o discurso deste é o que realmente importa. O analista, por sua vez, seria apenas o "sujeito do suposto saber". Isso significa que o terapeuta não "interpreta". Não é um professor, um guru, nem um guia espiritual. O analista - na condição de objeto "a" - é resto, sobra, é uma "presença ausente". Exercendo uma função, o psicanalista percebe o funcionamento de uma "cadeia de significantes" que traduz, em algum nível, a vida psíquica do paciente ou da paciente. É a circulação de significantes (a partir da transferência entre sujeito do inconsciente e o sujeito do suposto saber) que abrirá caminho para que o analisante tenha uma vida mais equilibrada, visto que saberá reconhecer suas fragilidades.
Tentando traduzir para a linguagem mais leiga possível: O analista oferece uma escuta especializada diante da fala espontânea de quem é atendido - essa fala não é apenas verbal mas de todo gesto que produz sentidos, que comunica algo. A interpretação, a fala do analista, como também a interrupção que faz da fala ou da sessão visa marcar, questionar e pontuar o que é dito e situar a relação entre aquele que fala e aquilo que diz. Aquilo que é marcado, nomeado e analisado pode ser ressignificado, produzir novos sentidos, como por consequência produzir alívio do sofrimento envolvido, por exemplo, em um sintoma, que pode se tornar menos intenso ou mesmo deixar de se reproduzir.
As sessões dependem de um tempo lógico e, não cronológico, em que o encontro entre o analisand(a)o (paciente) e seu/sua analista se dá a partir da linguagem e da relação de vínculo que acontece naturalmente ou não. Importante é se permitir falar e aproveitar cada sessão para que a análise flua, seja ela exclusivamente lacaniana (que tem origem em Freud) ou mesclada também pelos conhecimentos baseados em estudos teóricos de outros psicanalistas pós-freudianos.
Olá! As sessões de análise lacaniana partem da associação livre, onde o paciente diz tudo que vier sobre seu pensamento sem nenhum tipo de censura ou moralidade. A partir disso, as interpretações do analista se baseiam em articular o que é apresentado pelo discurso desse paciente, permitindo uma ressignificação e elaboração dos conteúdos trazidos. Coloco-me a disposição e até mais.
A terapia psicanalítica lacaniana segue os princípios do psicanalista Jacques Lacan, que entende que nossas ações e comportamentos são resultado de nossas relações com o simbólico, ou seja, com a linguagem, as palavras e os símbolos que usamos para compreender o mundo.

Em uma sessão de terapia psicanalítica lacaniana, o paciente fala livremente sobre suas questões e pensamentos, sem uma estrutura pré-definida. O terapeuta irá escutar, questionar e ajudar o analisando a compreender as raízes das suas questões, às vezes refletidas através de sonhos, lapsos, símbolos, entre outros.

A terapia lacaniana tem como objetivo ajudar o analisando a identificar padrões de pensamento e comportamento disfuncionais e trabalhar na superação deles, ajudando o analisando a encontrar novos significados e soluções para suas questões.
Ela é um processo que pode levar tempo, requer paciência e comprometimento por parte do analisando, mas pode ser altamente benéfica em compreender e tratar questões emocionais, relacionamentos e conflitos internos.
Em uma sessão de terapia lacaniana, o terapeuta procura compreender o paciente através da interpretação dos significados ocultos por trás de seu discurso e comportamento. O objetivo é ajudar o paciente a compreender suas relações interpessoais e a desenvolver uma consciência de sua posição no mundo.

Lacan acreditava que a linguagem é a chave para compreender a subjetividade humana, e a sessão é centrada na escuta atenta do terapeuta para o discurso do paciente. O terapeuta pode fazer perguntas ou fazer observações para ajudar o paciente a desvendar as camadas de significado em seu discurso.

A sessão também pode incluir a interpretação de sonhos, símbolos e outros aspectos da vida do paciente que possam ajudar a compreender sua subjetividade.
A terapia psicanalítica lacaniana é uma abordagem terapêutica que se baseia nas teorias e ideias do psicanalista francês Jacques Lacan. A terapia lacaniana enfatiza a importância da linguagem, da cultura e da sociedade no desenvolvimento da psique humana.

Uma sessão de terapia psicanalítica lacaniana geralmente ocorre em um ambiente tranquilo e seguro, onde o paciente se sente à vontade para falar livremente sobre seus pensamentos, sentimentos e experiências. O terapeuta lacaniano irá ouvir atentamente o paciente e tentar entender as preocupações e desafios que ele está enfrentando.

O terapeuta lacaniano pode usar diferentes técnicas para ajudar o paciente a explorar seus pensamentos e sentimentos, como a interpretação de sonhos, a associação livre e a análise do discurso. O objetivo é ajudar o paciente a compreender seus padrões de pensamento e comportamento inconscientes, identificar as causas de seus problemas e encontrar modos de superá-los.

Ao contrário de outras abordagens terapêuticas, a terapia psicanalítica lacaniana não tem um tempo limitado e pode levar anos ou até as mesmas décadas. O terapeuta lacaniano geralmente não oferece conselhos ou soluções rápidas, mas ajuda o paciente a encontrar suas próprias respostas e soluções para seus problemas.

É importante ressaltar que a terapia psicanalítica lacaniana não é para todos e pode não ser a melhor opção de tratamento para todas as pessoas. É importante discutir as opções de tratamento com um profissional de saúde mental qualificado para determinar qual abordagem terapêutica é a melhor para você.
Trabalha muito o significado das palavras, há um tratamento mais firme do analista, e o tempo da consulta muitas vezes pode ser menor, alguns gostam.
Uma sessão de terapia psicanalítica lacaniana é baseada na teoria de Jacques Lacan, que acredita que o inconsciente é estruturado como um discurso. O terapeuta usa o discurso para ajudar o paciente a entender e lidar com seus problemas. Durante a sessão, o terapeuta pode usar técnicas como a interpretação de sonhos, análise de associações livres e análise de transferência. O terapeuta também pode usar o discurso para ajudar o paciente a entender como seus pensamentos, sentimentos e comportamentos estão relacionados. O objetivo é ajudar o paciente a desenvolver uma consciência maior de si mesmo e de suas relações com o mundo ao seu redor.
Todo psicanalista em alguma medida se privilegia dos estudos de Lacan, que faz um retorno e Freud. Aqueles que se orientam pela clínica lacaniana seguem uma abordagem que privilegia a linguagem dentro do que ele vai chamar de simbólico, imaginário e real. Para que uma sessão de psicanálise aconteça, o que todas as escolas tem como base é a transferência. Busque um profissional que faça você se sentir seguro para falar sobre suas questões. Isto é o mais importante para sua análise.
Segundo Lacan "O Inconsciente se estrutura como uma linguagem", e nesse sentido queremos escutar os significantes do paciente para poder intervir. Na clínica lacaniana o paciente discursa a partir do seu sintoma, e o analista escuta a partir dos significantes.
Como é possível entender a partir das excelentes respostas anteriores, o tratamento de orientação lacaniana prioriza a verdade, o desejo e a subjetividade do paciente. Partindo-se do pressuposto de que ansiedades, inibições e sintomas como dores ou compulsões mentais decorrem de estarem recalcadas essas dimensões da psique, a única coisa que considero pertinente ser acrescentada é que a orientação lacaniana é a que melhor se adequa à realidade humana.
A abordagem terapêutica conhecida como terapia psicanalítica lacaniana tem suas raízes na teoria psicanalítica formulada por Jacques Lacan. Essa abordagem coloca grande ênfase na linguagem e na comunicação como elementos fundamentais na construção da identidade do indivíduo.

Durante as sessões terapêuticas, o terapeuta desempenha um papel crucial ao auxiliar o paciente na identificação de possíveis padrões de pensamento ou comportamento que podem estar desencadeando problemas em sua vida. O propósito final da terapia psicanalítica lacaniana é promover uma compreensão mais profunda do próprio paciente e capacitar uma habilidade ampliada para lidar com questões emocionais.
Na terapia psicanalítica lacaniana, uma sessão geralmente segue uma estrutura única que visa explorar o inconsciente e entender os processos mentais do paciente. Aqui está um resumo de como uma sessão de terapia psicanalítica lacaniana costuma funcionar:
Frequência das sessões: As sessões geralmente ocorrem regularmente, geralmente uma ou mais vezes por semana, o que permite que o paciente estabeleça um relacionamento de confiança com o terapeuta e mergulhe profundamente em seus pensamentos e emoções.
Fala livre: O paciente é encorajado a falar livremente, sem censura ou restrições. O objetivo é permitir que os pensamentos e emoções surjam naturalmente, o que pode revelar aspectos inconscientes.
Escuta ativa: O terapeuta lacaniano adota uma postura de escuta ativa, ouvindo atentamente o que o paciente diz e prestando atenção a lacunas, lapsos, silêncios e repetições, que podem revelar pistas importantes sobre o inconsciente do paciente.
Transferência: A relação entre o paciente e o terapeuta é fundamental. Os sentimentos e reações do paciente em relação ao terapeuta (transferência) são explorados, pois muitas vezes refletem padrões emocionais do passado e podem fornecer insights valiosos.
Análise dos significantes: A terapia lacaniana se concentra na análise dos significantes, ou seja, as palavras e símbolos usados pelo paciente. Isso envolve explorar como o significado e o simbolismo das palavras podem revelar conflitos e complexos inconscientes.
Intervenções pontuais: O terapeuta faz intervenções pontuais para ajudar o paciente a explorar e compreender melhor seu mundo interno. Essas intervenções podem incluir interpretações, perguntas abertas e sugestões cuidadosamente escolhidas.
O uso do espelho: Lacan enfatizava a importância do "estádio do espelho", que se refere à formação da identidade. A terapia lacaniana pode explorar como o paciente vê a si mesmo e como essa imagem afeta sua vida e relacionamentos.
Duração: As sessões de terapia psicanalítica lacaniana não têm um tempo fixo; elas continuam até que o paciente sinta que alcançou seus objetivos terapêuticos. Pode ser um processo de longo prazo.
Lembre-se de que a terapia psicanalítica lacaniana é um processo profundo que exige tempo e dedicação. O terapeuta trabalha em colaboração com o paciente para aprofundar a compreensão do funcionamento mental, promover o autoconhecimento e ajudar o paciente a lidar com conflitos e questões emocionais. A relação terapêutica é fundamental para esse processo e é guiada pelo respeito e pela confidencialidade.
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A terapia psicanalítica lacaniana é uma abordagem da psicanálise desenvolvida pelo psicanalista francês Jacques Lacan. Ela segue muitos dos princípios fundamentais da psicanálise tradicional, mas também incorpora conceitos e ideias originais de Lacan, como por exemplo:

As sessões geralmente ocorrem uma vez por semana, mas isso pode variar dependendo das necessidades individuais do paciente e da disponibilidade do terapeuta.

As sessões podem durar cerca de 50 a 60 minutos, embora algumas possam ser mais longas, especialmente se necessário para explorar questões importantes.

O paciente geralmente se deita em um sofá ou cadeira confortável, enquanto o terapeuta se senta atrás deles, fora de seu campo de visão. Isso é feito para permitir que o paciente se concentre em seus pensamentos e associações, em vez de ficar preocupado com a reação do terapeuta.

O paciente é encorajado a falar livremente sobre seus pensamentos, sentimentos, sonhos e experiências passadas e presentes. Não há censura ou julgamento; tudo é considerado material válido para análise.

O terapeuta lacaniano pode fazer intervenções, como interpretações, reflexões ou perguntas, para ajudar o paciente a explorar questões mais profundas e a entender padrões inconscientes de pensamento e comportamento.

Essa é apenas uma visão geral e simplificada de como funciona uma sessão de terapia psicanalítica lacaniana. Cada terapeuta pode ter suas próprias variações e abordagens específicas dentro do contexto da teoria lacaniana.
Uma sessão de terapia psicanalítica lacaniana foca na linguagem e na estrutura do sujeito. O terapeuta usa conceitos de Lacan, como o "objeto a" e o "Nome-do-Pai", para ajudar o paciente a entender sua subjetividade. A terapia é intensiva, ocorrendo uma ou duas vezes por semana, com duração de cerca de 50 minutos a uma hora. O objetivo é explorar questões emocionais e psicológicas profundas, usando interpretação para promover autoconhecimento e mudança pessoal.






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